sexta-feira, 26 de março de 2021

AQUELE ROSTO

O sol se esvai  nesse fim de tarde foi para outras bandas acalorar  corpos  e dar a natureza uma cor mais bonita.
Escuto ainda o canto dos pássaros e essa sinfonia,  esse gritado que nessas horas solito me acalmam,  me suavizam.
Nessas  horas passadas o coração  teve receio de seguir em frente de trilhar o caminho.
Mas esse cantar  dos pássaros,esse alarido sinfônico  parece uma orquestra que a natureza com sua beleza nos presenteia e me levam para outros lugares.
E lá  me vejo diferente .
São  lugares  que minha retina fotografa em minha imaginação. 
E minhas asas tal qual uma águia levantam seu vôo solitário.
Quisera eu voar para longe,para o infinito  desse  mundão de Deus.
Observo,a alegria, casais de namorados  e enamorados num clima de abraços , beijos,ternuras.
As pessoas outras aos seus modos conversavam, em grupos ou outras silenciosas em bancos de praças. 
Ao redor  aquele alarido, cantante de muitos pássaros  no ambiente fazendo a quebrar o silêncio de minhas inquietudes. 
Vejo um rosto conhecido no meio da multidão. Um sorriso inesquecível eu corro  para alcançar  mas meu corpo fica parado sem coragem para seguir.
Ele ficou imóvel mas aquele rosto e sorriso...aquele jeito inesquecível! Ficou em mim sempre. 
De repente. .a lua aparece faceira, brilhante e me convida para prosear. 
Nesse momento me vejo solito sem minhas amarras. 
Minhas palavras há  tanto tempo  presas em mim.
Começam  a tecer a minha história. 
A lua me observa , e dá  um sorriso. 
Quero tocar nela mas não consigo sentir.
Mas a comunhão  desse encontro e conversa me faz bem.
Ela só  sorri, como a me conhecer de tempos outros.
Olho a esmo para a cor da noite. 



E aquele rosto me observando com seu sorriso e eu retribuo como um beijo de alma que cavalga na noite a procura daquela boca.
De repente  uma coruja dispara seu vôo  de um alambrado. 
E volto para mim, volto para o meu aconchego  sem me despedir daquele rosto que sumiu da névoa  da noite junto com a lua. 

JC, 18:38h, 20/09/17

Não  vamos afrouxar o garrão, a luta continua. 


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