sexta-feira, 30 de junho de 2017

UM POUCO DAS IDÉIAS DE DÓRIA

Doria e a miséria "turística" no Nordeste


Por Joaquim de Carvalho, no blog Diário do Centro do Mundo:

Quando era presidente da Embratur, João Doria tentou implantar no Brasil uma novidade na indústria do turismo. É verdade que, na sua época, a estatal publicou em revistas estrangeiras anúncios com mulheres em trajes mínimos, na praia, um convite subliminar ao turismo sexual.

Mas esta já era uma prática na empresa.

O que nunca havia sido sequer cogitado é tornar a seca e a miséria no Nordeste um atrativo turismo para os moradores do Centro-Sul do Brasil.

Doria inovou.

O escritor Ivan Mizanzuk postou hoje no Twitter notas publicadas em jornais da época.

Em julho de 1987, a Folha de S. Paulo noticiou:

“A seca, os flagelados famintos e a caatinga nordestina poderão virar atração turística por sugestão do presidente da Embratur, João Doria Júnior, que propôs em Fortaleza (CE) a instalação de albergues turísticos na região”, disse.

A Gazeta Mercantil (importante jornal da época) reproduziu um discurso de Doria a empresários do Ceará, em que ele disse que “a seca poderia ser um ponto de atração turística no Nordeste”.

A reação foi imediata. Jornais locais repercutiram a “ideia” extravagante do gestor da Embratur.

“A fome como atração turística” é o título de uma dessas notas.

O texto afirma que Doria defendeu a redução de verbas de irrigação, como forma de aumentar “as de turismo para exibir flagelados da seca porque os habitantes do eixo Rio-São Paulo só conhecem a seca através da imprensa. Ou seja, em vez de empregar o dinheiro do governo para financiar a produção, empregaria tal verba para que os turistas, em ônibus refrigerado e regado a uísques, possam se distrair vendo as crianças esqueléticas tomando lama em lugar de água”.

A radialista Adísia Sá, na época responsável por um dos programas de maior audiência de Fortaleza, o “Debate do povo”, promoveu uma intensa campanha contra Doria, que acabou repercutindo na Câmara Municipal de Fortaleza, onde Doria foi muito criticado.

Adísia disse que organizaria uma manifestação para “receber a primeira agência de viagens que chegar com uma excursão para visitar a seca” e fazê-la voltar para o Sul, debaixo de vaia.

O caso chegou até o presidente da época, José Sarney, a quem se pediu a demissão de Doria.

Mas o presidente da Embratur se manteve no cargo. Suas costas eram quentes: ele era apadrinhado de Roseana Sarney, filha da presidente, a quem ele acompanhava no Rio de Janeiro, no período em que Roseana esteve separada de Jorge Murad.

Adísia já está com mais de 80 anos, é articulista do jornal O Povo, mas não trabalha mais no rádio. Eu conversei com ela pelo telefone. Adísia disse estar impressionada com a popularidade que Doria alcançou em São Paulo, mas não quis falar do assunto.

“Faz tanto tempo”, disse.

João Doria chegou à prefeitura de São Paulo com um discurso de gestor eficiente, que nunca foi político, um trabalhador desde adolescente.

Para tanto, mostrava sua carteira de trabalho, tirada quando tinha 13 anos de idade, e a exibia como prova de sua inclinação para o trabalho honesto.

O que Doria nunca mostrou é um registro profissional que teria tido nesta idade.

As pessoas mais velhas sabem que, durante a ditadura, a carteira profissional era um documento mais importante do que o RG para adolescentes.

Era a primeira coisa que os jovens mostravam à polícia quando abordados, para evitar prisões por vadiagem, que eram comuns na época. E menores eram encarcerados tanto quanto os adultos.

Uma face mais aproximada do verdadeiro jovem Doria foi descrita por ele mesmo, num artigo publicado na Folha de S. Paulo em 1988, quando já buscava oportunidade de negócio em Campos de Jordão.

Narrando como era sua vida lá, Doria contou:

- Já adolescente, no final da década de 60, eu peguei os resíduos talvez da época áurea de Campos de Jordão. Os jovens usavam calças rancheiras da marca Far-West e camisas de flanelas listrada, aplaudiam os shows de Elis Regina, Jair Rodrigues e até atrações internacionais nos salões do já então tradicional Grande Hotel. Os chás no Toriba eram e permanecem sendo um ato de elegância gastronômica e de moda. Julho era um mês aguardado pelos que subiam a serra, numa horrível viagem de quase quatro horas pela antiga estrada, para desfrutarem do frio seco e gostoso.

No mesmo texto, explica como se divertia com as brigas dos playboizinhos:

- Em Capivari, um dos centros de Campos, a badalação era animada, com batidas do bar Cremerie. Ajustavam-se namoricos e marcavam-se encontros na boite Maumauzinho. Noites quentes aqueles no Maumau, especialmente quando os irmãos Abdalla e Conde resolviam exercitar dotes pugilísticos. Sobravam dores, mesas quebradas e muitas estórias (sic) para alimentar as rodas de papo à beira da lareira. Gincanas e as disputadas eleições de Miss Suéter no Tênis Clube, completavam o cenário das temporadas de inverno.

Alguém consegue ver neste perfil o João Trabalhador apresentado na campanha para a prefeitura de São Paulo?

*****

PS: Doria foi demitido da Embratur em agosto de 1988, sob a suspeita de desvio de recursos, entre outras irregularidades."

Pensem   nisso   enquanto   eu  vos  digo  até   amanhã.

obs:   DO  BLOG  DO MIRO

RAZÕES PARA NÃO CONDENAR LULA


Redação Pragmatismo
LULA28/JUN/2017 ÀS 14:28

10 razões explicam por que Moro não pode condenar Lula

As 10 razões que explicam por que uma condenação de Lula é impossível dentro da lei. Sergio Moro deve anunciar a sentença do ex-presidente nos próximos dias

razões moro não condenar lula lava jato petrobras
"Entenda por que a acusação é absurda e por que uma condenação de Lula é impossível dentro da lei
A equipe de procuradores da Lava Jatoliderados por Deltan Dallagnol acusa Lula de ter recebido um apartamento no Guarujá e o armazenamento do acervo presidencial entre 2011 e 2016 em troca de 3 contratos da Petrobras onde teria havido desvio de recursos. Entenda porque a acusação é absurda em cada uma dessas afirmações e porque uma condenação de Lula é impossível de ser feita dentro da lei:

1- Porque até o Ministério Público admite não ter provas contra Lula e pede que ele seja condenado a revelia da lei

O próprio Ministério Público admite em sua peça final não ter provas contra Lula. Pedem então que os conceitos de prova e de “ato de ofício” (ou seja o ato de corrupção pelo qual Lula estaria sendo julgado) sejam relativizados, e que se use de “responsabilidade penal objetiva” para condenar Lula. Diz que é “difícil provar” os crimes. Cita sete vezes como literatura jurídica para justificar suas teses, obras do próprio Deltan Dallagnol que defendem o uso de indícios, provas indiretas, e relativização da garantia da presunção de inocência, com o objetivo de condenar mesmo quando não se tem prova da culpa. Em suas obras, Dallagnol diz que julgar é um ato “de fé”, e que “provar é argumentar” !?! Não apresentando qual teria sido ato criminoso cometido por Lula, dizem que o ato pode ser mais vago quanto mais alto o cargo ocupado pelo funcionário público. Como Lula foi presidente da República, o mais alto cargo possível, busca-se eliminar a necessidade, exigida pela Lei, de apresentar um “ato de ofício”, de uma ação que seja efetivamente corrupção. Lula, assim, está sendo julgado por ter sido presidente da República, vale dizer, pelo cargo que ocupou e não por uma conduta definida em lei como criminosa.
Mais que isso. Na outra ponta da acusação, daquilo que Lula teria recebido pelo ato que não conseguem dizer qual foi, escrevem que o fato de não haver provas ou documentos de que Lula seria o dono do tríplex do Guarujá seria a prova de que ele é dono e de que ocultaria a propriedade do imóvel (?!?).
Pode parecer engraçado, mas é trágico que depois de anos de investigação e difamação contra Lula, os procuradores escrevam isso em uma peça onde pedem a condenação de um ex-presidente da República.

2- O apartamento não é de Lula

Não é que o apartamento “formalmente” não é de Lula. Ele não é de Lula, porque é um patrimônio da OAS, que é a responsável pela manutenção e pagamento do condomínio do imóvel, listado em recuperação judicial da empresa.E a OAS não tinha como dar o imóvel para o ex-presidente. Porque o valor do imóvel está vinculado a uma dívida com um fundo gerido pela Caixa Econômica Federal. Era necessário a OAS pagar o imóvel dado como garantia, desvinculando-o do empréstimo, para poder fazer a transferência do imóvel. Existe até uma conta especifica para receber esse pagamento. Isso está PROVADO em documentos e essa operação financeira está em discussão na justiça de São Paulo.
Também já está provado no processo que Lula e sua família nunca tiveram as chaves do apartamento, nunca o utilizaram, apenas visitaram duas vezes (Lula só uma) o imóvel para avaliar se o comprariam. Se a família de Lula comprasse o apartamento, a OAS usaria o valor para quitar a operação financeira ao qual o imóvel está vinculado. Era impossível a OAS se desfazer da propriedade do imóvel sem isso. Logo ele não é patrimônio do ex-presidente. Todos os bens do ex-presidente estão devidamente declarados em seu imposto de renda.

3 – É legal e previsto na lei empresas contribuírem para armazenar o acervo presidencial

A Lei 8394, que regula os acervos dos presidentes depois que eles deixam o cargo permite que empresas contribuam com a manutenção do acervo privado dos ex-presidentes, por eles serem de interesse público e histórico. Não são “bens pessoais” do ex-presidente, mas objetos recebidos ao longo do seu mandato de populares, a vasta maioria sem nenhum valor comercial, mas grande valor de pesquisa. A Procuradoria-Geral da República já emitiu parecer dizendo que essa contribuição, que era de 21 mil reais para a armazenagem de 13 containers, não era ilegal. E nada ao longo do processo indicou que essa ajuda tivesse qualquer relação com qualquer ato de governo ou corrupção. Ao contrário. A empresa Granero assumiu total responsabilidade pelo contrato ter sido feito em nome da OAS, e que jamais houve nisso qualquer intenção de ocultação.

4 – Não houve “follow the money” (rastreamento do dinheiro). A empresa que fez o apartamento e a que tinha contratos com a Petrobrás nem são a mesma.

Não há nenhuma prova de qualquer tipo de relação entre o tal apartamento e os 3 contratos da Petrobras que o Ministério Público coloca na acusação, que foram celebrados entre 2006 e 2008, enquanto Lula só foi avaliar se comprava ou não o apartamento em 2014. Os contratos com a Petrobrás foram feitos pela Construtora OAS, e o prédio construído pela OAS Empreendimentos. As duas empresas são do grupo OAS, mas possuem CNPJs e caixas financeiros completamente separados. A OAS Empreendimentos não tem qualquer contrato ou relação com a Petrobras. Então porque o Ministério Público listou esses contratos? Porque se não relacionasse a obra com a Petrobras, ela não poderia ser julgada por Sérgio Moro na Lava Jato de Curitiba. E Moro negou que fosse feita qualquer perícia para indica se de alguma maneira dinheiro de contratos da Petrobrás se destinou a obra do Guarujá, reformas no apartamento, ou armazenagem do acervo presidencial. Quem pediu as perícias para verificar se houve recursos da Petrobrás para o apartamento foi a defesa. Moro absolveu a esposa de Eduardo Cunha, Claudia Cruz, justamente por não haver rastreamento que provasse que o dinheiro que ela tinha em uma conta na Suíça tinha vindo da Petrobras.

5 – Não há prova nenhuma de envolvimento de Lula nos 3 contratos listados pelo Ministério Público

Na acusação, o Ministério Público diz, textualmente, que Lula agiu para obter vantagens indevidas nesses três contratos junto com Paulo Roberto Costa, Pedro Barusco e Renato Duque. Nenhum dos ex-funcionários da Petrobrás confirma isso.Renato Duque diz que só conheceu Lula em 2012, Paulo Roberto Costa disse que nunca ouviu falar de vantagem indevida para Lula, nem teve qualquer reunião com ele para discutir qualquer irregularidade ou vantagem, e Barusco diz jamais ter conhecido o ex-presidente. Barusco e Paulo Roberto depuseram como testemunhas colaboradoras, com a obrigação de dizer a verdade.

6 – Não há prova nenhuma de envolvimento de Lula em desvios na Petrobras

Depois de mais de 3 anos de Lava Jato, não há nenhuma prova de que Lula teve qualquer atuação nos desvios na Petrobras. Zero. Isso depois de mais de 200 delações, dele ter todos os seus sigilos quebrados e a sua vida e de familiares devassadas. Duas importantes empresas de auditoria, a KPMG e a Price Waterhouse, não encontraram nenhuma participação de Lula em atos da Petrobras. Fábio Barbosa, ex-presidente da Abril, que era do Conselho da empresa, eleito pelos acionistas minoritários, disse que antes da Lava Jato, eram desconhecidos os desvios na Petrobras. E que não havia nada contra os diretores nomeados pelo Conselho da empresa na época em que eles foram nomeados. A Petrobras possui diretoria, Conselhos Administrativos e Fiscais, auditorias internas e externas. Nem esses órgãos de controle, nem a Polícia Federal, nem o Ministério Público ou a Controladoria-Geral da União sabiam dos desvios antes da Lava Jato.

7- Falta lógica. Porque Lula ampliou o combate à corrupção?

Até os procuradores da Lava Jato e delegados da Polícia Federal tem que reconhecer que Lula foi o primeiro presidente a respeitar a autonomia do Ministério Público, indicado pela própria categoria, e a equipar e fortalecer a Polícia Federal. Lula também colocou o rigoroso juiz Jorge Hage no comando da Controladoria-Geral da União, e a incumbiu de também fiscalizar empresas públicas como a Petrobras. A CGU de Hage afastou mais de 5 mil funcionários públicos por irregularidades. 5 mil! O governo Lula também criou o Portal da Transparência que permitiu as pessoas analisarem os gastos públicos e incentivou a cooperação e assinatura de tratados internacionais contra a corrupção e lavagem de dinheiro. Por que Lula faria isso se sua intenção fosse liderar um projeto criminoso de poder?

8- Toda a acusação se baseia nas declarações de Léo Pinheiro, que quer sair da cadeia, e contrariam documentos assinados por Léo Pinheiro

A única sustentação da acusação do Ministério Público é o depoimento de Léo Pinheiro, que está preso por ordem de Sérgio Moro, e já foi condenado em outras ações. É Léo Pinheiro que diz que acertou com João Vaccari que o apartamento era de Lula e seria entregue para ele sem que o presidente tivesse que pagar. Ele não explica como faria a transferência do apartamento sem pagamento. Também não explica como Lula frequentaria o apartamento de forma incógnita, ou que vantagem teria Lula em possuir um apartamento que não estava no nome dele, e que por isso não poderia vender. Também não explica como assinou operações financeiras dando de garantia um apartamento que seria “do Lula”.
Léo Pinheiro também fez referências a reuniões com Paulo OKamotto em 2009 e 2011 que não ocorreram, como esclareceu o diretor do Instituto Lula em seu depoimento.

9 – Nem Moro, nem os procuradores da Lava Jato, poderiam julgar esse caso

Moro e a equipe de Deltan Dallagnol fizeram de tudo para levar a Lava Jato de Curitiba a julgar Lula, a partir de uma tese pré-concebida nas Operações Mão Limpas, que aconteceu na Itália, de que para ser bem sucedida, a investigação tinha que chegar ao político mais famoso do país. Para isso Moro e o Ministério Público violaram dois princípios legais: que fatos devem ser julgados onde aconteceram ; e que juízes e promotores devem ser escolhidos por sorteio, para evitar que alguém sofra perseguição pessoal ou seja julgado por um inimigo.
Moro partiu de um doleiro paranaense que ele já tinha prendido e soltado antes, e que grampeou por oito anos, Alberto Youssef, e foi estendendo e expandindo a Lava Jato pela chamada “conexão” dos casos até ter um juízo que não tinha mais limites geográficos, e não tinha temáticos. Para isso Moro recebeu uma atribuição única entre todos os juízes do país: a de só julgar casos relacionados a Lava Jato e não participar mais da distribuição de ações por sorteio. Moro segue com essa distinção, tendo sido limitado pelo Supremo Tribunal Federal a julgar apenas casos ligados à Petrobras.
Nenhum fato narrado na denúncia do Ministério Público aconteceu no Paraná e a relação com contratos da Petrobras foi artificialmente inserida para que o caso fosse julgado pela 13º Vara Federal de Curitiba. Na realidade eles herdaram o caso de outros procuradores, no caso estaduais de São Paulo, que nunca apontaram relação nenhuma entre o edifício Solaris e a Petrobras, e tiveram suas acusações rejeitadas pela juíza paulista que julgou o caso. A juíza manteve todos os réus com ela, menos os casos de Lula e Dona Marisa Letícia, que foram remetidos para Moro.

10 – O julgamento não é justo – juiz é parcial, adversário de Lula

A parcialidade do Juiz Sérgio Moro contra Lula se manifestou em diversos momentos:
– Quando ilegalmente divulgou conversas particulares de familiares do ex-presidente e conversas gravadas ilegalmente entre Lula e Dilma
– Quando em documento ao Supremo Tribunal Federal emitiu pré-julgamento sobre Lula
– Quando grampeou os advogados do ex-presidente
– Quando confraternizou com adversários políticos do ex-presidente
– Quando aceitou a denúncia dos procuradores, a “corrigiu” o que não cabe a um juiz, que deve ser equilibrado entre as partes. Deveria ter devolvido para o Ministério Público corrigir a denúncia, se ela era inepta
– Ao longo das audiências quando agiu como promotor, hostilizando a defesa do ex-presidente e fazendo perguntas que não são o papel de um juiz no processo
– Quando negou diversas vezes a realização de perícias e produção de provas pedidas pela defesa, com mais pressa do que interesse em investigar os fatos
– Por ter “apoiadores” que pedem a condenação do ex-presidente.
Toda a sociedade vê Moro como um juiz acusador que persegue Lula. Inclusive revistas que apoiam o juiz, como a Isto É e a Veja. Nas vésperas do depoimento do ex-presidente elas não retrataram Moro como um juiz, mas como um lutador de boxe ou de luta livre, adversário de Lula e com as cores do PSDB, partido opositor do ex-presidente. Moro é cobrado – pelos seus amigos do site Antagonista, pela Veja, pela Globo, por seus apoiadores acampados em frente a Justiça Federal de Curitiba – a condenar Lula, mesmo (ver item 1) sem o Ministério Público ter apresentado provas."
Pensem   nisso   enquanto  eu  vos  digo  até  amanhã.

CASAMENTO É ILUSÃO ?

'O casamento é uma ilusão', diz psiquiatra

POR CLEO GUIMARÃES
Moises Groisman
Um dos pioneiros da terapia familiar no Brasil, o psiquiatra Moises Groisman, lança amanhã, em Botafogo, “O casamento é uma ilusão – Salve o casamento”, livro de título autoexplicativo no qual afirma: essa história de felizes para sempre, almas gêmeas... é tudo balela, principalmente se o casal se acomodar. Ele falou à coluna.
Dizem que a paixão dura dois anos. E o amor? Casamento tem alguma data de validade?
O casamento terá data de validade se o casal acreditar, por exemplo, que os filhos e a família se encarregarão de mantê-lo, e não o próprio casal, atualizando suas questões nas diferentes áreas de convívio.
Como perceber que o casamento já era? Há algum sinal de que não tem mais jeito?
Se o casal não tem um projeto em comum e leva vidas paralelas, é um mau sinal, assim como a frequência reduzida ou ausência de relacionamento sexual. Isso sem falar nos casos de agressão física ou verbal, dupla ou unilateral.
No livro você diz que a presença exagerada ou a morte de um dos pais (da esposa ou do marido) é a causa muitas separações. Por que?
Na medida em que aquele que perdeu o parente não recebe o apoio do parceiro, ele pode concluir que o problema é apenas seu e de sua família original. Também se o genitor vivo passar a morar na casa do casal sem a concordância dos parceiros, isso pode produzir um desequilíbrio naquele casamento e até a separação. São nesses momentos que a gente consegue ver como está a relação, o apoio e o acolhimento."
Pensem   nisso   enquanto  eu  vos  digo  até  amanhã.

É O POVO NA RUA HOJE !

O  povo  está   nas  ruas, hoje,  30 de junho, num  protesto  contra  todo  esse  lamaçal  aonde o  BRASIL     foi   virar,  nosso  País  é  como  um  paciente  terminal, aonde  o  remédio  dos  golpistas,  o  golpe ,  deixou  metástases  em  todo  o nosso  tecido  social.

O  BRASIL     é hoje,  um PAÍS,   sem   credibilidade mundial, comandado por  corruptos, usurpadores, aonde o  poder  econômico, a mídia, e  outras  forças, uma parte  do  JUDICIÁRIO,   e parte  da população se  aventuraram nessa  canoa furada.
Aonde  fomos parar, direitos dos trabalhadores sendo  tirados  a cada  dia.
Que o  povo  possa de uma maneira  democrática com  os  protestos de hoje, se  redimir das  bobagem   que  foi  essa  aventura  do  golpe   que  sofreu  a  presidenta  DILMA  ROUSSEFF.
A    luta  continua  e  deve   continuar, para  um  BRASIL    voltar  a  ser  grande,  pujante  e  respeitado.
Só  ele, o  povo  tem  a legitimidade democrática para  lutar  pelos  seus  direitos  de  maneira  soberana.
Pensem  nisso   enquanto  eu  vos  digo  até  amanhã.

segunda-feira, 19 de junho de 2017

NÓS NÃO AMAMOS NINGUÉM. AMAMOS A IDÉIA QUE FAZEMOS DE ALGUÉM

Afinidade acontece. Dois signos de ar entrelaçados por livre e espontânea vontade numa madrugada de quarta-feira, a mesma frase dita ao mesmo tempo, “o All star azul que combina com o preto de cano alto”. Quando menos esperamos, o cupido bate à porta. E a gente, que já não esperava mais pela visita, passa um café e o convida para entrar.
Muitas vezes não é a igualdade que nos aproxima de alguém, senão algo que o outro tem e que nos falta por dentro. Pode ser a paz, a simplicidade, a fé, a alegria singela desenhada no sorriso. Eu duvido que as pessoas realmente se importem com a cor dos olhos… Bonito mesmo é o jeito que ele olha para ela, feito menino do interior quando vê o Papai Noel pela primeira vez. Ela esquece a pressa da cidade grande e pousa seus olhos nele, como casal de pássaros que assenta no ninho depois de uma longa viagem. Mesmo que eles não se pareçam e que mal se conheçam, ainda assim encontraram incontáveis semelhanças um no outro.
Estar apaixonado é entretecer a própria alma na alma de alguém. Estar apaixonado é sentir a presença de um corpo que está a quilômetros de distância do seu. Estar apaixonado é desejar estar perto de uma única pessoa no mundo inteiro. Estar apaixonado é querer dormir e acordar dentro de um mesmo abraço todos os dias. Estar apaixonado é inventar um dialeto que só os dois entendem. Estar apaixonado é perder o juízo e a noção do tempo, do espaço e, principalmente, do ridículo. Estar apaixonado é entregar o seu coração num buquê de expectativas, e claro, sentir-se ridículo por isso também.
Mas para que um casal dê certo, tanto faz se um é o focinho do outro. Temperamentos parecidos, quando não dão sono, acabam em tragédia. Melhor mesmo é quando os dois não se parecem tanto, e ao mesmo tempo, se afinam em quase tudo. Ainda que sejam diferentes, que ele ame a vida no campo e ela seja cria do asfalto, os dois decidem morar no Centro e passar os finais de semana na chácara. Curtem Nando Reis, vão à igreja todo domingo e querem dar a volta ao mundo dentro de um balão. Valores equivalentes e um punhado de afinidade são a fórmula certeira para uma história feliz.
Agora, se eles serão felizes para sempre depende de quanto durará a eternidade de cada um. Depende de suas entregas e recompensas, dos passos dados no mesmo ritmo e na mesma direção. Quiçá o medo dele se machucar seja agasalhado pela paciência dela, quem sabe uma alma carinhosa possa amaciar a aspereza de um coração bicho do mato. Eu sei que estranho mesmo seria se eles não se apaixonassem…"
KAREN  CURI
Pensem   nisso  enquanto eu  vos  digo  até  amanhã.

sexta-feira, 9 de junho de 2017

PATRULHA TEMER

quinta-feira, 8 de junho de 2017

RIO GRANDE VÉIO !

Pensem   nisso   enquanto  eu  vos  digo  até  amanhã.

PARA ENCHER O SACO DO PT

‘Para encher o saco do PT’ um cafajeste provinciano destruiu o país

Aécio Neves, o playboy cafajeste e provinciano que acabou com o Brasil para encher o saco do PT. Com o aval do Fernando Henrique Cardoso e com aval da cúpula do PSDB.

Imagens: José Eduardo Pachá

Por Eric Nepomuceno
"Eu, antes de qualquer coisa, quero contar o seguinte: eu só estive com o Michel Temer uma vez na minha vida, em um elevador. Estava ele e aquela moça alta, vistosa, recatada, do lar, ex-vice miss Paulínea e ex-miss Campinas. Portanto, não há nenhum motivo para que alguém diga que eu sou homem de confiança do Temer. Só estive com ele essa única vez. E mais para comprovar reiteradamente que eu não sou homem de confiança do Temer, eu estou solto, estou na minha casa, não estou indiciado, não fui denunciado e não estou sendo investigado. Não sou bandido.
Dito isso, eu queria mudar de assunto. A gente continua sem saber o que vai acontecer nesse país. Temer fica, Temer sai. A essa altura, eu acho honestamente que não faz a menor diferença, porque tira o Temer e põe um sósia dele, um sub-Temer. Os que mandam de verdade, os donos do capital, os donos das empreiteiras, o donos da grande mídia brasileira, as multinacionais, vão continuar mandando.
Tem de derrubar o Henrique Meirelles. Agora, também botar no lugar dele quem? Um similar, um genérico. Terá genérico, gente como Henrique Meirelles. Enquanto a gente não sabe o que vai acontecer e a minha impressão pessoal é que não vai acontecer nada de bom. Eu acho que eu vou dizer isso reiteradamente aqui: a gente tem de analisar a culpa, a irresponsabilidade criminosa do Partido da Social Democracia Brasileira, que começa mentindo no nome. Porque nunca foi socialdemocrata, nunca foi, não tem nem ideia do que seja social democracia.
E dentro do PSDB, principalmente, examinar bem a história de Aécio Neves da Cunha, que é o verdadeiro nome dele. E aí o paralelo é inevitável, é Aécio Cunha. Parecido com Eduardo Cunha. O que esse camarada fez é de uma irresponsabilidade sem limites, sem limites. Ele começou o processo no TSE contra a Dilma e o Temer para encher o saco do PT. A expressão não é minha, é dele próprio, é do cafajeste provinciano que ele é.
Para encher o saco do PT, esse playboy provinciano destruiu o país. Com o aval do Fernando Henrique Cardoso, com aval da cúpula do PSDB. Isso aí a gente não pode esquecer nunca. Há um dado curioso nisso tudo, porque parece que já estamos tomando atenção que essa questão merece. As últimas pesquisas eleitorais indicam que Lula está com praticamente 50% dos votos. O Aécio Neves 1%. Por isso, eu não acredito que eles permitam eleições diretas. Porque afinal isso tudo não foi para acabar com o governo da Dilma.
Isso tudo foi para liquidar o Lula e por no poder Aécio Neves, que agora está numa auto prisão domiciliar. Claro que ele não tem coragem de botar a cara na janela, não sei nem se ele se olha no espelho. Não quer ver ninguém, é ele e sua garrafinha de uísque, o que sobrou da quadrilha dele e eu acho que ele tem muitas aspirações, ele talvez aspire a não ser preso."

PENSEM  NISSO   ENQUANTO  EU VOS  DIGO  ATÉ  AMANHÃ.

terça-feira, 6 de junho de 2017

DERROTA DAS DIRETAS REPETIRÁ TRAGÉDIA DE 1984





"É assim que, no último parágrafo de uma reportagem sobre o show de ontem em São Paulo, a Folha escreve, em tom de advertência aos leitores: "Para que ocorram diretas, é preciso mudar a legislação. Há dois projetos: um na Comissão de Constituição e Justiça da  Câmara e outro na Comissão de Justiça do Senado."
Não é um caso isolado. Quase com as mesmas palavras, a Globo News tem tentado praticar a mesma pedagogia.  
A explicação para esse comportamento é de uma simplicidade chocante.
Sem coragem de assumir, com clareza, sua opção contraria às diretas, escolha reafirmada pesquisa após pesquisa por 80% da população, é mais cômodo lavar as mãos e recordar  que "é preciso mudar a legislação."
Parece que o problema não é da Folha nem da Globo que não querem diretas nem se dispõem a apoiar as duas emendas em curso no Congresso -- apenas a lei é que não permite.
Claro que é uma forma de apagar  responsabilidades numa trama contra a democracia que só irá agravar os problemas do país.
Sem falar na hipocrisia por parte de quem apoiou a Emenda do Teto de Gastos e transformou o desmonte da Previdência em prioridade número 1 -- mudanças que sequer estão previstas na Constituição, ao contrário das diretas, que, conforme determinados juristas, podem ser encaminhadas com base na mini-reforma eleitoral do TSE de 2015. 
O grave, em qualquer caso, é que o Brasil tem uma experiência recente a esse respeito, uma lição amarga, que é sempre útil relembrar.   
Em 1984, na saída da ditadura, o país poderia ter sido  reorganizado de forma democrática, através de eleições diretas. Mesmo apoiada por uma das maiores campanhas políticas de nossa história, a ideia foi derrotada no Congresso.      
O resultado foi o que se viu: um desperdício histórico, que teve um impacto imenso sobre os anos seguintes, com o nascimento de uma democracia real mas pactuada com sobreviventes da ditadura, incapaz de abrir os armários do autoritarismo, a começar pelo julgamento e punição de torturadores.  
Resultado da escolha no Colégio Eleitoral e da morte de Tancredo Neves, fatalidade a que toda decisão política está sujeita, o governo de  José Sarney, sem compromissos políticos claros com a maioria dos brasileiros, tentou jogar à direita, depois à esquerda, e por fim fez um governo de Nada. Isso mesmo: Nada. O principal evento político do período, a Constituinte, foi uma derrota do presidente e fruto da resistência democrática contra o projeto de  uma conservadora Assembleia de Notáveis -- algo semelhante aquilo que se cogita por aí, mais um vez.  
Além das próprias limitações do personagem, o governo  Sarney enfrentava um agravante: não era expressão da soberania popular, alimento indispensável para todo chefe de governo encaminhar soluções para o conjunto de país, sem sobreviver na troca de favores, cedendo a pressões espúrias sempre estão à espreita nos gabinetes de poder.
Mesmo que tivesse ambição de fazer um governo histórico, o que não era o caso, Sarney precisaria pedir licença a seus senhores, patrões e fiadores. Sem legitimidade, passou cinco anos de mandato comprando um apoio que se tornava cada vez mais caro. Um de seus instrumentos essenciais foi a distribuição de concessões de rádio e TV para preservar o mandato   -- crime que ajudou a consolidar o monopólio dos meios de comunicação, em vez de contribuir para sua democratização.
Seus sucessivos planos econômicos foram versões variadas de uma mesma piada pronta, que abriu caminho para o Berlusconi I, Fernando Collor.   
Sabemos que nenhuma eleição direta, por si só, representa garantia de que um país terá um bom governo. Tanto a história do Brasil como de outros países é pródiga em exemplos dessa natureza. A escolha do presidente envolve, sempre, uma questão essencial. O projeto político é básico. A participação popular também. 
O debate, no país de hoje, é outro. A recusa às diretas é a única forma possível de salvar um programa de reformas que a população não apoia e jamais apoiará. Articuladores de um golpe em estado de ruína, a mídia tem medo de morrer na praia e fará tudo para manter o povo longe de qualquer decisão relevante. 
Essa é a questão."

Pensem   nisso   enquanto  eu  vos digo  até  amanhã.

ONTEM....

Ontem caminhando pelas ruas altas e baixas da cidade... Meus passos quando pisava o solo, parecia que em mim algo me levava para algum lugar...