terça-feira, 8 de março de 2016

8 DE MARÇO !!!

"Em 8 de março, Dia Internacional da Mulher, as homenagens costumam vir em forma de chocolates e flores. Mas os dados mostram uma realidade distante da comemoração.
Os desafios são variados e revelam, por um lado, uma condição de vulnerabilidade que persiste. Por outro, deixam claro como preconceitos históricos ainda determinam o lugar social ocupado pela mulher no Brasil hoje. 
Em se tratando de violência, 60 mil mulheres são assassinadas no mundo todos os anos - e a América Latina tem uma das taxas mais altas de feminicídio no mundo. No Brasil, são 4,8 assassinatos de mulheres a cada 100 mil habitantes.
Quando olhamos para mercado de trabalho, as mulheres continuam ganhando menos, e têm menor presença em cargos e papeis de destaque, sejam eles públicos ou privados.
As novas pautas do feminismo deixam claro como temas antigos se somam a revindicações novas, como a autonomia da mulher e o fim do assédio, por exemplo.
O primeiro Dia da Mulher foi comemorado no dia 28 de fevereiro de 1909, em Nova York. A data surgiu no contexto da revolução industrial, quando mulheres começaram a lutar por melhores condições de trabalho e pelo direito ao voto. 107 anos depois, ainda é necessário avançar no debate sobre gênero.

Eis os fatos que mereceriam comemoração:

O FIM DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
No Brasil, quase 30% dos assassinatos de mulheressão cometidos dentro de casa. Enquanto eles morrem mais por armas de fogo, os homicídios delas são cometidos com objetos perfurantes ou estrangulamento. 50% dos assassinatos de mulheres no Brasil são feminicídios, ou seja, crimes que envolvem violência familiar ou doméstica, menosprezo ou discriminação à condição de mulher.
No mundo, práticas como a mutilação genital ainda são realidade para 133 milhões de mulheres.
Recentemente, duas jovens turistas foram assassinadas no Equador por resistirem a uma tentativa de abuso - e elas foram descritas por parte da imprensa como “viajando sozinhas”.
O FIM DO ASSÉDIO NO ESPAÇO PÚBLICO
A campanha Chega de Fiu Fiu identificou, em 2013, que 98% das mulheres já sofreram algum tipo de assédio e que 83% delas não gostam de ser assediada. E esse é um tipo de violência que começa cedo na vida de uma mulher, como mostrou outra campanha, a#MeuPrimeiroAssédio, em que cerca de 80 mil mulheres dividiram memórias sobre a primeira vez na vida em que sofreram um assédio.
O FIM DA DESIGUALDADE SALARIAL E NO AMBIENTE DE TRABALHO
Um relatório da Organização Internacional do Trabalho divulgado nesta segunda-feira (7) identificou que os avanços na educação das mulheres pelo mundo nos últimos anos não se refletiu no mercado de trabalho. Mulheres continuam trabalhando mais horas por dia do que os homens, incluindo trabalhos remunerados e não remunerados, como o doméstico, e ainda ganham 77% menos que os homens.
A diferença é ainda maior ao se levar em conta a raça:

A REVISÃO DA DITADURA DOS PADRÕES DE BELEZA E DA SEXUALIZAÇÃO DO CORPO FEMININO
A Mattel, fabricante da Barbie, percebeu que era hora de rever as imposições de estereótipos de beleza. Em janeiro, anunciou o lançamento de bonecas com tipos de corpo, cor de pele, cor dos olhos e cabelos variados. Foi uma vitória: a boneca, por décadas, esteve relacionada à imposição de padrões de beleza irreais para as mulheres.
O mesmo acontece em diferentes áreas: a surfista brasileira Silvana Lima, duas vezes vice-campeã mundial, não recebe patrocínio de grandes marcas porque não é “tipo modelinho”. E escolas seguem proibindo as estudantes de usarem shorts curtos, sob a alegação de que eles poderiam “distrair os meninos”.
O FIM DA DESIGUALDADE E DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NO SHOWBIZ.
A cantora Kesha entrou com um processo nos EUA para não precisar mais trabalhar com o produtor, que ela acusa de abuso - mas foi obrigada judicialmente a seguir trabalhando com ele. Dezenas de modelos e atrizes acusaram o fotógrafo Terry Richardson de abuso sexual, e a carreira dele permanece intacta - a revista Rolling Stone, inclusive, publicou um texto defendendo Richardson.
Em Hollywood, atrizes de grande projeção ganham menos que seus pares homens e, aos 37 anos, são consideradas “velhas demais” para serem par romântico de atores de 55 anos.
MAIS REPRESENTATIVIDADE NA CULTURA POP
Embora o cinema tenha feito alguns avanços em direção a mais protagonistas mulheres, ainda falta bastante. As mulheres ainda têm menos falas que os homens em filmes e até nos desenhos infantis. E mesmo nos filmes com heroínas, a representatividade delas não é igual a deles: a boneca de Rey, de Star Wars, por exemplo, sequer chegou às prateleiras - há uma crença de que bonecos femininos vendam menos."
 ANA  FREITAS
Pensem   nisso  enquanto eu vos digo até amanhã.


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