sábado, 15 de agosto de 2015

POLÍCIA FEDERAL DE CURITIBA E SEUS GRAMPOS

Publicado em 15/08/2015

Vazamento contra Lula.
Um crime nas barbas do zé !

Brito desmascara a tentativa de prisão de Lula em Guantánamo I


O Conversa Afiada reproduz artigo de Fernando Brito, extraído do Tijolaço:

O ABUSO DE PODER NOS GRAMPOS DA PF, A COVARDIA DE CARDOZO, E O INÚTIL ATAQUE A LULA


A escuta telefônica, legalmente autorizada, não abrange a violação da intimidade de terceiros, salvo estes estejam, nos contatos com aquele que foi “grampeado”, combinando ilícitos ou se referindo a informações relativas à produção de provas.

Fora isso, é uma violação indevida e criminosa e é isso que a Polícia Federal está fazendo ao vazar para o Estadão que o ex-presidente  Lula teria conversado duas vezes com um dirigente da Odebrecht ao telefone.

Aliás, a própria data dos telefonemas, 15 de junho passado, mostra que, ainda que houvesse algo a ocultar nas conversas, ninguém seria imbecil de, a esta altura, sabendo da síndrome de Gestapo que se apossou de alguns policiais – sob a completa passividade do inservível Ministro da Justíça, José Eduardo Cardozo –  falar de assuntos capciosos ao telefone, se existissem e devessem ser tratados.

E do que falavam Lula e o empresário, segundo o relatório dos arapongas federais curitibanos? De um artigo de Delfim Netto, que você pode ler aqui, defendendo o BNDES e do elogio feito pelo velho Emílio Odebrecht a uma nota publicada três dias antes pelo Instituto Lula, rebatendo acusações feitas pela Veja sobre seus contratos para palestras.

Onde está o ilícito, a suspeita, a conexão com qualquer crime dos que estejam sendo apurados?

Falar de eventos e opiniões públicas e publicadas é indício de crime?

Desde quando qualquer pessoa é proibida ou suspeita por conversar com outra, igualmente livre e em pleno gozo de seus direitos?

Comentar o artigo de Delfim Netto, a nota publicada três dias antes, o desempenho do Corinthians ou qualquer outro assunto é totalmente legítimo e se, por acaso, foi testemunhado pelos grampeadores, não poderia ter sido sequer objeto de registro em relatórios que, adiante, serão tornados públicos,  como não poderiam ser quaisquer outros diálogos não relativos a fatos criminosos.

Isso é apenas o resultado de uma completa indisciplina na Polícia Federal: o delegado que vazou os tais “grampos”, Eduardo Mauat da Silva, já atacou o próprio Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, sem que houvesse providências.

Vazam-se investigações, escutas, agentes treinam tiro ao alvo em caricaturas da Presidente e não acontece nada.

Ou melhor. Acontece, sim: está evidente que não têm nada contra Lula, a não ser a vontade imensa de envolvê-lo, seja como for, em suspeitas e desmoralização.

Estamos diante de uma espécie de distorção que gera uma Polícia de Estado sui-generis. Enquanto a Gestapo, a Statsi, a KGB, a Pide, a Dina chilena praticavam toda a sorte de abusos para “proteger” governantes, a nossa, aqui, faz o mesmo, só que para atacá-los.

Como o Ministro da Justiça não cumpre seu dever de fiador da disciplina e da legalidade da ação policial e o Dr. Sérgio Moro e o esquadrão de promotores do Paraná os açula e acoberta – aos arapongas – nestes absurdos, vamos chegando a este estado policial festejado pela mídia.
Dias  atrás  escrevi   o  papel  importante  de uma Polícia  Federal  para  um  País e
isso  fosse esse  ou aquele  partido no  poder  mas que fosse  dentro  de suas  tarefas  isenta  e não  colocasse a  politicagem a serviços excusos.
Esse grampo em conversas do ex-presidente Lula  com empresário e seu  vazamento
mostra  o  quanto temos que  aprender a  viver  uma democracia autêntica,  pois a
democracia  não  é passar  dos limites  da lei.
Com  isso  tentam  colocar  Lula  no olho  do furacão  para de uma  forma ou de outra
desmoralizar  o  ex-presidente.
Seria  muito  salutar  que  o  Ministro da Justiça usasse  a sua autoridade  e  coragem
para  ver o  que está acontecendo.
Vazamentos seletivos interessam a quem? A  qual  pretexto? 
Pensem nisso  enquanto  eu  vos digo  até amanhã.

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