sexta-feira, 30 de setembro de 2016

A FIBRA DE UMA MULHER : JANDIRA FEGHALI

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

SOBRE MÁSCARAS, SONHOS E VERDADES

"Todos os dias  eles tentam nos  dizer COMO  VIVER
o  que  sentir, quando decidir, onde sorrir.
Coma, não  coma, curta,  compartilhe,tecle,delete,agora curta esse  outro, tenha medo (muito  medo),você precisa  disso  para ser feliz,  corra, tenha isso e seja grande,  acesso ilimitado(enquanto  eu  te permitir), ignore  os outros, só você imposta, lindo, feio, esquisito, popular, alegre, triste,gordo,magro,rotule  porque eu  te rotulo,  veja, ouça,  leia, acesse,  consuma, consuma,consuma,consuma, consuma,consuma, consuma,
CONSUMA!
Eles, os velhos  vampiros  do  egoísmo,
querem  roubar  as  nossas conquistas.
Nos  tirar  a universidade  pública, o  Prouni,
o Fies, o  Ciência  Sem Fronteiras,
a liberdade,  a igualdade, a diferença.
Querem, a cima de  tudo,
que nunca  tenhamos
o  direito   de ir  além   e
VOAR.
Suas mentes
fechadas, seus falsos heróis  de bronze,
seus corações  de mármore  e seus  olhos opacos pensam,
veneram,  sentem
e veem  em todos
nós  um  rebanho
de cifrões,  combustível
para  as suas  guerras
e carne tenra  para
os  seus  vícios.
MAS O TEMPO DO  MEDO ACABOU
Já fizemos comédias  no cinema,
na tv  e na internet  com as suas  leis.
Não somos os filhos da revolução,
nós  somos a  revolução.
Revolução  digital,
comportamental,
profissional,
emocional,
social,
GLOBAL.
No asfalto,  no  campo, no  morro,
na praia,  no  centro, na  periferia,
no  condomínio,  no trabalho,
no  colégio,  na  faculdade,
nos corações, nas mentes, nas  vidas.
Não  somos  um,  somos  muitos.
Não somos  uma voz, somos  muitas.
Não  somos um gesto, somos  diversos.
Não  somos um pensamento,
somos  todos.
Não  somos  um, uma, nem  somos  o mesmo,  a mesma,.
x mesmx.
Queremos  fazer  os nossos próprios  caminhos,
com  nossos  erros e acertos.
Mas a  maior parte  de nós  têm   memória  para lembrar,
ouvidos    para  ouvir  e inteligência  para aprender.
Vivemos  para   o futuro,  mas  nascemos de  uma  história  em comum  e  nela  queremos  buscar sabedoria  para
CONHECER
ENTENDER
REINVENTAR
Vamos  semear e fazer germinar,
para colher
e distribuir  um  futuro melhor
para todos.
Tudo  isso  já  começou  e  sempre recomeçará.
Não  há um  fim  e nem haverá,  mas  um caminho
que passa  por  cada  um
de  nós e que sempre
passará,até  que  todos
possamos dançar  e  cantar
como  crianças  num  dia de chuva.
Nessa  busca, precisamos nos  tornar
mais humanos, mais justos  e mais felizes.
Nela, não haverá tempo  perdido,  se o tempo  for  feito  por nós.
Por isso, não  a tudo
oque prende as nossas  asas.
FORA TEMER e  as  pseudo-novidades  mascaradas,  com  suas falas mansas e seus sorrisos amarelos.
Viva  quem  faz, viva os  sonhos  e viva  quem  trabalha DE VERDADE!
Ao lado  deles, lutando  por justiça, lá  estaremos."

Pensem nisso  enquanto eu  vos  digo até amanhã.

EU E O IDOSO

A praça   é de  todos nós,  ela sempre   deixa   o compartilhar  dela para  que possamos  curtir  sua beleza,  sua  hospitalidade, e  nos  seus balanços,  brinquedos, soltar  nossas  asas, hoje  adulto  para  um  pouco  mais sermos  de novo  crianças.
O sol da manhã, o  céu azul, lindo  como uma  pintura  de  magia,  emoldurando a  natureza acompanhada por  pássaros, as borboletas  visitando suas  flores, dando  um  ar  de  beleza rara, nesse dia,  na  linda e saudosa  praça da Matriz.
E  eu  com  o  meu  chimarrão sorvendo  o  líquido  verde, junto  aos meus pensamentos  de antanho ,  a minha saudade dormida  e  vi  naquele homem de  aparência  triste,  pequeno,  magro, com  um olhar  ao longe  sentado  no  banco  da praça  e  eu  não  pude  me  conter ,  tive  necessidade  de  chegar até ele,  pra prosear, pra  dentro de mim,  também, não  me sentir  tão  só.
Pois  não  sei   porque, estivemos  bem  a  vontade, parecíamos  que  nos conhecíamos de muitos  invernos.
O passar dos nossos  anos  em  nossos  lombos   de tantas  caminhadas, ,  nos  trazem   marcas  do tempo  que  passou  e  se  viveu.
E , eu tenho  certeza que ele sentado  ali, naquele  banco amigo, já  esfolado  do  tempo, com  certeza, já  deve ter  presenciado   muitas  histórias, histórias  de vida, de amor,  saudade, de todo  o  tipo   que cada um carrega   no  seu  coração,  sei  que  o  banco  de uma praça é  também  um  bom  conselheiro   daquelas  horas, que precisamos  falar,  desabafar, chorar.
Com a  cuia  na  mão,  me aproximei   daquele   homem que o tempo,  o  deixou  frágil, mas  no  tempo  que  nós conversamos, falamos  de tudo, família, filhos,  netos, amores, da  namorada  que foi embora, de amores  mau resolvidos, dos amores  que estão  batendo  no  coração.
Conversamos,  dizia  a  ele   que aquela  praça  era  um  pedaço  meu ,  que ali  meus passos, meus sonhos, minha vida, percorreram  em  tempos passados.
Eu estava  ali   curtindo   uma  saudade  que  meus  olhos  como  que um  retrovisor  me mostravam  a cada  canto  que  eu  olhava daquele  lugar  tão  especial.
A  natureza, as árvores  floridas, pombos, pássaros, mães com  seus  pequenos , homens e mulheres  ali, comungando aos  seus modos  , os  seus momentos,  compartilhando   e partilhando   seus  sonhos, lembranças, quimeras  de ontem  e  de hoje, que  cada um de  nós  carregamos  em  nosso coração.
Esse  encontro  me fez  revitalizar, cada  momento  meu,  e  a  certeza  que nossa vida   é a soma de  nossas  experiências,  daquilo  que vivemos, amamos,  sofremos,  choramos, sorrimos, nossas saudades,  a  saudade  de  cada um, a vida  de  cada um,  nossos amores,  e  desamores  que  também  estão  em  nossos  corações.
A  nossa vida sim  é, a  soma daquilo   que vivemos com  o  coração., pois,   uma vida  sem sem  coração é como  um sol  sem calor, , é como  uma  lua  sem  clarão, uma  estrela sem  brilho.
Eu  me vi  naquele senhor,  talvez pensando   lá adiante  pois,   nós  nunca  imaginamos  o que   a vida  nos  reserva,  o  ciclo  vital  da vida é nascer, viver  e morrer.
O que  me chamou atenção quando  conversávamos   foi  o que ele me disse,  com a  voz embargada: " tenho  86  anos, e não gosto   que me chamem de idoso".
Perguntei  a ele o  porque  e  ele  me disse; " eu  fico  triste"
Fiz,  um contraponto  a  ele, porque senti na  sua  voz, uma  tristeza, como  que  não  aceitando, o  passar dos  anos.
Disse a ele: "somos   a todo  o  momento  em  nossas  vidas  rotulados  disso  e  daquilo  mas o que importa  é a vida  digna  que se  vive, e o  legado  melhor possível aos  nossos  que ficam"  e  ele me  respondeu,  " é verdade  amigo ".
Falamos  por um  bom tempo e  aquele  bate-papo  amigo,    foi   bom  demais, gratificante, unir  sentimentos ,  sensibilidades, nos  fortalece, nos engrandece e  nos aprimoramos  como  seres   humanos  com  todo  esse  enriquecimento  humano, é gostoso  demais.
Ao  nos  darmos um até breve, saí com a sensação   que o  ser  humano  tem  sua  força  alicerçada  no  seu  coração  e  só  o  bem  querer que existe    em cada um  de nós,  é o  que   nos faz acreditar   num  mundo  melhor  e na vida.
E eu,  por  ser um sonhador, eu  acredito.

Pensem  nisso  enquanto eu  vos  digo  até amanhã.


sexta-feira, 23 de setembro de 2016

PRENDA LULA HOJE, MORO!

PRENDA LULA HOJE, MORO! Por Ernesto Marques

Está esperando o que mais, Excelência?

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"O grande PIB brasileiro assim deseja, a mídia está com câmeras e microfones a postos e não faltarão aplausos da elite ignara e até de uma multidão de incautos prenhes das convicções que dispensam provas. Já não restam mais dúvidas: à luz do obscurantismo jurídico inaugurado pelo Torquemada das Araucárias, já há convicções de sobra para prender o maior líder popular da história do Brasil. Nessa nova ordem fundada pelas mentes brilhantes do juiz do escândalo do Banestado e do procurador.pps, um juiz de primeira instância pode tudo. Às favas todas as teorias do Direito! E por que não prende Lula hoje mesmo?
Depois da monstruosidade contra Guido Mantega e sua família, a prisão de Lula é a gota necessária para fazer transbordar de uma vez por todas o caldeirão da hipocrisia e da injustiça. É disso que o Brasil precisa, Moro, então vamos lá! Inscreva logo o seu lugar na história e assegure posição destacada na galeria dos grandes embusteiros nacionais! Você e seus parceiros na Polícia Federal e no Ministério Público merecem estar ombro-a-ombro com Filinto Muller, Olympio Mourão Filho, Lacerda e outros luminares do golpismo desavergonhado a perseguir a democracia brasileira que ainda não conseguimos fazer sólida.
Onde isso vai parar? Até quando nós, os de baixo, vamos tolerar esse processo que nivela pessoas com algum discernimento e disposição de luta a néscios? Até quando permanecerá latente a verve do inconformismo farroupilha, o sonho de igualdade dos malês, o destemor dos cabanos, dos inconfidentes, a rebeldia dos mascates? Até quando a injustiça geradora do cangaço e a desesperança fundadora de Canudos, atualizadas na destruição do Brasil surgido em 2002, permanecerão contidas? Até quando os meninos e meninas da revolta do buzú, do passe livre e das escolas secundaristas ocupadas permanecerão com suas ações ainda “bem comportadas”? Até o dia em que o Torquemada das Araucárias permanecer em surto ególatra, entorpecido pelos aplausos da casa grande. Mas vamos lá, poderoso Moro! Seu poder é desmedido, seu brilho ofusca todos os mestres da filosofia do direito.
Você é o cara que pode prender o cara! Toma logo coragem. Faça seu derradeiro lance de golpismo canhestro e decrete, afinal, o triunfo das nulidades. Se lhe sobram convicções e as provas já não são mais necessárias, prenda Lula imediatamente. É só o que falta para o Estado brasileiro, ladrão e violento por excelência, porque fundado pela e para a elite manter a indecente concentração de riqueza, seja afinal refundado na luta até sangrenta, se for necessário. Porque se Lula merece algum castigo, é por não ter entendido a lição que custou a Jango o mandato e a vida, e, ao Brasil, 21 anos de ditadura sangrenta e entreguista: conciliação demais resulta em golpe. Prenda Lula, Moro, por favor. Que a História lhe seja implacável, mas antes do seu julgamento no grande tribunal, a gente se encontra no processo das ruas."
Ernesto Marques é jornalista e radialista.

Pensem nisso enquanto eu  vos digo  até amanhã.

ACORDA POVO, ACORDA CIDADÃO

A  lava  jato  nesses  tempos  de golpe  no  Brasil segue  célere  para obter  seu  resultado  final, que  é sem sombras de dúvida  colocar o  maior  líder brasileiro  e  um  dos maiores do mundo, LULA  no seu  objetivo principal,  colocar  o ex-presidente LULA  atrás das grades.
Há  um  esboço  já configurado, elaborado, em curso, desde  o término, da  reeleição de  Dilma Rousseff  e toda essa  engrenagem,  há muitos atores,aqui de dentro  do Brasil  e  fora dele,  como os
vastos interesses econômicos dos Estados Unidos e  também  uma  luta geopolítica em  curso pelas terras  aqui da América do Sul,
Os  últimos atos  que  a força  tarefa da Lava Jato  está  executando, é  a prova  cabal  dos  seus  objetivos  espúrios .
Penso  eu  que   o povo brasileiro,  principalmente  a grande massa de trabalhadores ainda  não  se deu  conta do  que  está  ocorrendo  aqui no BRASIL no hoje presente, e  suas consequências  futuras.
Coloco  que  é bom frisar na  minha  modesta opinião é que nos falta sim , valores nacionais,  nos  faltam cidadania para defender  o  Brasil desse desmonte criminoso em que  hoje,  os golpistas  que tomaram o  poder  estão  fazendo.
Acorda,  POVO,  ACORDA CIDADÃO.

Pensem nisso  enquanto  eu  vos  digo até amanhã.

O LUGAR DE LULA É NA CADEIA

O lugar de Lula é na cadeia, por Arkx


"num país com um STF e um MPF que mantém intocáveis Gilmar Mendes, Cunha, Temer, Daniel Dantas, Aécio, Renan, Sarney, Moreira Franco e todos os inúmeros demais associados da organização criminosa responsável pelo golpe de Estado, neste país o lugar de Lula é sim na cadeia!
no Brasil pós golpe, o lugar de cada democrata é na cadeia! o lugar de cada defensor de um projeto de desenvolvimento com inclusão social é na cadeia! o lugar de todos nós é na cadeia!
e a única maneira de não acabarmos no lugar a nós reservado neste Brasil dominado por uma plutocracia colonial e escravagista é não sair das ruas. é manter viva e cada vez mais forte a chama da luta pelo “Fora, Temer” e pelas “Diretas Já”. é ocupar os espaços públicos, os prédios públicos. é construir a greve geral. é bloquear os fluxos logísticos do capitalismo.
nada causará mais danos à resistência contra o golpe – pois ele não acabou com o impeachment, continua em curso e se aprofundando – do que convergir toda a complexidade deste processo numa pura e simples “defesa de Lula”.
o ex presidente precisa sim ser defendido. como qualquer cidadão que seja vítima de uma justiça venal, corporativa, seletiva e classista.
esta é sim uma grande oportunidade para fazer coincidir a “defesa de Lula” com a luta pela democratização do Judiciário, pela desmilitarização da polícia, pelo desmantelamento do aparato repressivo e pela superação da doutrina de segurança nacional.
iniciativas quem em seus 13 anos de governo o lulismo sequer cogitou em propor.
portanto, só existe uma correta “defesa de Lula”. aquela associada a defesa de todos nós, por uma pleno Estado Democrático de Direito garantido pela Constituição Federal e pelo poder popular.
a Lava Jato não é o problema. a Lava Jato é a filha bastarda da Satiagraha, que o lulismo diligentemente operou para abafar. a Lava Jato é a herança maldita do lulismo, por não ter feito a auditoria da privataria tucana.
a Lava Jato se transformou de um processo absolutamente necessário para o avanço da Democracia Brasileira numa arma política apropriada pela Direita para servir a plutocracia.
“defesa de Lula”, caso não colocada dentro de um contexto de ampla defesa da Democracia contra um golpe de Estado,  se encaixa perfeitamente nos planos da grande pacificação nacional, através de mais um acordo de cúpula entre as elites, que ainda mais uma vez a população padecerá.
também de nada adiantará a repetição fanática do mantra dos milagres do lulismo.  
é mais do que tempo de definitivamente compreender que os celebrados “programas sociais” lulistas nada mais foram do que as velhas e conhecidas “políticas sociais compensatórias”, recomendadas pelo Banco Mundial e formuladas pelo obsoleto Consenso de Washington.
se de fato existisse uma pujante “Nova Classe Média” (termo cunhado por um economista neoliberal vinculado a um think tank conservador, mais ainda assim prontamente adotado pelo lulismo) a economia brasileira teria resistido.
se fosse possível inclusão social pelo consumo, e não somente pela renda, pela cidadania e pela consciência política, as massas nas ruas seriam ainda maiores, nas ruas estariam há mais tempo e haveria ainda maior radicalização.
o lulismo foi o rumo que nos trouxe ao abismo, por sua estratégia de conciliação permanente a serviço de um projeto de hegemonia às avessas. um modo de governar para atender a quase totalidades das demandas da minoria e de se legitimar através de alguns poucos benefícios para a maioria.
aquele Brasil da política binária, reduzida a uma simplista e ilusória oposição entre PT x PSDB, lulismo x anti-lulismo, este Brasil acabou. não haverá retorno do exílio no qual nos encontramos.
portanto, nenhum acordo é possível nas bases anteriores. estamos num Brasil multipolar, com as diversas gangues patrimonialistas, associadas aos mega interesses transnacionais, disputando a hegemonia. um condomínio de piratas e saqueadores dedicados a expropriar o patrimônio público, para dele se apoderarem.
mergulhamos em plena guerra civil híbrida. a plutocracia não quer mais acordo. será então preciso fazê-la compreender que seu botim será apenas ruínas: as sua própria ruína.
na sua suprema arrogância o alto comando pressupôs que o xadrez do golpe era jogo jogado.
com o baixíssimo índice de popularidade do governo Dilma, a política do “quanto pior melhor”destruindo a economia, a maciça campanha de criminalização de Lula e do PT e a horda de bestializados vociferando nas ruas o golpeachment seria tão fácil e tranqüilo quanto um passeio num shopping em Miami.
mas com suas reviravoltas a História, esta velha topeira, sempre deixa atônito os prepotentes.
enquanto as famiglias prosseguem em sua guerra pelo botim da Democracia brasileira, o lulismo ainda insiste em sua súplica por um acordo impossível. mas em meio aos escombros do Estado Democrático de Direito, não haverá nenhuma pacificação, nenhuma travessia em meio a cidadãos em revolta.
se após seu afastamento Dilma renasceu, Lula teima em ser o palatável personagem que criou para ser tolerado nos pactos palacianos. um personagem que nunca foi completamente digerido pela plutocracia. e que agora tentam expelir definitivamente do jogo.
também o PT, precocemente senil, se recusa a rejuvenescer. um partido dirigido por anciões paulistanos. a contra-face exata de “São Paulo Ltda.” tentando dar sobrevida a um Brasil unipolar no qual já não cabe a complexidade do tecido social do país.
um Brasil para o qual a única solução é a periferia se tornar o centro.
o PT paulistano não abre mão de sua hegemonia falida, recusando-se a passar o bastão para os estados nos quais as bases do lulismo atualmente estão: o Nordeste. no que seria iniciar no âmbito interno do próprio PT, o resgate do imenso débito que o país tem com a questão regional.
até por uma questão da força inexorável dos fatos em curso, Lula precisa compreender que sua maior força é junto com os poderes do povo. retornar às suas raízes para se abraçar com sua grande base social: a imensa maioria da população nordestina.
para Lula, chegou o momento da verdade: ou a prisão ou as ruas.
apesar de tudo, o xadrez do golpe é ainda um jogo indefinido. e neste jogo o povo sem medo se credenciou como um dos vetores atuantes.
sim, o rei está nu! e quanto mais alto se ergue este grito, mais a ele o rei se torna surdo. enquanto o “Fora Temer” ecoa potente nas ruas e nas pesquisas, mais patente fica sua incapacidade de concretizar a palavra de ordem, porque entre o poder instituinte e os poderes constituídos já não existe relação, apenas a ruptura.
um golpe se institui pela força e só um contra-golpe pode detê-lo.
a fratura exposta entre o poder instituinte e os poderes constituídos é irreparável. o poder soberano do povo a ele deve voltar. este é o obrigatório e inadiável passo inicial para a superação do impasse de uma governabilidade inalcançável, nem agora e muito menos em 2018.
com cada nova “medida impopular” Temer realiza uma façanha inédita: a união da Esquerda brasileira em torno de um projeto comum.
mais e mais setores da população são atingidos, gerando um clima de crescente insatisfação social e rápida perda de credibilidade do governo.
a capilarização da resistência ao golpe se estendeu por todo o Brasil. já não restam dúvidas de que este é um golpe da plutocracia contra os pobres, contra os trabalhadores e contra o conjunto da população brasileira.
um golpe para manter o Brasil subordinado aos mega interesses transnacionais.
do incêndio ateado, as chamas se propagaram. os golpistas não conseguem controlá-las. as labaredas da luta de classes incendeiam o Brasil.
o setor dominante já não mais pode governar como antes. o agravamento da crise acirra a atividade dos movimentos sociais, empurrados então para uma ação histórica independente."
summer is coming.

Pensem  nisso enquanto  eu  vos digo  até amanhã.

terça-feira, 20 de setembro de 2016

AS PALAVRAS QUE TEMER TEME









"De início, ele nem queria tocar no assunto. Foi convencido de que pegaria muito mal, falar na tribuna da ONU como um paraquedista, sem dizer uma palavra sobre os acontecimentos que ali o colocaram como presidente do Brasil sem ter sido eleito. Ele falou, mas passou ao largo de três palavras que, como explicariam os psicanalistas, açoitam seu psiquismo, provocando culpa ou constrangimento ou qualquer coisa assim. Não pronunciou o nome da ex-presidente Dilma, não mencionou a qualificação de “golpe”, que corre o mundo, sobre o processo que descreveu, e trocou a palavra “impeachment” por impedimento. As duas palavras se correspondem no inglês e no português, mas na práxis política guardam diferença. Explico mais adiante. Disse Temer:
"O Brasil acaba de atravessar processo longo e complexo, regrado e conduzido pelo Congresso Nacional e pela Suprema Corte brasileira, que culminou em um impedimento. Tudo transcorreu dentro do mais absoluto respeito à ordem constitucional."
Impedimento de quem? Sem o complemento nominal, a frase atentou contra a sintaxe. O “impedimento” é sempre de alguém ou de alguma coisa. Mas ele preferiu assim porque foge do nome de Dilma como o diabo da cruz. Como o culpado do nome da vítima. Na recente entrevista ao Globo, quando lhe perguntaram porque nunca diz o nome dela, ele foi corajoso. “Então vou dizer: Dil-ma-Va-na-Rous-seff. Disse mas não gosta de dizer. As palavras e as coisas têm uma forte conexão. A fuga da palavra ajuda e esquecer a coisa, embora ela seja inapagável: foi golpe e foi traição.
A outra palavra evitada foi “golpe”. Apareceram cartazes dizendo isso na porta da sede da ONU, apareceram manifestantes, e delegações latino-americanas se retiraram do plenário num silêncio gritante. Diante de uma plateia de governantes e chefes de Estado, Temer poderia ter aproveitado para refutar clara e corajosamente a caracterização do processo que o levou à presidência como golpe, uma ideia que encontrou seu lugar aqui no Brasil e lá fora. Passou ao largo, limitando-se a dizer que o processo foi legal e constitucional. O fato de ser constitucionalmente prevista não significa que foi legítimo.
Preferiu dizer que o processo “transcorreu dentro do mais absoluto respeito à ordem constitucional” e que “culminou em um impedimento”. Por que não disse “impeachment”? Porque não estaria sendo verdadeiro. Houve aqui o impedimento de fato da presidente por obra do Congresso, com aval do STF. Mas não um “impeachment” segundo as regras dos países democráticos que o preveem em suas cartas constitucionais, a começar dos Estados Unidos, o criador deste mecanismo criado para mitigar a força do presidencialismo, não para derrubar presidentes. Tanto é assim que lá nenhum presidente sofreu tal processo. Nixon renunciou antes e em relação aos outros dois, Andrew Jackson e Bill Clinton, o Senado assumiu seu papel moderador e arquivou os pedidos autorizados pela Câmara. Alegou, principalmente, a desproporção entre a acusação e a pena da deposição, o que bem se aplicaria aqui, diante dos crimes imputados a Dilma, pedaladas e suplementações orçamentárias. Ao falar em “impedimento” e não em “impeachment”, Temer evitou a comparação jurídica e reconheceu a singularidade do processo ocorrido no Brasil. Ele se assemelha ao que houve no Paraguai e em Honduras mas não ao que seria um “impeachment” nos Estados Unidos, por exemplo.
A alma de Oswado Aranha, a quem o Brasil deve o honroso papel de abrir anualmente a Assembléia Geral da ONU, deve ter se divertido. Ou lamentado."

Pensem nisso  enquanto  eu  vos  digo  até amanhã.

ENTREVISTA COLETIVA LULA DEFESA EM NOVA YORK

Pensem  nisso  enquanto  eu  vos digo  até amanhã.

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

GILMAR AGRIDE LEWANDOWAKI: "VERGONHOSO"

Gilmar agride Lewandowski: "vergonhoso"!

Cada vez que ele fala o Supremo fica menor!

publicado 19/09/2016
Fora Temer MALBA.png
Na JovenPan, megafone do Golpe
"O presidente do Tribunal Superior Eleitoral e ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, qualificou nesta segunda-feira, 19, de “vergonhosa” a decisão do ministro Ricardo Lewandowski de fatiar a votação do julgamento da presidente afastada Dilma Rousseff que resultou na aprovação no Senado pela manutenção dos direitos políticos da petista, embora tenha tido o seu mandato cassado. “Considero essa decisão constrangedora, é verdadeiramente vergonhosa. Um presidente do Supremo (então, Lewandowski) não deveria participar de manobras ou de conciliados. Portanto não é uma decisão dele. Cada um faz com sua biografia o que quiser, mas não deveria envolver o Supremo nesse tipo de prática”, criticou Gilmar em entrevista nesta segunda à Jovem Pan.
Um dia após a decisão de 31 de agosto deste ano, Gilmar já qualificara o fatiamento de “bizarro”. Para o presidente da corte eleitoral, o resultado do julgamento de Dilma abre precedente “que preocupa” e pode repercutir “negativamente” nas cassações de mandatos de deputados, senadores e vereadores. “Então, veja, (essa votação fatiada) não passa na prova dos 9 do jardim de infância do direito constitucional. É, realmente, do ponto de vista da solução jurídica, parece realmente extravagante, mas certamente há razões políticas e tudo mais que justificam, talvez aí o cordialismo da alma brasileira e tudo isso”, avaliou o presidente do TSE.
Na sexta-feira, 9, a ministra do STF Rosa Weber negou quatro pedidos de medida liminar que queriam suspender a habilitação da ex-presidente para o exercício de funções públicas. Os pedidos haviam sido feitos em mandados de segurança ingressados pelo PMDB, PSDB, DEM, PPS e Solidariedade, pelos senadores José Medeiros (PSD-MT) e Álvaro Dias (PV-PR) e pelo PSL.
Os partidos alegam que a votação fatiada ocorrida no plenário do Senado, que livrou Dilma Rousseff da inabilitação para assumir cargos públicos por oito anos, contraria o texto expresso na Constituição. A realização de duas votações criou um racha na base aliada do presidente Michel Temer, apesar da participação do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), na costura da estratégia que suavizou a pena de Dilma.
PMDB, PSDB, DEM, PPS e Solidariedade alegam que foi inconstitucional a segunda votação do impeachment realizada como destaque, tendo em vista que, a partir do momento em que o resultado da primeira votação –pela cassação de Dilma– reconhece a existência de crime de responsabilidade, a pena de inabilitação para o exercício de funções públicas “é vinculada e não pode ser afastada”.
Para a advogada Janaina Paschoal, uma das autoras do processo de afastamento de Dilma, qualificou, à época, de “arriscada” a iniciativa dos partidos de acionar o STF. Em seu perfil no Twitter, Janaina fez apelos diretos aos senadores. “Eu peço, pelo amor de Deus, que quem já impugnou o julgamento do Senado, desista das medidas interpostas. Eu peço, pelo amor de Deus, que os partidos que ainda não impugnaram, não interponham nenhum tipo de medida.” A advogada considerou que a provocação à Corte poderia levar à uma decisão de anular toda a votação, e não apenas a votação que permitiu que Dilma ocupasse funções públicas. “Se o impeachment for anulado, ainda que se marque novo julgamento, Dilma voltará imediatamente para o poder, pois terão passado os 180 dias.”
OAB
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudio Lamachia, disse que “não descarta” a principal entidade da advocacia judicializar no Supremo o fatiamento do impeachment de Dilma. “Solicitei no âmbito interno da instituição um exame técnico sob o prisma constitucional. A partir dessa análise, desse parecer técnico, poderemos dar encaminhamento para uma decisão sobre como a Ordem vai agir.”
Lamachia ressaltou que qualquer decisão da OAB será tomada pelo Conselho Federal. “É uma decisão que compete ao Conselho, formado por 81 integrantes, três conselheiros de cada Estado”, observou."

COMISSÃO BRASILEIRA DE JUSTIÇA E PAZ,CONDENA PERSEGUIÇÃO ALULA

ONTEM....

Ontem caminhando pelas ruas altas e baixas da cidade... Meus passos quando pisava o solo, parecia que em mim algo me levava para algum lugar...