terça-feira, 9 de março de 2021

AS MONTANHAS VERDES DO MEU IMAGINÁRIO

Olho para as montanhas do meu imaginário.
Na sacada, o sol me visita, me abraça e aquece o meu corpo.
Olho para os céus.. há nuvens que caminham nos céus.
A brancura delas contrastam com o azul do céu.
Me bate uma sensação que não se explica .
Talvez o momento desse tempo tem a resposta.
Eu sempre procurei as respostas....muitas gostaria de tê-las para entender e compreende-las.
Mas o tempo passou e aos poucos tudo isso vai fugindo como as águas de um rio que vão se fundir no mar.
Meus pensamentos...caminham para lugares que eu queria ir...ruas...parques... praças...um cantinho qualquer.
Esboço um sorriso matreiro e logo um devaneio vem e me abraça e sai de mim como se despedindo.
É a realidade que vem forte ...suas verdades.
Sinto o abraço do sol.
Poxa...um abraço faz tanto bem.
Sentir o bater do coração em meu peito...poxa.. há tanto tempo não tenho!
Pego a cuia do meu chimarrão. Faço um carinho nela e parece que ela sente.
E sorvo essa seiva verde que alivia...né consola.
Nessas horas que os meus pensamentos pulam em mim.
Para me sentir livre, solto das patas para as minhas viagens.
É uma sensação de liberdade onde o campo tem suas porteiras abertas nessa imensidade de campo de meus devaneios.
De buscar muitas vezes aquilo que se foi e não volta mais.
É o tempo, ele passou  rápido,ou a gente ficou  parado nuna espera diária de voltas que não aconteceram?
Me sinto  com uma sensação de um calor que sei, é o abraço do sol, talvez ele veio para me acarinhar, acalmar.
Olho  para o céu e vejo um pássaro branco com suas longas asas atrasvessando as alturas até aonde meus olhos enxergam. 
Juro que gostaria  de me agarrar  em suas asas  para voarmos juntos num vôo de liberdade com o vento batendo no meu rosto.
Mas meus pés estão  fixos no chão.
Contemplo com meu olhar  o que está  ao meu redor, um silêncio...uma quietude..uma incerteza... um medo...mas floresce uma fagulha de uma esperança que às vezes parece perdida.
Uma lágrima "safada"..."caborteira".....
"saliente, cai medrosa... no meu rosto.
Escuto uma música que toca e vem ao meu ouvido.." no dia em que parti" me fazendo sair de minha zona de conforto  e o que faço é dar um tchau para o sol e me afasto com um aceno e volto pra mim .
E assim vou como tantos sendo consumido pelas horas  que caminham no relógio.


Cada volta do ponteiro  do relógio é o tempo que se esvai.
Volto ao chimarrão companheiro leal dos meus dias.

Não vamos afrouxar o garrão, a luta continua.


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ONTEM....

Ontem caminhando pelas ruas altas e baixas da cidade... Meus passos quando pisava o solo, parecia que em mim algo me levava para algum lugar...