Eu levava o lixo para depositar nos container na rua como faço sempre.
Quando voltava pra casa, vi alguém no meio da rua falando algo, e percebi que era direcionado a mim.
Olhei para o jovem que vinha em minha direçao e vi um rosto cansado, com um olhar de fome. E disse: "Amigo, estou com fome...me ajude !" Fiquei paralisado e olhando pra ele respondi: " Amigo vou ver algo para você comer".
Em casa juntei umas frutas, fiz dois sanduíches e numa vasilha coloquei uma comida.
Ele ficou me aguardando...encontrei-o sentado com um olhar longe...e imaginando o que aquele ser humano pensava.
É muito triste um quadro real desses quando deparamos com um ser humano atirado..sem perspectivas, a mercê dos percalços da vida. É uma facada muitas vezes no nosso egoísmo que muitas vezes não nos damos conta.
Na maioria das vezes não olhamos para o lado, de pessoas ditas invisíveis que na real são nossos irmãos da caminhada da vida.
Temos muito sim, que mudar esse quadro, onde muitos não tem nada ou quase nada, e poucos tem tudo ou quase tudo.
Fiquei um.pouco sentado com o Jorge, era o nome dele, disse a ele o meu nome. Ele me pediu desculpas e eu respondi que não tinha que pedir desculpas, acrescentando eu, que somos todos irmãos, e que temos que ser solidários uns com os outros.
Nesse domingo imaginava aquele rapaz, para aonde ele iria...no restante do dia, o que ele iria comer ou aonde iria dormir.
Me passou uma sensação de impotência por não poder ajudar mais.
Nos despedimos com um aperto de mão, e nos desejando um dia bom pra todos nós.
A conclusão que tenho é que não somos ninguém, somos passageiros desse mundo e que cada dia a gente aprende mais o quanto somos vulneráveis.
O nosso dia...o amanhã não sabemos aonde estaremos ou em que situaçao estaremos vivendo.
Não vamos afrouxar o garrão, a luta continua.
Difícil , às vezes nos deparamos com situações, inexplicáveis...Cada um com sua história de vida...
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