A Polícia Federal e o Ministério Público Federal cumpriram, na última terça-feira (11), mandados de busca e apreensão em imóveis de Aécio Neves (PSDB-MG) e da irmã dele, a jornalista Andrea Neves, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais. Aécio termina o mandato de senador neste ano e, na próxima legislatura, assume uma vaga na Câmara dos Deputados.
A operação teve início a partir de delação de executivos da J&F para apurar denúncias de compra de apoio político. Segundo a Polícia Federal, o parlamentar comprou apoio de partidos políticos com dinheiro da propina, e empresários paulistas ajudaram com doações de campanha e caixa 2, por meio de notas frias.
Como o esquema funcionava em Minas Gerais
Correia explica um minucioso esquema envolvendo o governo do Estado de Minas Gerais, Assembléia Legislativa e isenção de impostos. "Os executivos da J&F pagavam a Aécio a milionária propina e, em troca, a empresa tinha a redução de impostos do do ICMS (Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços)", explica.
"Em 2012, o então governador de Minas, Antonio Anastasia (PSDB), enviou a proposta de redução de ICMS de frigoríficos para a Assembleia Legislativa de Minas Gerais, beneficiando a J&F. A peça foi aprovada na Casa com a relatoria de Gustavo Perrella (PSDB), filho do senador Zezé Perrela (PSDB)", relata.
Correia denuncia que as propinas, em troca de redução fiscal, movimentaram "milhões ou bilhões de reais", "e que o povo foi o maior prejudicado nesta movimentação". "Alguém ouviu falar na redução do preço da carne? do couro? Nunca", questiona.
Valor da propina aumenta a cada investigação
O parlamentar diz ainda que a novidade mais recente nas investigações é o valor da propina recebida por Aécio, "que chega a R$ 110 milhões de reais", e compara: "O tucano está virando Sérgio Cabral mineiro", referindo-se ao ex-governador do Rio de Janeiro, condenado a cumprir 183 anos de reclusão por esquemas de corrupção. "
Pensem nisso enquanto eu vos digo até amanhã.
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