quarta-feira, 30 de novembro de 2016

A HOMENAGEM DO ATLÉTICO NACIONAL DA COLÔMBIA A CHAPECOENSE

Pensem   nisso  enquanto  eu  vos  digo  até  amanhã.

A DESPEDIDA DE FIDEL CASTRO

Pensem nisso  enquanto  eu vos  digo  até amanhã.

OS PODERES BRIGAM


Poderes duelam na beira do esbarrancado



Toninho Tavares

"A grande trombada entre os poderes, com potencial para uma ruptura institucional, deu mais um passo. O Congresso fez da pior forma o que poderia até ser bem compreendido pela população se feito de outro modo, com debate e transparência. A coalizão Judiciário/Ministério Público/Lava Jato também reagiu da pior forma, com ameaças chantagiosas, às mudanças no pacote anti-corrução, que incluíram a aprovação de emenda sobre abuso de autoridade. O procurador Deltan Dallagnol apelidou-a de “Lei da Intimidação do Judiciário e do Ministério Público”.Num repto a Michel Temer, os procuradores ameaçaram renunciar à Lava Jato caso a proposta seja aprovada pelo Senado e sancionada pelo presidente da República. Só se esquecem de uma coisa: vetos podem ser derrubados pelo Congresso e isso costuma acontecer quando o assunto é dar o troco. Ainda há ingredientes explosivos para serem colocados nesta crise mas em algum momento ela vai bater no muro.
No ponto crítico a que ela chegou hoje, a presidente do STF, Carmem Lucia, disparou contra o Congresso emitindo sinal verde para que os outros subissem o tom. Janot falou grosso, os da Lava Jato dispararam e do outro lado coube a Renan Calheiros, como não poderia deixar de ser, responder em nome do Congresso que preside: as dez medidas propostas pelo Ministério Público só poderiam ser aprovadas no fascismo, disse ele, acrescentando que o Congresso não pode deliberar por pressão externa. Renan, Justiça seja feita, é quem tem defendido publicamente, com palavras francas, a necessidade de reequilibrar a balança entre os poderes que, ao longo dos meses e numa sequência de episódios, pendeu para o Judiciário, naturalizando uma supremacia que fere o princípio do equilíbrio e da equipotência entre os poderes. Tipificar o abuso de autoridade e estabelecer que magistrados e procuradores também respondam por crimes de responsabilidade funcionais só viraram anátema por conta da supremacia judiciária que foi se estabelecendo.
Já os deputados fizeram tudo do pior modo para eles mesmos. Inicialmente, aprovaram na íntegra as dez medidas do Ministério Público. Deram a impressão de engolir propostas que Renan associou ao fascismo, como a flexibilização do habeas corpus e a criação da figura do reportante do bem, medida que estimulará o dedurismo recompensado, adubando a semente do estado policial. Ou o confisco alargado dos bens de um investigado, mesmo não estando provado a conexão com um crime de corrupção. Foi ingenuidade dos procuradores acreditar que o Congresso iria permitir a criminalização dos partidos políticos e a perda de registro por envolvimento de seus dirigentes em delitos. Os partidos não são  indivíduos, pelo contrário, representam uma massa de filiados e eleitores que não podem responder por atos dos dirigentes. Eles que sejam punidos. A criminalização do caixa dois,  por exemplo, foi aprovada, e em lugar da anistia, os deputados optaram por aprovar a emenda sobre abuso de autoridades de magistrados e procuradores. A população talvez compreendesse a impertinência de algumas das medidas derrubadas se a Câmara tivesse optado por um debate mais prolongado, expondo os inconvenientes que representam não para eles, unicamente, mas para toda a sociedade. O reportante-dedo-duro-premiado, por exemplo, pode germinar perigosamente na atual cultura envenenada pela cruzada moralista. A Câmara, ao invés de sustentar este debate, foi pelo atalho. Votou o pacote, fingiu que o engoliu e quando a noite ia alta  começou a aprovar emendas. Mas no final do dia estava claro que isso iria acontecer. Ou pelo menos que o abuso de autoridade passaria. No cafezinho do plenário, o que mais havia eram deputados engasgados com o pacote.
O Senado acaba de rejeitar o pedido de urgência para a votação do pacote recebido da Câmara. Mais que derrota de Renan, sinal de que os senadores viraram bombeiros, querem baixar a temperatura.  Mesmo com o recuo, não creio que o Senado aceitará o emparedamento  que o Ministério Público tentou impor à Câmara e acabou perdendo.  Os procuradores demonstraram, neste processo, não compreender nada do processo legislativo. Ali nada é aprovado tal como proposto, nem por governos nem pelos próprios parlamentares.  Não seria o Ministério Público, nas atuais condições, que arrancaria de uma Câmara em estado de pânico com a iminência das delações sobre caixa dois, de origem legal ou ilícita, que arrancaria do plenário a chancela integral de sua proposta , por mais assinaturas de apoio que tenha tido.
Os senadores recuam por temer o agravamento, a crise institucional propriamente dita, mas também por saberem que, nesta guerra, a força está com a coalizão Judiciário/Ministério Público/Polícia Federal. O lado podre da corda está com o Congresso, onde Renan responde a uma dezena de processos e mais de uma centena de parlamentares podem aparecer na lista da Odebrecht. Já vazou delação da Odebrecht contra Jucá, que teria centralizado o recebimento de R$ 22 milhões para ele, Renan e companhias peemedebistas. Os procuradores não brincam em serviço.
Este confronto, agora em seu pico,  já estava há muito anunciado. O Supremo, a Lava Jato e Moro já atravessaram muitas vezes a linha do limite e o Congresso não reagiu. Lula e Dilma foram ilegalmente gravados e as conversas ilegalmente divulgadas. O STF, guardião da Constituição, lavou as mãos. Como a vítima era o PT, o Congresso não tossiu.  Delcídio do Amaral foi preso no exercício do mandato e sem flagrante. O  Senado mugiu mas, acuado pela mídia diante do vazamento das conversas estarrecedoras do então senador petista, homologou a prisão autorizada pelo ministro Teori. Em Curitiba acontecem desatinos em série contra as garantias individuais mas o STF não enfrenta Moro. Lula precisou ir à ONU porque não encontrou aqui respaldo a suas denúncias sobre a parcialidade e a perseguição movidas por Moro.
E o STF, para completar, continua legislando.  Se  “a turma do deixa disso” não entrar em campo, na semana que vem a Câmara pode revidar com mais um tiro: a aprovação, pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), de projeto que tipifica como crime de usurpação de competências de um poder por outro.
– Estou sendo muito cobrado a colocar meu parecer em votação mas achei que este não era o melhor momento. Vou deixar estas dez medidas serem votadas primeiro.  Mas a pressão aumentou com esta notícia de que o Supremo mais uma vez legislou, aprovando o aborto até os três meses de gravidez – dizia o deputado Marcos Rogério (DEM-RO), que é o relator do projeto na CCJ, durante a votação das medidas, mas antes da aprovação das emendas.      
Agora, temos dois poderes na trincheira e no meio, um Temer desafiado. Aguardemos os próximos tiros,  torcendo para que não sobrem para a democracia, este lírio açoitado."

Pensem   nisso  enquanto eu  vos digo  até amanhã.

FIDEL CASTRO, JÁ ESTÁ NA HISTÓRIA

História já presta homenagem a Fidel


"Vamos reconhecer que a história reservou uma última e até divertida homenagem a Fidel Castro. Enfrentando a pior crise desde 1929, quando conquistas importantes dos trabalhadores  têm sido revogadas em cruéis programas de austeridade na maioria dos países desenvolvidos, enquanto a população super explorada de antigas reservas coloniais é obrigada a fugir da fome, da miséria e da guerra em barcaças pelo Mediterrâneo, em fronteiras clandestinas no Sul dos Estados Unidos e outras operações que apenas revelam a permanência de vergonhosas tragédias humanas em pleno século XXI, Fidel morreu como o mais irredutível adversário do regime capitalista de  nosso tempo.
É possível fazer muitas críticas e apontar atos incoerentes em sua existência como líder revolucionário e homem de governo. Você irá ler algumas delas em alguns parágrafos deste texto. Mas em primeiro lugar é preciso registrar um ponto, uma prioridade, que diferencia Fidel dos demais.
Fosse em Cuba, fosse em sua intervenção internacional, ele construiu uma linha permanente de resistência ao regime capitalista e de combate ao imperialismo. Todas as tentativas de assassinato que enfrentou tinham uma meta principal: devolver Cuba ao grande cassino do capitalismo, à folia dos especulares e exploradores. Mas Fidel conseguiu resistir, dentro das fronteiras e fora delas.
Encarou cinco décadas de um bloqueio injusto,  moralmente covarde e politicamente reacionário, para chegar ao fim da existência com uma sustentação única. Amealhou um apoio amplo e profundo que fez a maioria dos adversários, internos e externos, jamais se animar para defender eleições diretas no país, pois não era nem um pouco difícil imaginar quem seria vitorioso.
A prioridade no combate à desigualdade estrutural de Cuba – equivalente as demais nações do Continente -- pagou seus frutos. A qualidade da educação pública faz do trabalhador cubano uma mão de obra com lugar assegurado no mercado de qualquer nação do mundo. A eficiência de seu sistema de Saúde já foi comprovada diretamente pelos brasileiros – e outros povos do planeta -- através do Mais Médicos.
Nas guerras de independência de Angola, sua atuação teve um valor além das fronteiras, contribuindo de forma decisiva para a destruição do apartheid apoiado pelos campeões de uma época em que se profetizava o fim da História, Ronald Reagan e Margaret Thatcher. Na América Latina, a atuação nos bastidores diplomáticos fez de Fidel um dos principais adversários da ALCA, o programa de recolonização promovido por Washington na década de 1990. Mesmo excluído das reuniões plenárias, em função do bloqueio diplomático, sua influência sobre vários presidentes sul-americanos era conhecida, em particular junto a Hugo Chávez, que chegou a denunciar a ALCA num encontro em Ottawa, chamando o presidente brasileiro Fernando Henrique Cardoso a fazer o mesmo, sem ser atendido, naturalmente.
Personagem e protagonista de seu tempo, seria até injusto colocar o papel de Fidel acima de bem e do mal. Mas eu acho que vale a pena debater dois pontos. Se é verdade que a história registra poucas epopeias espetaculares como a vitória dos guerrilheiros barbudos que desembarcaram em Cuba a bordo de um iate, é difícil negar que o próprio Fidel acreditou demais numa repetição desses episódios, em outros países, outras sociedades, outras latitudes. Não foi assim, sabemos todos.
Em 1968, na Primavera de Praga, quando se processava a mais importante tentativa de reformar um regime socialista por dentro, Fidel assegurou apoio incondicional às Tropas do Pacto de Varsóvia que invadiram um dos países mais avançados da Europa Central e ali instalaram um regime submetido a Moscou. Pela autoridade imensa que a Revolução Cubana lhe assegurava, perdeu uma oportunidade – única na história – para fazer um debate necessário, que envolve socialismo e democracia, ou revolução e liberdade, questões que a humanidade não resolveu até hoje.
Numa das esquinas frequentes do jornalismo, acompanhei de perto uma das múltiplas tentativas de assassinato de Fidel. Não estou falando de um atentado, mas de uma informação grave e errada, divulgada em 2006, de que estava condenado por um câncer terminal.
A notícia foi divulgada pela Time, a lendária semanal americana que, entre seus fundadores, teve um admirador confesso de Adolf Hitler. Reproduzida no mundo inteiro num ambiente de comemoração de uma mídia que desprezava até uma boa hipocrisia fúnebre, teve impacto mundial. Seu caráter falso, contudo, logo se tornou um segredo de polichinelo em Havana, como pude comprovar numa visita que fiz ao país, revezando direitos de turista com a curiosidade de jornalista. Após várias conversas em círculos diplomáticos da capital cubana, publiquei uma reportagem no Estado de S. Paulo informando da tremenda derrapada do jornalismo mundial. O tempo mostrou que essa versão estava correta. Não me recordo de nenhuma publicação que tenha reconhecido o erro naquele período, em mais uma prova de que, conforme o personagem envolvido, o interesse ideológico pode falar mais alto do que o respeito a informação correta – ainda que se trate de uma notícia de câncer sobre um dos principais líderes políticos do mundo.
Por essa amostra, ao vivo e a cores, podemos imaginar a qualidade das informações sobre Cuba que a grande mídia apresentou no último meio século sobre Cuba."
Pensem   nisso  enquanto  eu vos  digo  até  amanhã.

A HOMENAGEM DE LULA A CHAPECOENSE

OS ELEMENTOS ESSENCIAIS NA SUSTENTABILIDADE DA NOTÍCIA DIGITAL

Por Taís Teixeira em 18/11/2016 na edição 926
"A solidão deixou de ser problema. Os relacionamentos afetivos na era das redes sociais mudam a concepção romântica que reduzia a felicidade a uma necessidade intransigente de ter alguém presente o tempo todo. O tempo sozinho passa a ser valorizado e ganha a companhia das redes sociais, que tornam suportável a distância física pelo envolvimento/entretenimento ativo que proporcionam às pessoas. Nesse contexto em vias de transformação contínua, a produção de conteúdo assume uma posição fundamental para atrair esse público, que desenvolve uma relação de intimidade com a sua vida virtual. As fontes de informação são diversificadas e com várias procedências. O jornalista perde parte do seu protagonismo como produtor de conteúdo num ambiente que dá voz e vez a outros formatos, gêneros, linguagens, formações e influências.
O universo digital tornou possível o surgimento de novas referências com a ampliação da pluralidade discursiva, o que remete a uma reflexão sobre o posicionamento do jornalismo na polissemia das redes sociais. Outro ponto percebido é a qualidade desse conteúdo, que dá forma a diferentes elaborações oriundas de fontes dispersas. A ação do comando “compartilhar” para esse novo usuário parece ser mais interessante do que conhecer a fonte de informação, o que demonstra uma característica que dispensa ou não atribui relevância à origem que do fato. Dessa forma, frases como “Eu vi no Facebook, alguém compartilhou no Facebook…” começam a fazer parte dos diálogos, o que nos faz pensar sobre o lugar das fontes fidedignas nas redes sociais. Essa conjuntura sistêmica ,que integra as redes sociais e todos que fazem parte dela, dividem um domínio coletivo de conteúdo, onde abastecem, interagem e são fontes, ou seja, ocupam simultaneamente mais um lugar dentro do campo. Observando por essa ótica, o jornalista, a notícia, a qualidade e a credibilidade do que se acessa, como fica?
A instantaneidade no fluxo de noticias
As mídias e as redes sociais são resultado dos usos e apropriações que foram se configurando na Internet. A tecnologia reverberou e assumiu técnicas de relacionamento, controle de tráfego de informações, métricas para mapear o perfil do consumidor para que marcas possam conhecer melhor o seu cliente. Essas ferramentas são usadas para mensurar ações do marketing digital. Porém, essa aproximação de relacionamento não deve ficar restrita somente às estratégias desse setor.
No jornalismo, a evolução da qualidade de conteúdo deve ser proporcional ao avanço de tecnologias para suprir esses novos espaços, o que significa outras possibilidades de desempenho profissional. Com essa nova plataforma de interação do usuário, que permite com que cada um seja o seu próprio editor ,assim como personalize o momento de busca, podendo interromper e retomar a qualquer momento, reforça a individualidade e a instantaneidade como valores possíveis da notícia digital. Talvez esteja nesse atributo a possibilidade de verificar um viés da sustentabilidade da notícia digital, ou seja, a instantaneidade é a base da sustentabilidade da notícia digital, pois ao acionar uma rápida reprodução no fluxo digital torna a instantaneidade um conceito central da notícia digital.
Essa conjuntura exige do jornalista uma revisão na sua performance profissional para que possa compreender melhor o ambiente digital, o que as pessoas buscam e como se comportam nessa realidade que é recente. A “explosão” de informações nas redes sociais desencadeia o desejo do compartilhamento dos títulos das notícias, onde muitas vezes, ao abrir o link, percebemos que o conteúdo da matéria não corresponde à chamada. Esse modelo de relação com o conteúdo indica que o usuário nem sempre confere o que compartilha e que a origem do fato perde importância diante do desejo de expressão para o seu grupo. O número de “likes” determina a aprovação de uma experiência ou pensamento individual compartilhado para os amigos da sua rede, o que nos faz pensar que a qualidade do conteúdo, noticioso ou não, no caso, interessa-nos o noticioso, apresenta outros valores que ultrapassam a função de informar com qualidade e credibilidade. Todos querem ter curtidas, querem repercutir o que postam. É a compulsão por “likes”.
Este é o momento de o jornalismo repensar sobre como produzir conteúdo de qualidade nas redes sociais para atrair esse consumidor ativo e questionador. O jornalismo perdeu parte do seu protagonismo com as redes sociais e precisa passar por uma reestruturação que evidencie ao usuário a relevância de acessar um conteúdo produzido por jornalistas, resgatando, inclusive, o valor da profissão, que acaba sendo colocado em cheque diante de tanta disponibilidade discursiva. A qualidade e a credibilidade são valores que estão no ethos do jornalismo, mas que parecem estar se esvaziando no ambiente digital. Os jornalistas independentes, assim como as empresas de jornalismo, precisam se autoavaliar e se reposicionar nas redes sociais, onde disputam com novas lideranças e perspectivas.
A notícia digital está na forma de postagem. A instantaneidade alicerça a sustentabilidade da notícia digital uma vez que a sua força e velocidade de expansão por um canal, logo após o acontecimento de um fato, destaca essa habilidade da construção noticiosa digital. Mas a instantaneidade isolada é vazia e caminha para a nulidade. A qualidade do conteúdo, da notícia digital é fundamental para manter a instantaneidade como um valor sólido da notícia digital, que não banalize a a maior vantagem, que é, justamente, a capacidade de proliferação. A qualidade e a instantaneidade se cruzam e constroem a dicotomia da sustentabilidade da notícia digital e transformam rapidamente a “alma” desse processo, com novidades e modificações que tentam acompanhar o ritmo da vida nas redes sociais."
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Taís Teixeira é jornalista e com mestrado em Comunicação e Informação

Pensem  nisso enquanto  eu vos  digo  até  amanhã.

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

DESCULPAS PRESIDENTA DILMA ROUSSEFF

UM PUTEIRO CHAMADO BRASIL

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

O CALOTE DO SARTORI

ONTEM....

Ontem caminhando pelas ruas altas e baixas da cidade... Meus passos quando pisava o solo, parecia que em mim algo me levava para algum lugar...