O clube GRÊMIO FERROVIÁRIO APOLO de Cacequi fez parte da história da cidade de CACEQUI,com certeza está na história de muitos cidadãos da terra da capital da melância.
Foi uma idéia de voluntariosos ferroviários da cidade, para criarem um local para entretenimento familiar, para práticas esportivas, o lazer em geral e dançarem.
No auge do APOLO, ele se tornou referência na região, seus bailes noturnos, o seu carnaval, enfim, muitas atividades na época,onde atraia várias pessoas para se divertirem no clube.
Podemos dizer que o APOLO foi sim o cupido de vários casais de namorados , hoje casados.
Tenho certeza que no olhar dessas linhas desse blog a memória volta para trás e não tem como a gente abraçar a saudade daqueles belos tempos.
No APOLO, funcionou uma grande escola ferroviária Fernão Dias, dirigida por freiras, também tinha cursos práticos de corte e costura , e muitas práticas extra-curriculares.
Fazer esse recorte do tempo dessa rica história é para mim e a comunidade da cidade de CACEQUI, terra de muitos colegas, e amigos ferroviários, como eu, que trabalhou na RFFSA , motivo de orgulho.
Quem não lembra das sacadinhas do Apolo, dos namoricos que ali se iniciavam e aconteciam?
A animação dos bailes com "Os Flamboyans", "Os Bravas", o conjunto Excelsior,de São Gabriel, muito tocou nos bailes no APOLO,tempo que os que tiveram a oportunidade de pisar no APOLO jamais vão esquecer.
Era um tempo mágico, era diferente, até as amizades eram diferentes, amigos eram amigos mesmo.
Generino da Rosa, foi um dos presidentes do clube que tive o prazer de conhecer em Santa Maria, quando o mesmo era chefe do Socorro, e eu técnico segurança do trabalho, muito convivemos em acidentes de tráfego ferroviário, homem muito bom como seu filho Gilnei que também conheci.
Com a chegada da privatização da RFFSA, o APOLO que ficava na Vila Ferroviária começou a declinar.
Hoje, quando se olha para o quase nada que restou desse grande clube ferroviário precisamos dizer sim que ali teve muita vida, encontros,desencontros, reuniões diversas de vários segmentos da sociedade, formaturas, casamentos, o APOLO pulsava vida na cidade de CACEQUI e região.
Não obstante essa linda história erguida por valorosos ferroviários que o APOLO brindou a comunidade inteira de CACEQUI, infelizmente nada se salvou, o APOLO, virou escombro que o mato tomou conta.
Acredito que muito poderia ser feito, ao menos para salvar o Clube.
Faltou no meu olhar uma sensibilidade histórica.
Acredito que a história de uma comunidade, não deve ser esquecida, não deve ser deixada de ser contada.
É um canto de vida que esse clube APOLO cantou para a sua cidade.
E não devemos deixar de morrer essa história que deve ser contada, revitalizada para as gerações de hoje e de amanhã.
Quem sabe um projeto de restauração do APOLO, envolvendo o poder público, a iniciativa privada, e órgãos federais e estaduais é uma idéia mas precisa sim de vontade política.
É sabido que a história deve ser contada cada cidade, cada vilarejo, cada seu lugar, tem sim uma história.
Os cidadãos, todos, devem saber a história do seu lugar.
" As lendas do macaco branco",
"0 antigo vapor",
" A estação ferroviária da cidade"
" A cooperativa dos ferroviários".
" O monumento ao ferroviário"
Citei alguns tópicos que sim, assim como outros devemos divulgar para a comunidade.
Quisera eu ter a oportunidade de ter participado de algum evento no Clube APOLO, mas com certeza aqueles que viveram a história do APOLO, podem sim, orgulhosamente dizerem:
- Eu estava,estive presente na vida do querido clube APOLO quando o seu coração como um tambor transbordava vida!!
Não vamos afrouxar o garrão,a luta continua
CACEQUI tem uma bela história e a ferrovia faz parte desse contexto histórico.
E nesse embrolho da vida, aquele alarido de vozes na gare da estação , pessoas correndo pra lá e pra cá, o menino vendendo seus pastéis, o homem vendendo rapadura, o saquinho de amendoim, bolos, os algodão doces e vários tipos de balas, alegria das crianças.
- O moço, o trem pra Bagé que horas sai?
- Amigo, quanto custa a passagem para Uruguaiana?
E nesse gritedo, de todo jeito de pessoas, que davam vida a estação de CACEQUI, importante entroncamento ferroviário do Rio Grande do Sul, hoje é apenas um silêncio somente quebrado quando a concessionária UMBRO adentra o pátio de seus trens de carga.
É o tempo .. é a saudade que vem a tona nas lembranças daqueles que viveram intensamente esse tempo.
E o APOLO ?
Um prédio magestoso que o tempo demoliu, e junto dele, histórias de muitos e muitos que por ali passaram.
Quanta vida se viveu ali, quantos sonhos foram sonhados, projetos de vida, quantos namoricos ocorreram naquele prédio, muitos escondidos dos pais, pois era uma época viva, os costumes,as convivências, em suma era diferente.
Os bailinhos, os bailes, com música ao vivo, a