terça-feira, 15 de dezembro de 2020

ESTAMOS VENDO OS NAVIOS PASSAREM

Fico imaginando aqui e agora, poxa...se fôssemos um País sério, não estaríamos vendo a banda passar, sei lá, está em outro lugar, e muitos estão vendo a banda tocar, EUA, INGLATERRA, RUSSIA, CHINA, CANADÁ, e outros ,tenho certeza que muitos que estão lendo essas linhas queriam estar vendo a banda, trazendo e se vacinando contra esse mortal vírus.
Confesso estou com inveja , eu gostaria de receber a vacina.
Mas quando caio na realidade desses tempos obscuros desde março/2020, a realidade me diz " gaúcho você mora no Brasil"
Digo, é uma verdade, esse Brasil que adoeceu, já em metástases e apodrecido, não vejo lá na frente que me e faça sorrir e acreditar.
Parece que nada está acontecendo , chego a sonhar, mas quando meus olhos ao acordar se abrem.."me vejo vivo", e agradeço estar respirando.
Mas todos os dias em  que vamos em frente , não se tem alegria, falta ouvir a banda tocar e ficar , não ir embora.
Quando eu escrevo esse texto, quase duzentas mil mortes no meu País, hoje 4 mortes , 127 mortes até agora, em Santa Maria,RS.
E esse filme tétrico, maldoso, sádico, desumano, onde o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro , faz questão de abraçar a morte, e não afastar ela de seu povo.
Amanhã.....bem amanhã..ou logo mais já não sei se estarei com os meus olhos abertos, nem sei se estarei aqui pra ver minha netinha, Julinha, filha Carol, passa essa sensação horrível que nos desanima, nos desarticula, nos coloca como números quaisquer, apenas números, não pessoas, não cidadãos, não humanos, apenas possíveis postulantes a um caixão. E daí?
Se teremos tempo nunca saberemos, pois a vida é um sopro único, e final.
Mas a vida ao mesmo tempo nos alavanca, nos faz dar passos para a frente, pois, é assim que caminha a humanidade, e sei , não devemos desistir.
Que  cada um de nós se cuide cada vez mais e termos nossa responsabilidade perante ao nosso próximo.

Não vamos afrouxar o garrão, a luta continua.

Um comentário:

ONTEM....

Ontem caminhando pelas ruas altas e baixas da cidade... Meus passos quando pisava o solo, parecia que em mim algo me levava para algum lugar...