sexta-feira, 29 de abril de 2022

O QUE NÃO PRECISO PARA SER FELIZ

Consta na história que certa vez, o filósofo ateniense Sócrates percorria o mercado de Atenas, frequentado pela elite local e foi então interrogado por alguns cidadãos: - O que buscas aqui Sócrates, não é você o maior crítico do luxo e do exibicionismo? O que Sócrates calmamente respondeu: - Estou apenas observando, quantas coisas eu não preciso para ser feliz.
Buscar algo ou externo para encontrar a felicidade nos parece uma prática que não é de hoje. O máximo que isto tem nos trazido é uma euforia momentânea e,  na maioria das vezes, é seguida por uma frustração, um vazio que não conseguimos preencher. Mas afinal existe diferença entre a tão sonhada felicidade e a perene euforia?
Sim, e muita diferença! A euforia precisa de uma causa, um complemento externo para acontecer, é fugaz, vem de fora para dentro e, na maioria das vezes , é até desproporcional a realidade. Já a verdadeira felicidade é duradoura , branda e aprazível, vem silenciosamente a partir de uma conexão conosco mesmo. Está conectada ao verdadeiro amor por nós e pelo próximo . Surge de uma forma de ver, valorizar e sentir a vida, é uma conquista interior intransferível, pois ninguém pode nos dar, emprestar e muito menos tirar ela de nós.
A felicidade plena, aqui neste planeta com tantas desigualdades, onde ainda prevalece o egoísmo, o orgulho, ainda não existe, especialmente para seres imperfeitos como nós. Por ora, temos alternado momentos de euforia, tristeza, ilusão e desilusão.
Talvez, isto explique, por que mesmo desejando sermos felizes , nós não somos completamente felizes , pois os caminhos que estamos seguindo, que são da grande maioria da humanidade, não são os mais acertados.
Mas afinal, existe possibilidade de sermos plenamente felizes ? Sim, quando estivermos pacificados interiormente, com a nossa consciência tranquila, praticando o bem pelo bem e perfeitamente alinhado com as leis divinas. A medida que formos evoluindo moralmente ( e vale  muito a pena este esforço) iremos progressivamente nos desapegando , perdoando e amando cada vez mais então conquistaremos a felicidade plena, pelo qual fomos criados por Deus, como o destino final de todos nós.
Lembremo-nos, sem culpa ou mágoa que somos todos aprendizes e a vida nos apresentará a cada dia os desafios necessários para a nossa evolução, sempre proporcionais as nossas forças que, quando encarados com resignação e alegria, tornam-se, como Jesus nos ensinou, fardos mais leves nos permitindo compreender que são benditas oportunidades de crescimento que nos levarão cedo ou tarde ao encontro da verdadeira felicidade.
JORGE BRANDÃO, empresário e escritor espírita/ 27/04/22, Diário de Santa Maria

Não vamos afrouxar o garrão, a luta continua.

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