Pernambuco 247 "O vice-líder do Governo na Câmara, Silvio Costa (PTdoB) usou sua página pessoal no Facebook para criticar os "pseudos paladinos da ética e da moralidade" que elegeram Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para presidir a Câmara Federal e que agora, com o seu afastamento do mandato por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), se mostram indignados com o peemedebista.
"Vejo, agora, muitos desses deputados que fizeram campanha e elegeram Cunha presidente da Casa – apenas para derrotar o candidato de Dilma -, colocarem-se como opositores daquele que era visto como o que tinha condições de derrubar a presidenta da República. Lamento que a política tenha sido usada de forma tão pequena, a ponto de causar tantos danos ao País", escreveu Silvio.
"Vejo, agora, deputados – antes aliados de Cunha – apresentarem-se como combatentes do presidente da Câmara, o que não foram até que as primeiras denúncias contra Cunha aparecessem na imprensa. Apresentam-se como paladinos da moralidade, na verdade, pseudos paladinos da moralidade", completou em seguida.
"Quem elegeu Cunha foram os que agora posam de pseudos paladinos da ética e da moralidade. Não podem dizer que não sabiam sobre Cunha. Se não sabiam, foram avisados a tempo de não elegê-lo. Cunha servia, porém, para atingir o objetivo final: derrubar a presidente Dilma", afirmou o trabalhista no texto.
Leia a íntegra da postagem do deputado Silvio Costa.
"Eu não votei em Eduardo Cunha para presidente da Câmara (02/02/2016). Eu fiz campanha contra, alertei aos deputados para o perigo, e fiz isso porque sabia da trajetória política e no poder público de Eduardo Cunha (PMDB/RJ), desde o Rio de Janeiro. A maioria, inclusive de deputados de Pernambuco, preferiu correr o risco ao eleger Cunha. Agora, eles posam de paladinos da ética, na verdade, pseudos paladinos da ética.
Vejo, agora, muitos desses deputados que fizeram campanha e elegeram Cunha presidente da Casa – apenas para derrotar o candidato de Dilma -, colocarem-se como opositores daquele que era visto como o que tinha condições de derrubar a presidenta da República. Lamento que a política tenha sido usada de forma tão pequena, a ponto de causar tantos danos ao País.
Vejo, agora, deputados – antes aliados de Cunha – apresentarem-se como combatentes do presidente da Câmara, o que não foram até que as primeiras denúncias contra Cunha aparecessem na imprensa. Apresentam-se como paladinos da moralidade, na verdade, pseudos paladinos da moralidade.
Quem elegeu Cunha foram os que agora posam de pseudos paladinos da ética e da moralidade. Não podem dizer que não sabiam sobre Cunha. Se não sabiam, foram avisados a tempo de não elegê-lo. Cunha servia, porém, para atingir o objetivo final: derrubar a presidente Dilma.
Tenho orgulho de ter combatido Eduardo Cunha desde o momento em que tomou posse na presidência da Câmara. Enfrentei e denunciei o seu poder ditatorial, as manobras regimentais e os seus abusos de poder na Câmara. Os embates se tornaram frequentes e, no dia 9 de abril de 2015, já ocupava a tribuna da Casa para conclamar meus pares a reagirem e enfrentarem o poder imperial de Cunha.
Eu o acusei de violar sistematicamente o regimento da Câmara e a Constituição Federal com decisões autocráticas nas votações e na direção da Casa. Todos os deputados que me apartearam saíram em defesa de Cunha. O Brasil perdeu ali.
'Antes tarde do que nunca', disse a presidenta Dilma sobre a suspensão de Cunha pelo STF. Ela que é a maior vítima dessa tragédia política. Faço dela as minhas palavras. Me entristece, porém, ver aqueles que patrocinaram a eleição de Eduardo Cunha, inclusive deputados de Pernambuco, agora esconderem o que fizeram e posarem de paladinos da ética, com a qual não se preocuparam no tempo certo".
Pensem nisso enquanto eu vos digo até amanhã.
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