A gente sente vontade de conversar, de saber dos amigos, de dar um oi, de dar um abraço, ao menos virtual.
Ouvir do outro lado: " JC, gaúcho Solto das Patas, como está você meu amigo"?
É um som é uma palavra que fazia muito tempo que não escutava.
Parece ou é impressão minha ou esses tempos de hoje nos afastamos dos nossos?
Eu me senti vivo, afinal escutei do outro lado da linha uma palavra de um amigo de um carinho, de alguém que tem amizade pela gente.
Nessas horas, a gente se sente importante, e a recíproca do meu amigo também.
Conversamos um bom tempo, mais de hora, o telefone parecia que ia pegar fogo.
Falamos um pouco de tudo, amenidades é normal, e nossas vidas como gente que somos e o nosso entorno, há o futebol não poderia faltar, o Inter dele, e o meu Grêmio.
Ele me perguntou o que eu poderia dizer sobre hoje nossa realidade e como eu sentia isso tudo que estamos vivendo.
Disse em primeiro lugar que via em todos nós uma tristeza, é um exército de brasileiros tristes em todos os rincões desse Brasil.
A alegria, a esperança, nossos sonhos, estão todos guardados, presos em correntes em algum lugar em nós.
Estamos desesperançados, no hoje, e no que pode ser o amanhã.
Vejo pessoas caminhantes e que os rostos são um festival de máscaras de todos os tipos, jeitos e cores , não vejo rostos, vejo autômatos como zumbis.
Disse a ele que há pouco tempo achávamos que agora a esperança de dias melhores tinha chegado, eu via alegria, as pessoas com esperança nos olhos, no futuro, filhos na escola,as pessoas comprando suas necessidades, viajando, o pobre até de avião, outros fazendo cruzeiros em alto mar. A faculdade dos filhos, sonhos de qualquer pai e mãe, o emprego tinha .
O mais importante éramos felizes e não sabíamos.
De repente vem uma nuvem negra. A nuvem do mau agouro, e o sol da vida, da esperança some, como um misto de uma besta que aparece e nos tira sonhos..o futuro.
Vem a Panndemia e o mundo, nós aqui nesse Brasil parece que veio tudo num tssunami de mortes de nossos pedaços , mais de 100 mil famílias enlutadas, perdidas nos seus lutos, chorando nas covas dos seus mortos..
Ah, amigo, parece sonho!
Mas o que vivemos é uma destruição desse País,amigo, a nossa elite, desde a República com o seu DNA, de opressão ao povo, não se conformou com aquilo que o povo estava vivendo.
Hoje na minha visão, somos uma republiqueta, um quintal das nações poderosas, principalmente dos E.U.A que nos saqueiam tirando nossas riquezas, nosso futuro, como os piratas em alto mar faziam .
Esperança ? Ele me perguntou, disse que só uma conjunção de forças, de setores que amam esse País, juntamente com os desalentados de hoje, os desamparados, os invisíveis para tentarmos recuperar esse Brasil.
Se não for isso, vamos perpetuar a cada dia, nossas fraturas sociais cada vez mais, e a miséria mais profunda.
O Haiti é aqui!
Ele me perguntou o que eu achava do Exército brasileiro nessa conjuntura, disse que estão fazendo um crime contra a nação brasileira, disse também das três armas que compõem as Forças Armadas , o exército, faz a destruição do Brasil, junto com essa elite bisonha, surda, muda, caolha, hipócrita, fazendo parte de um governo genocida, que tem como presidente , um mero instrumento de poder para esfacelar o País.
Bah, amigo... concordo, disse meu amigo,aonde vamos parar?
Nos despedimos com uma esperança que possamos logo ali nos encontrarmos e sorver um chimarrão Macanudo e nos darmos aquele abraço .
Não vamos afrouxar o garrão, a luta continua.
Concordo ainda vamos vencer um dia.
ResponderExcluirSe Deus quiser logo vamos poder abraçar os amigos e
ResponderExcluirEsquecer esse tempo tão ruim. Meu carinho para você JC.