sábado, 2 de abril de 2016

UM TRAIDOR AO LADO DA PRESIDENTA


Inimigo íntimo

ABR: <p>Brasília - A presidenta Dilma Rousseff e o vice-presidente, Michel Temer, participam da solenidade onde recebem os cumprimentos de oficiais-generais no Clube do Exército (Antonio Cruz/Agência Brasil)</p>
"Três minutos bastaram para o PMDB romper com o governo Dilma Rousseff após anos de construção de um projeto político comum. O encontro televisionado, marcado pela ausência de expoentes da sigla, serviu para revelar que um dos grandes patrocinadores do golpe institucional no Brasil está dentro do núcleo palaciano: o vice-presidente da República, Michel Temer.
Presidente nacional do PMDB e parceiro na chapa de Dilma reeleita nas eleições de 2014, Temer trai a confiança da presidenta sem qualquer constrangimento. Principal beneficiário de eventual impeachment, ele rasga sua história política e estranhamente submete-se aos caprichos do comandante do golpe, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), réu no Supremo Tribunal Federal (STF), acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso Petrobras.
O movimento que tinha como objetivo estimular a debandada de partidos da base aliada foi precipitado e pouco inteligente, conforme avaliação do próprio presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Outras legendas não abandonaram o barco. Pelo contrário, a saída do PMDB impulsionou o debate sobre a composição dos espaços do governo que será feita por forças comprometidas com o projeto.
O fato político criado para selar o sepultamento do governo Dilma acabou sendo, portanto, o propulsor da renovação da base aliada. Em vez de fragilizar a gestão como pretendia, Temer gerou uma oportunidade estratégica para mudança de rumo. É hora agora de o Executivo definir uma agenda clara e unir seus aliados fiéis em torno de um projeto de Brasil para superarmos rapidamente as crises política e econômica.
Em outra frente, a presença de milhares de brasileiros nas ruas mobilizados em defesa da democracia constrange artimanhas de setores do Ministério Público, do Judiciário e da Oposição que tentam chegar ao poder sem voto popular. Eles ficam incomodados quando são taxados de golpistas. Não existe nenhum crime de responsabilidade que justifique o impedimento de Dilma. Por isso, tentam desconstituir junto à opinião pública a ideia de que há um golpe em curso no país. 
As próximas três semanas serão decisivas para a derrota do impeachment. A questão pode ir para votação até o dia 21 no plenário da Câmara. É fundamental que todos permaneçam em vigília. Ocupe a rua, vem para democracia. A sua voz será essencial nesta luta para barrar grave retrocesso. O Brasil já mostrou que está mobilizado contra o golpe!"
*Deputado federal pela Bahia e líder do PCdoB na Câmara.
Temer, arranhou para  sempre  a sua  biografia,  a história terá um lugar  e um  capítulo à parte  para  esse político  experiente e tarimbado, mas  muito  pela ambição  de  seus  próprios  interesses  e  de outros, sucumbiu  e vai pra vala  comum do  espectro político,  como um  verdadeiro  traidor
da presidente Dilma Rousseff, a política,  os  políticos mudaram  muito, já não  temos há muito  tempo  políticos de
primeira  linha,  o  que temos  e o  que sobrou, é  um lamento  só, maus políticos,  politiqueiros de muito  baixa qualidade e
isso  explica o  nosso  atual  Congresso  Nacional.
Cabe ao  povo, de todas as camadas sociais, fazer  uma leitura  muito bem  feita  e com  cuidado e  tomar  uma  decisão, a qual fica  nesse impasse: um  Brasil  para  todos  os brasileiros
ou um  Brasil para poucos privilegiados ?
Pensem nisso  enquanto eu  vos digo até amanhã.

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