segunda-feira, 5 de abril de 2021

NÃO TOQUEM NOS DIREITOS DE LULA, DIZ O PT

Em nota assinada pela presidente  Gleisi  Hoffman e pelos líderes  na Câmara  e no Senado, Rlvino Bohn Gass e Paulo Rocha, o PT disse que a decisão que restabeleceu a elegibilidade  de Lula  recuperou a credibilidade do STF.

247 - O Partido dos Trabalhadores (PT)divulgou  nesta segunda-feira (5) uma nota em que protesta contra uma possível reversão da decisão  do ministro  Edson Fachin que anulou  as condenações  do ex-presidente  Luiz Inácio  Lula da Silva,devolvendo-lhe os direitos políticos. 
Na nota,assinada pela presidenta do PT,Gleisi Hoffman, e pelos líderes  da legenda na Câmara, Elvino Bohn Gass,e no Senado, Paulo Rocha, o partido diz que a decisão monocrática de 8 de Março e julgamento  concluído  em 23 de março  pela 2a.Turma do Supremo Tribunal Federal,sobre a suspeição  do ex-juiz Sérgio  Moro são  cristalinos. 
" Revogam as ilegalidades e parte das injustiças  contra o ex-presidente Lula na Vara Federal de Curitiba.Afetam  exclusivamente a Lula e a nenhum  outro réu  ou condenado pela Lava Jato. Não  Afetam em nada a segurança jurídica do país; ao contrário, restaurar o que dispõem  a lei, a previsibilidade  e a credibilidade da Justiça",afirma o PT.
"O Partido dos Trabalhadores considera absolutamente necessário apresentar tais esclarecimentos  à Nação  e alertar a sociedade  para a movimentação dos pescadores de águas turvas,que pretendem  revogar as corretas  decisões  do STF em relação  ao ex-presidente Lula, valendo-se uma vez mais  da mentira  e da desinformação. Não toquem  nos direitos  de Lula! Justiça para Lula é  Justiça para o Brasil ",acrescenta o PT.
A possibilidade  de que o ministro Edson Fachin reveja sua decisão sobre a anulação  das condenações  de Lula foi levantada  pelo jornalista Merval  Pereira,porta-voz dos interesses da família  Marinho, da Globo. Em seu artigo, publicado  nesse domingo (4),Merval diz que , entre as possibilidades do julgamento em plenário do  Supremo Tribunal  Federal (STF), marcado para 14 de abril,  " é  a maioria considerar que a jurisdição  de Curitiba é, mesmo, o foro natural dos processos de Lula".
"O próprio  Fachin,depois de ter feito uma manobra arriscada,e perder,na tentativa de neutralizar Gilmar Mendes na decretação  da suspeição de Moro,pode voltar contra sua própria  decisão alegando que,ao aceitar a tese  majoritária na 2a.Turma de que Curitiba não era a sede natural dos processos da Lava Jato,o fez em nome do colegiado",sustenta Merval.

Leia,abaixo ,a nota do PT na íntegra :

A decisão  do ministro Edson Fachin,determinando  a anulação dos processos  referentes ao ex-presiex-presidente Lula na 13a.Vara Federal  de Curitiba por incompetência  de jurisdição, e o julgamento da Segunda Turma do Supremo Tribunal  Federal  sobre a suspeição  do ex-juiz Sergio  Moro em relação  à  Lula são  atos jurídicos corretos, que correspondem plenamente  ao que vinha sendo pleiteado  desde 2016 pela Defesa do ex-presidente. 
Tanto a anulação  das sentenças  quanto ao julgamento da suspeição  revolocarsm  os desvios praticados  pela Lava Jato  contra Lula sob a luz do devido processo legal  e contribuiram para resgatar a credibilidade do Judiciário  brasileiro,dentro e fora do país. 
Tiveram ampla repercussão  nacional  e internacional, por devolver a Lula a plenitude de seus direitos políticos, o que significa também  devolver ao povo brasileiro  a esperança no futuro do país. 
A defesa do ex-presidente Lula  já  manifestou formalmente ao STF o claro entendimento de que tais  decisões  não  cabe recurso ao plenário da Corte e que ambas estão afetas exclusivamente à competência da Segunda Turma.
Tal entendimento  é  amparado na lei, no Regimento do STF e nos precedentes firmados em plenário, aplicados a dezenas de outros julgamentos. 
É  inquestionável  que o ministro Edson Fachin  tinha competência e razões, tanto jurídicas  quanto processuais,para anular as sentenças impropriamente  transitadas  na Vara de Curitiba.  É  também  fora de questão que a Segunda Turma  entendeu necessário  prosseguir  no julgamento  das ações conexas, como o fez  no habeas corpus da suspeição, e que a anulação  das sentenças  não  aboliu outras ilegalidades  apontadas  pela defesa do ex-presidente. 
Por tudo isso, causa perplexidade  que o presidente do STF tenha marcado  para o próximo  dia 14 o julgamento,no plenário da Corte, de impugnação apresentada pela Procuradoria Geral da República  à  decisão  monocrática do ministro Fachin, sendo que a competência  para tanto é  da Segunda Turma.
Agora,o que não  causa estranheza  é  que setores  inconformados  com a restauração  dos direitos  políticos de Lula - que em última análise  representam o direito livre de voto do povo  brasileiro - venham  a manifestar ,pela imprensa, sua intenção e até mesmo  a expectativa de promover  uma reviravolta  no assunto, uma verdadeira cambalhota jurídica  por  parte da Suprema  Corte.
São  os mesmos que apoiaram desde o início a violação  do Direito, da Constituição  e do  devido  processo legal  para promover a perseguição da Lava Jato  contra  Lula. São os mesmos  porta -vozes da farsa  e da chicane que insistem em perverter o sistema judicial, com objetivos políticos  claros e também  interesses inconfessáveis. 
A decisão  monocrática de 8 de 8 de março  e o julgamento concluído em 23 de março são  cristalinos : revogam as ilegalidades e parte das injustiças contra o ex-presidente  Lula na Vara Federal de Curitiba.Afetam  exclusivamente a Lula e a nenhum outro réu ou condenado pela Lava Jato.Não  Afetam em nada a segurança jurídica  do país;  ao contrário, restauram o que dispõem a lei,a previsibilidade e a credibilidade da Justiça.
O Partido dos Trabalhadores considera  absolutamente necessário  apresentar tais  esclarecimentos  à  Nação  e alertar  a sociedade para a movimentação  dos pescadores de águas  turvas, que pretendem revogar  as corretas decisões  do STF em relação  ao ex-presidenteLula,valendo-se  uma vez mais  da mentira e da desinformação. 

Não toquem nos direitos de Lula! 
Justiça  para Lula é  Justiça para o Brasil! 

Brasília ,5 de março de 2021

Gleisi Hoffmann,presidenta nacional do Partido dos Trabalhadores, 
Elvino Bohn Gass, líder do PT na Câmara  dos  Deputados, 
Paulo  Rocha,líder  do PT no Senado Federal

Não vamos  afrouxar o garrão, a luta continua. 
 

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