01/02/21
247 - O jornalista Josias de Souza afirma, em sua coluna no UOL, que a agressão feita pelos seguranças de Jair Bolsonaro contra repórteres que cobriam a reunião de cúpula do G20, realizada em Roma, mostra que " o Brasil é presidido pelo símbolo da estupidez inimputavel".
" Quando seguranças percebem que a autoridade patrocina hostilidade, passam a crer que fazem parte de uma milícia onipotente. A insensatez de Bolsonaro é um estímulo a violência. Com sua retórica encrespada, o presidente empurra os agentes para a delinquência. A cumplicidade criada entre protegido e protetores explica a conversão do esquema de segurança em anarquia", avalia Josias.
Para ele, " a truculência de Roma emoldura um problema maior : o apagão mental das autoridades que deveriam impor limites a Bolsonaro no Brasil. A Procuradoria - Geral da República o enxerga como inviolável e imune. O Legislativo e o Judiciário o tratam como intocável e impune". " Há um mês, Bolsonaro já expusera a vexame ao exibir seu arcaismo num discurso na abertura da Assembléia Geral da ONU. A Ida do capitão ao encontro do G20 revelou-se mais uma inutilidade a serviço da desmoralização do país", completa.
O brasileiro paga as viagens do presidente para que ele seja pária no estrangeiro. Só Bolsonaro não paga por nada. Todos os seus defeitos estão perdoados. Seus crimes foram preventivamente prescritos. É como se vigorasse um entendimento tácito de que ser Bolsonaro já é castigo suficiente para qualquer um. O problema é que o personagem se esforça para demonstrar que não é qualquer um", afirma ele no texto.
" Graças a inércia das instituições nacionais, o símbolo não precisa responder pelo que simboliza. Livre de todos os incômodos, Bolsonaro entrou para a galeria dos seres inimputavel", finaliza o colunista.
Fonte: Brasil 247
Não vamos afrouxar o garrão, a luta continua.
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