Do alto de sua arrogância, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso usou uma rede social para dizer que a presidenta Dilma deveria renunciar ou admitir seus erros. Conviria que ele se desse ao respeito e não maculasse ainda mais sua já tão enodoada participação na política do Brasil.
Pois FHC deveria lembrar-se que no seu tempo as pesquisas mostravam índices também muito ruins de popularidade. E que nem por isso ele renunciou ou veio a público admitir erros. Deveria lembrar-se que a inflação era maior do que agora. E que nem por isso ele deixou o governo ou admitiu sua incompetência. Que a taxa de juros era o dobro da atual. E que nem por isso ele pediu para sair ou fez um mea culpa.
Então, FHC não tem autoridade moral – que é conferida, entre outros requisitos, pela coerência – para aconselhar uma presidenta como Dilma, eleita legitimamente pelas urnas. Mas não deixa de ser lamentável que o outrora príncipe da sociologia produza, agora, oportunismos tão baratos a fazer dele um exemplar típico de conselheiro Acácio do ano 2015.
FHC já nem sequer escolhe os termos mais adequados para sua crítica, como conviria a um intelectual, mas reproduz sem qualquer constrangimento palavras de ordem de misóginos e xenófobos que desfilam com cartazes pedindo a volta da ditadura e o extermínio de seres humanos. Há quem veja nisso, não sem boa dose de razão, um exemplo acabado de decadência.
Sim, é a hipocrisia quem costura a manifestação do ex-presidente tucano ao tentar justificar suas observações por conta das “falcatruas do lulopetismo”... Ora, nem Lobão seria tão superficial, sorrateiro ou medíocre. De quê falcatruas fala FHC? Dos desvios na Petrobras, que até os delatores disseram ter começado... no governo dele? Do financiamento de campanhas por empreiteiras que doaram os mesmos milhões... ao candidato dele? Estaria se referindo às palestras pagas por empresas a Lula que, ora vejam, valem mais do que as dele no mercado de conferências?
O cavaleiro de triste figura em que FHC se transformou deveria, ao menos, lembrar que nem Lula nem Dilma compraram suas reeleições. Eles as conquistaram nas urnas. E quanto a sua solerte tentativa de invocar as palavras de Ulysses Guimarães dirigidas a Collor (“você pensa que é presidente, mas já não é mais”), redirecionando-as à Dilma, tenho a dizer: Dilma não pensa que é, ela é, e será até 2018, a presidenta legítima do Brasil. Quem parece que pensa que ainda é presidente mas não é mais, é você, Fernando Henrique.
*Deputado Federal (RS) e Secretário Nacional Agrário do PT'' - ELVINO BOHN GASS
QUEM NÃO É MAIS PRESIDENTE É VOCÊ FERANDO HENRIQUE CARDOSO
É certo que a arte da política é fazer o possível para
que as coisas andem de um modo mais homogênio.
Quando isso não se consegue por múltiplos fatores e
inclusive políticos, e o contexto globo no mundo, é
sempre bom e necessário que o País tenha homens
que num tempo não muito longe desses que vivemos
tenham atitudes de estadistas ou ao menos sejam sim
equlibrados para não fazerem politicagem barata com
o que se vive hoje no Brasil, penso que atitudes desse
tipo colocadas por um ex-presidente não soma ao que
se quer, paz na política e uma oposição que joga o
jogo do " quanto pior melhor".
Fernando Henrique Cardoso talvez nos tempos de hoje
esteja sofrendo de uma aminésia cerebral que é muito
comum ao um senhor hoje com sua idade avançada.
Quem lê livros de história sabe o que foi o seu governo.
Pensem nisso enquanto eu vos digo até amanhã.
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