segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

O CARNAVAL ONTEM..E DA PANDEMIA

Nunca imaginamos essa realidade que estamos atravessando uma pandemia que veio sem avisar, nos pegou com as calças nas mãos, e o pior, o mundo não estava preparado.
As nações mais ricas, poderosas, as nações pobres, as menos pobres todas sofreram, sofrem os efeitos desse vírus.
As catástrofes quando vem não avisam, e o mundo vive momentos de incerteza.
Estamos em pleno Carnaval, a festa mais popular brasileira, parou a alegria, o sorriso, o samba, as ruas não tem os foliões soltando seus gritos de Carnaval, extravazando a alegria. 
As fantasias vestem luto, uma tristeza, uma saudade que ficam plasmada na realidade.
"Você pensa que cachaça  é  água ...cachaça não  é  água não. .Oh jardineira porque estas tão  triste...mas o que foi que aconteceu..foi a camélia que caiu do galho ....ah..as marchinhas...as lembranças, por mais que queiramos ou não,  estão presentes nas nossas memórias. 
Eu sempre gostei de carnaval, na minha São  Gabriel,RS, nos clubes  Guarani, Caixeral, no Comercial,  na 15,na 7
Os carnavais de rua que pululam em lembranças. 
Já  em Santa Maria, no Clube Recreativo Dores, no Avenida Tênis  Clube, na Associação dos Ferroviários,no 21_de Abril, no Santanariense, no Caixeral, no Comercial,no Cruzeirinho e no Atirador Santamariense. 
Os carnavais das Escolas de Samba, a folia era forte, na região  toda, cidades próximas, como Nova Palma, Jaguari, Santiago, Cacequi, e muitas outras cidades que tinham essa alegria nesses dias.
Eu sempre fui de carnaval,  nosso bloco  de carnaval, era o "Tchê  Bagual" que sempre abria os carnavais no Clube Dores, já  participei na Sapucaí, fui sambar no Rio de Janeiro, um gaúcho  de bombacha junto com o samba carioca..imaginem a cena.
Sempre gostei  de carnaval pela alegria, do ritimo da batucada, do samba no pé  dos foliões. 
Já  tomei um porre em pleno carnaval, no Clube Guarani, São  Gabriel,cai no salão, me levaram para a diretoria para receber cuidados,  detalhes, motivos, são  segredos...rsrsrs.
Hoje...não tem carnaval e nem poderia com essa pandemia em nossas vidas.
Mas essa festa popular com o tempo mudou, não  que não se goste da folia, os tempos são  outros,  antes a gente brincava mesmo, fazíamos  nossas roupas  para os nossos blocos, era uma alegria,uma competição sadia,  cada um queria estar melhor  que o outro.
Nesses últimos anos gosto de assistir via televisão,  os carnavais das Escolas de Samba, do Rio de Janeiro , São Paulo, da Bahia, os bonecos de Olinda em Pernambuco, as mais diferentes  culturas espalhadas pelo carnaval em nossos Estados brasileiros. 
Para mim, carnaval é  alegria, é  brincar é  conviver momentos de nos soltar,  é  um lenitivo, é carregar nossas baterias
Um  dos fatores que os carnavais  com o tempo foram caindo pra mim foi  a violência.
A sociedade ficou mais violenta,intolerante e muitos valores mudaram no aspecto comportamental. 
Hoje, nosso carnaval é  nos proteger contra o vírus dessa pandemia, é  evitarmos aglomerações, sermos e estarmos conscientes da gravidade do problema que o mundo enfrenta. 
Mas infelizmente não temos consciência nesses tempos complicados, a pandemia está ai, e  para muitos isso não importa, parece que vale a pena correr risco  e o pior de tudo colocar a vida do outro em risco irresponsável
Carnavais particulares, aglomerações aqui e ali, em todo o lugar, é  uma insensatez  que nem psicólogo social explica.
A irresponsabilidade nossa de cada dia é escancarada a cada momento.
" Hoje vou tomar um porre..não me segure eu tô feliz..vou andar de bar em bar..É  hoje o dia da alegria..!
Se um dia meu coração for consultado para saber se estou errado é difícil dizer..meu coração tem manias de amar...amor não é fácil de achar..Portela. .Portela. ..foi um rio que passou em minha vida...."
É  carnaval,  é  diferente,  um carnaval da responsabilidade de cada um. Vamos nos cuidar para cuidarmos do  próximo. Esse deve ser o nosso carnaval  lá  adiante teremos outros carnavais. 

Não vamos afrouxar o garrão a luta continua.

 
 

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ONTEM....

Ontem caminhando pelas ruas altas e baixas da cidade... Meus passos quando pisava o solo, parecia que em mim algo me levava para algum lugar...