Mas a tarde cai mansa e não demora teremos a companhia da chuva. E nesse entrevero me acho no direito de esperar o tempo que vem ..e com essa espera pipocam aqui e ali, lembranças que vem de nossa memória.
Lembranças longínquas, de léguas desse mundão de nosso Deus.
Lembranças de momentos, uns felizes outros nem tanto, é uma salada que a memória me trás
Há pouco um estrondo que sacudiu o gaúcho cagão, que sou, relâmpagos riscando o céu de nuvens escuras e negras.
Começo a mastigar as lembranças, rostos conhecidos, sorrisos que não esquecemos, vozes que há tempo não ouvimos mas que nos marcaram nessa caminhada.
Toca perto de mim, uma música que diz muito dessas lembranças, de momentos inesquecíveis que tudo vem a tona como uma ennchurrada descendo a montanha sem freios.
Esses momentos onde a gente se aquieta e procura um pouco de ar puro, tudo parece o ontem que ficou no cantinho do coração.
Fico inquieto e procuro não pensar o que ocorre lá fora e sim dentro de mim.
Então, procuro ficar com as lembranças que brotam de meus sentimentos junto com a saudade que sinto .
Chuva..vento, árvores em seus bailados, embalados pela força da ventania parecendo um baile.
Começa a escurecer mais rápido não tem a luz do sol, é então, a hora da recolhida para esperar a noite que vem chegando.
Não vamos afrouxar o garrão, a luta continua.
19/08/25
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