Um liberal contra os atropelos de Moro: a aula de Marco Aurélio Mello. Assista
"Enquanto ministros e juízes que se dizem “garantistas” – corrente que não aceita o atropelo das garantias constitucionais e legais durante inquéritos policiais e processos judiciais – se calam, um homem que não é senão um liberal politicamente mas não é um covarde, pessoalmente, fala.
Í imperdível a entrevista do Ministro Marco Aurélio Mello, do STF, postada ontem no Facebook pelo médico e deputado petista da Bahia Jorge Solla.
Embora de forma polida, como convém a um Ministro do STF – embora aí estejam Gilmar Mendes e Dias Tófolli a provar que modos e toda não são necessariamente um par – foi duro com a “condução coercitiva” de Lula, ordenada por Sérgio Moro.
“O fato deve ser tomado para que não se repita. Em direito o meio justifica o fim, mas não o fim o meio. Eu não posso, sob pena de adentrar o campo do regime de exceção, criar o critério que eu ache mais aconselhável, muito menos para ter o efeito que se teve em termos de repercussão nacional”.
E foi além, fez o questionamento óbvio, mas que não se vê ser feito, da banalização da prisão preventiva – e seu prolongamento ad infinitum ou até que o detido se vergue a apanha ar única chave que lhe abre a cadeia: delatar, verdadeiramente ou não.
“Se prende, se fragiliza o cidadão, para obter-se dele uma delação. Será que se coaduna com o princípio da dignidade humana? A meu ver, não”
Há, para quem tem o dever de julgar a hora de escolher ser um homem ou um ser rastejante.
Os que não agirem como os primeiros um dia serão reconhecidos como os segundos."
Pensem nisso enquanto eu vos digo até amanhã.
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