domingo, 31 de maio de 2015

O FATOR LULA - O MEDO DA OPOSIÇÃO

                                   

Dirceu reage a
“Operação Moro-Estadão”
para pegar o Lula

Dirceu tem 60 clientes. Por que só esses da Lava Jato, Dr Moro ?

Como se sabe, o Dr Moro, aquele que tortura homens fracos, tenta há algum tempo chegar ao Lula, através do PT – e o caminho mais curto é prender – de novo ! – o José Dirceu.

O problema, como disse o Chico Buarque, é a volta do Lula em 2018.

E o Dirceu continua a ser a melhor cabeça do PT – com exceção do Lula, claro – e o arquiteto da estratégia que derrota os tucanos – que veneram o Dr Moro – desde 2002.

O objetivo é evitar nova e inevitável derrota em 2018.

Essa operação merece ser conhecida como “Operaçao Moro-Estadão”, porque o Estadão, em estado comatoso, é o órgão do PiG que costuma abrigar essas aspirações com mais entusiasmo: pegar o Lula, enquanto é tempo !

Neste domingo 31/5, os intrépidos repórteres Fausto Macedo (de rica folha profissional), Julia Affonso e Ricardo Brandt produzem texto de titulo “Lava Jato investiga (sic) elo de ex-ministros com obra do pré-sal”.

O Moro não conseguiu quebrar a Petrobras, porque o Bendine  deu um drible de lambreta nele e na Globo.

Então, agora, ele tenta, além de atemorizar fracos, ir direto ao pré-sal.

Mas, de novo, deu com os burros n’água.

Leia a nota oficial da empresa do Dirceu:

SOBRE A ATUAÇÃO DA JD ASSESSORIA E CONSULTORIA



A JD – Assessoria e Consultoria atuou de 2006 a 2014 prestando assessoria a empresas brasileiras e estrangeiras com foco, sobretudo, em prospecção de negócios no exterior. No período, foram atendidos cerca de 60 clientes de quase 20 setores diferentes da economia, como Indústrias de bens de consumo, Telecom, Comércio Exterior, Logística, Tecnologia da Informação, Comunicações e Construção Civil.  José Dirceu trabalhou, entre outras, para as brasileiras Ambev, Hypermarcas, EMS, o grupo ABC do publicitário Nizan Guanaes, além de atender a espanhola Telefonica e dar consultoria para os empresários Carlos Slim, Gustavo Cisneros e Ricardo Salinas.

Do total faturado pela consultoria, 85% foi gasto com o pagamento de despesas fixas e operacionais e recolhimento de impostos. A empresa registrou, em média, lucro mensal de R$ 65 mil. O balanço de 2014 ainda não está fechado.  O setor industrial foi o mais atendido pela JD. Desde 2006, o setor representa um faturamento equivalente a 31,79% do total.

Conforme já informado à Justiça, a relação comercial da JD com as construtoras investigadas na Operação Lava Jato não tem qualquer vínculo com os contratos das empreiteiras com a Petrobras.

Por toda sua trajetória – de líder estudantil exilado durante a ditadura a ministro-chefe da Casa Civil -, José Dirceu possui inegável e reconhecida capacidade de análise de conjuntura política e econômica do Brasil e, sobretudo, da América Latina, Europa e Estados Unidos. Tal capacidade é enaltecida internacionalmente e foi de fundamental importância para a JD construir sua reputação e sua clientela.
De 2006 a 2012, o ex-ministro José Dirceu realizou cerca de 120 viagens a trabalho ao exterior, visitando 28 países, o que também ratifica a prestação de serviços com foco em mercados externos.

O faturamento da JD vinha em tendência crescente até a proximidade do julgamento da AP 470, em 2012. Em 2013, após o julgamento, a receita caiu 48,3% na comparação com 2012. Em 2014, a queda foi de mais 32,6%. Os valores correspondem ao cumprimento dos contratos vigentes, sem que a consultoria assumisse novos compromissos de trabalho. 

A defesa do ex-ministro José Dirceu já apresentou à Justiça Federal do Paraná toda a documentação relativa aos contratos e se colocou, em mais de uma oportunidade, à disposição do juiz Sérgio Moro para prestar depoimento. Dirceu e sua empresa tiveram seus sigilos bancários e fiscal quebrados e amplamente divulgados pela imprensa. A Justiça não encontrou qualquer irregularidade e todos os questionamentos do Ministério Público foram respondidos pelos advogados do ex-ministro. 

ENGEVIX

O contrato com a Engevix foi assinado em novembro de 2009 e teve vigência até fevereiro de 2011, também conforme documentação encaminhada à Justiça do Paraná. O presidente do Conselho da Engevix, Cristiano Kok, e o ex-vice-presidente Gerson Almada já declararam à imprensa e à Justiça, respectivamente, que o contrato com a JD teve o objetivo de expansão dos negócios da companhia na América Latina, em especial Peru e Cuba.

Almada foi enfático ao afirmar que nunca conversou com José Dirceu a respeito de contratos na Petrobras nem nunca recebeu do ex-ministro qualquer pedido para doações eleitorais. Em depoimento dado à Justiça do Paraná, o executivo detalhou a relação com Dirceu: “Ele se colocou à disposição para fazer um trabalho junto à Engevix no exterior, basicamente voltando a vendas da empresa em toda a América Latina, Cuba e África, que é onde ele mantinha um capital humano de relacionamento muito forte”, disse o empresário. “Fizemos uma viagem para o Peru com o José Dirceu, onde ele tinha um excelente relacionamento. É o que a gente chama de open door, (Dirceu) fala com todo mundo, bota você nas melhores coisas, mas não resolve o close door. A gente tem que fechar contratos. Ele nos colocava em contato com vários tipos de relacionamentos.”
Em entrevista à Folha de S. Paulo, Cristiano Kok deu a mesma explicação: “nunca foi propina. Dirceu foi contratado pelo relacionamento que tinha no Peru, em Cuba e na África. O contrato era em torno de R$ 1 milhão, não sei exatamente.”

Depois do contrato diretamente com a Engevix, o ex-ministro manteve o trabalho por meio da empresa JAMP, de Milton Pascowith, que havia trabalhado por muito tempo para a construtora. O contrato com a JAMP foi assinado no mês seguinte ao término do contrato com a Engevix. O objetivo permaneceu o mesmo: prospectar contratos para a empresa no exterior, em especial no Peru.

AÇÕES DA ENGEVIX NO PERU

No período da prestação de serviços da JD Consultoria, a construtora atuou em estudos para construção de hidrelétrica, projetos de irrigação e linhas ferroviárias no Peru:

·         Em agosto de 2008, empresa assina com o Instituto Nacional de Recursos Naturais do Peru autorização para execução de estudos para construção da hidrelétrica de Pakitzapango.
·         Em 2011, empresa também atuou nos estudos de impacto ambiental do projeto de irrigação da margem direita do rio Tumbes
·         Também em 2011 trabalhou no projeto do trem de Lima por 8 meses (mas deixou o trabalho por questão de desempenho).
·         A empresa também atuou na supervisão da central hidrelétrica Machu Pichu.
           Por  mais  que  pensamos ao contrário    e ninguém  é bobo  o  suficiente  que
essa  Operação  Lava  a  Jato   tem  o  objetivo de  pegar  Lula ,  isto  é, criminalizar  
o  ex-presidente, para  que ele  fique  de fora  do páreo  nas  próximas  eleições para
presidente  do Brasil, em  2018.
           Se  pararmos  para pensar  nessa Operação  que  ocorre  lá na Polícia  Federal
do  Paraná, na Justiça  Federal  do Paraná  o único  pensamento que  nos ocorre é
porque só o PT.,  e os outros partidos, os outro  membros?
           Tudo  no  fim tem  motivos  eleitoreiros, e  junto  a essa  sensação   temos  sim
uma mídia que repercute apenas fatos  que  vem  negativamente  para o  lado do PT.
            O  quadro  está posto,  as  cartas marcadas também, um  conjunto  de ações
que visam  simplesmente  chegar ao Lula  e tirar  ele  da disputa presidencial  que
é logo  ali, 2018. Pensar diferente  é  simplesmente  sermos ingênuos.
            Pensem  nisso  enquanto  eu vos digo até amanhã.

O ESQUEMA DA CORRUPÇÃO NO FUTEBOL

Conversa Afiada reproduz do Viomundo, matéria de Conceição Lemes:


REPRESENTAÇÃO A PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA PEDE APURAÇÃO DE DENÚNCIAS CONTRA CBF, EXTENSÃO DA INVESTIGAÇÃO À FPF E À OFFSHORE DA GLOBO




O deputado estadual Carlos Neder (PT-SP) e o advogado e assessor parlamentar Paulo Dantas protocolaram na noite dessa sexta-feira 29, no Ministério Público Federal no Estado de São Paulo (MPF-SP), representação, na qual solicitam a apuração das denúncias envolvendo a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e  a investigação se estenda à Federação Paulista de Futebol (FPF).

Protocolada sob nº PR-SP-00033868/2015, o documento é dirigido ao Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, já que o caso envolve indícios de crimes de evasão de divisas e lavagem de dinheiro no âmbito internacional.

Na representação (na íntegra, ao final), os signatários fazem duas linhas do tempo a partir de matérias que saíram na mídia brasileira, principalmente em sites e blogs.

Uma, envolve as apurações anteriores a 2012, que estão em investigação nos EUA. A outra, registra do momento em diante da prisão dos sete dirigentes da Fifa, na Suíça, entre os quais José Maria Marin, ex-presidente  CBF e atual vice-presidente da entidade.

Às 3h59, da última quarta-feira, 27 de maio, o jornalista Jamil Chade, em seu blog no Estadão, revela em primeira mão que “Marin e outros seis cartolas são detidos por corrupção em Zurique”.

Às 8h27, do mesmo dia, Chade informa que “Contrato de patrocínio da CBF também é alvo da Justiça dos EUA”.

Chade revela que J. Hawilla, fundador e proprietário da Traffic, e José Margulies estão entre os executivos de marketing esportivo sob investigação da Justiça dos Estados Unidos. O mesmo acontece com as empresas Traffic Sports International Inc., Traffic Sports USA Inc. (de Hawilla), Valent Corp. e Somerton Ltd (de Margulies).

Às 11h36, da mesma quarta-feira, artigo de Luiz Carlos Azenha, no Viomundo, afirma: “Esquema de corrupção na FIFA investigado pelo FBI, similar ao desvendado na Suíça, envolvia direitos de transmissão de TV”.

Na representação, Neder e Dantas, reproduzem os seguintes parágrafos do artigo de Azenha:

“Segundo os norte-americanos, o esquema de duas décadas envolveu a venda de direitos de transmissão de vários campeonatos, desde a Copa América passando pela Libertadores e chegando à Copa do Brasil.

Também é citada uma empresa de material esportivo que fechou contrato com a CBF, não nomeada pelo Departamento de Justiça. Trata-se, obviamente, da Nike.

Além de Hawilla, a Traffic International, baseada nas ilhas Virgens Britânicas, e a Traffic USA, de Miami, também se declararam culpadas — o que indica que estão entregando o esquema à Justiça.

As ilhas Virgens Britânicas aparentemente são o refúgio fiscal favorito da cartolagem futebolística.

Foi nelas que a Globo “investiu” uma bolada para formar uma empresa de nome Empire, cujo capital depois foi usado para comprar os direitos de transmissão das Copas de 2002 e 2006. Segundo a Receita Federal brasileira, a engenharia financeira visava burlar o Fisco, o que resultou em multa superior a R$ 600 milhões.

As ilhas Virgens Britânicas também foram sede da Fundação Nunca, um dos propinodutos utilizados pela empresa de marketing ISL para subornar cartolas.

A International Sports and Leisure (ISL) foi o instrumento criado pelo fundador da Adidas, Horst Dassler, para “inventar” o marketing esportivo, espalhando no processo milhões em propinas para controlar dirigentes esportivos e — o que realmente interessava a ele — direitos de transmissão.”

Neder e Dantas acrescentam:

É importante registrar no texto, acima reproduzido, a menção que o jornalista Azenha faz em relação à constituição da empresa “Empire”, offshore controlada pela Globo, para a compra de direitos de transmissão das Copas de 2002 e 2006. Segundo dados da Receita Federal do Brasil, afirma o jornalista, “a engenharia financeira visava burlar o Fisco, o que resultou em multa superior a R$ 600 milhões”.

Na representação, os autores destacam também artigos de Miguel do Rosário, em O Cafezinho, e Juca Kfouri, colunista da Folha de S. Paulo.

O Cafezinho, eles observam na representação, “ explica didaticamente como foi a‘intrincada engenharia desenvolvida pelas empresas do sistema Globo’ para ‘esconder o real intuito da operação, que seria a aquisição, pela TV Globo, do direito de transmitir a Copa do Mundo de 2 002, o que seria tributado pelo imposto de renda’.”

De Juca Kfouri, eles atentam para matéria de agosto de 2012. Ela revelou, em primeira mão, a renovação do contrato da CBF com a International Sports Events (ISE) até 2022 e que, no lugar da Kentaro, até então subcontratada pela ISE, entrou a Pitch Internacional. Essas empresas aparecem nas denúncias feitas na Suíça. Juca denuncia:

No dia 15 de novembro de 2011, quatro meses antes de renunciar à presidência da CBF, Ricardo Teixeira assinou, em Doha, no Qatar, um novo contrato com a International Sports Events (ISE).

O acordo deu à empresa da Arábia Saudita, com sede nas Ilhas Cayman, o direito de organizar jogos da seleção brasileira até a Copa do Mundo de 2022, que será no Qatar.

O contrato entre a CBF e a ISE, ao qual a Folha teve acesso, prevê o pagamento de uma taxa de US$ 1,050 milhão (R$ 2,12 milhões) em cada partida da seleção.



A ISE compra o direito de organizar as partidas da seleção, mas não é efetivamente ela quem negocia os diretos de transmissão, placas de publicidade, bilheteria, potenciais adversários e locais.

Esse trabalho é terceirizado e, sob o novo contrato, também há uma nova parceira tratando pela CBF e pela ISE das partidas do Brasil.

Há 12 dias, a Pitch International, uma empresa inglesa de marketing esportivo, anunciou com alarde que havia acertado com a CBF para organizar a parte operacional dos amistosos até 2022, função que até este ano pertencia à suíça Kentaro.

O advogado Paulo Dantas é corintiano roxo como Juca Kfouri. Aqui, ele faz questão de abrir um parêntese, que não consta da representação: “ Inúmeras vezes o Juca denunciou desmandos e corrupção  no futebol brasileiro, sobretudo na gestão de Ricardo Teixeira na CBF, que ele sabiamente denominou de Casa Bandida do Futebol. Os atuais acontecimentos, revelando o mar de lama do futebol mundial e brasileiro, são o CQD (Como Queríamos Demonstrar) sempre perseguido por Kfouri”.

Os autores da representação pedem a Rodrigo Janot a apuração de indícios de crimes de evasão de divisas e lavagem de dinheiro, que teriam sido praticados por Marin na condição de vice e presidente da CBF e que seriam originários de contratos de patrocínio da entidade, assim como de subcontratações com diversas empresas de mídia.

Diante da ligação de Marin com a Federação Paulista de Futebol – FPF (presidiu-a na década de 1980), e por seus laços pessoais e políticos com Marco Polo Del Nero, ex-presidente da FPF e atual presidente da CBF, os autores postulam a extensão das investigações à entidade paulista.

No final, os dois signatários requerem:

* Que a PGR instaure inquérito criminal para apurar os indícios de crimes de evasão de divisas e lavagem de dinheiro.

* Que a PGR compartilhe provas de processo em poder da Justiça americana, cujo processo foi instaurado em 2012 e também com as autoridades judiciais da Suíça. Segundo Loreta Lynch, secretária de Justiça dos Estados Unidos, as investigações no país abrangem ao menos duas gerações de dirigentes esportivos, retroagindo à década de 1990.

* Que a PGR acesse e compartilhe a íntegra dos contratos de patrocínio de jogos de futebol, bem como das subcontratações envolvendo direito de mídia e marketing,  celebrados pela CBF e FPF.

* Que a PGR promova a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico, além da abertura do sigilo de e-mails e mensagens eletrônicas via celular, das seguintes pessoas físicas e jurídicas:

José Maria Marin

J. Hawilla

José Margulies

CBF

FPF

Empresas do Grupo Traffic, de J. Hawilla

Empire, offshore da Globo

ISE

Pitch International

Kentaro

* Que a PGR estenda as quebra dos sigilos a outras pessoas que apareçam no transcorrer das apurações.

Carlos Neder cobra dos seus pares: “É preciso que, no exercício de mandatos, os deputados estaduais não se omitam e investiguem se as denúncias que mancham a reputação do futebol brasileiro procedem e chegam a São Paulo”.

Paulo Dantas arremata: “O futebol brasileiro é um patrimônio cultural do nosso povo, não deve ser um mero negócio privado. A falta de transparência das entidades que o comandam – entre as quais a CBF e a FPF – cria um terreno fértil para ação de corruptos e corruptores no futebol”.

Quando  tudo isso  for  apurado   mas será  que  tudo isso  será apurado? Eu  não sei
penso  que  faria muito  bem pra todo mundo  ficaríamos  mais leves   e  com  a   essa
corrupção solta  em todos os níveis  poderíamos  pensar,  "agora acabou a corrupção".
Mas  sabemos que isso  é utopia  porque  na prática e na real   as organizações sociais tudo  que envolve uma criação, formação de  qualquer grupo de pessoas
sempre teremos  margem  para  maus feitos  porque todas essas  engrenagens são
e  feitas  por homens  e ali nessas  engrenagens cada  ser  humano  tem  sua índole
ou  pro  mal ou pro  bem.
O  que importa  realmente  é que tudo  seja  apurado e como dizemos   sempre   os
verdadeiros  ladrões, larápios,  maus  intencionados  sejam  ungidos  e punidos  sim
pela justiça. O lugar  de ladrão  sempre  soube e aprendi é na  cadeia.
Pensem  nisso  enquanto eu  vos digo até  amanhã.


sábado, 30 de maio de 2015

A DEMOCRACIA PERDE A POLITICAGEM GANHA

A reforma política de Itararé, a que não houve

Postado por Juremir em 30 de maio de 2015 - Uncategorized
Jurava-se que a reforma política nunca seria votada. Era uma lenda. No máximo, uma desculpa conveniente para justificar crises. De repente, ela entrou na pauta. Num pé-de-vento. Foi votada. Nada mudou. Garantiu-se, por exemplo, em nome da preservação dos partidos, o direito de um candidato ser eleito com menos votos do que outro. É a chamada proporcionalidade. O distritão (os mais votados levam) foi combatido com argumentos aparentemente sensatos: encareceria as campanhas e enfraqueceria os partidos. Só quem se preocupa com partidos são os políticos, especialmente quando reforçá-los atende aos seus interesses pessoais. Qual o problema de votar em pessoas? Na última eleição, votei em candidatos de quatro partidos. Quase todas as pessoas que conheço votaram assim. Quem se interessa por partidos? Partidos. Por que a lógica do partido deve prevalecer sobre a aritmética dos votos?
O mais votado perde. Ótimo para a sociedade? É mais democrático.
Conversa. As coligações nas proporcionais continuam. Partidos se aliam, obtendo vantagens com nanicos, que podem eleger um representante mesmo sem atingir o quociente exigido. É mais uma forma de garantir ao menos votado o direito de ficar com a vaga do mais votado. A reforma foi reformada para bem dos políticos. Identificada a origem da corrupção, oFINANCIAMENTO empresarial de campanhas, o que se fez? Pôs-se na Constituição o direito de manter essa torneira do mal aberta. Em lugar de extirpar o câncer, torná-lo indestrutível. Alguns queriam financiamento público total. Poderia existir cenário melhor para políticos do que não precisar correr atrás de dinheiro para se eleger? O que fazem outros países? Articulam financiamento público com doações limitadas de pessoas físicas. Se é bom para democracias consolidadas, só pode ser ruim para o moderno Brasil.
Se o voto é em partido, lista fechada.
Se não é, lista e aberta e quem tem mais votos ganha.
O sistema híbrido brasileiro confunde e frauda a expectativa do eleitor.
Na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul tem deputado eleito com uma miséria de votos em comparação com outros que ficaram fora. Foram eleitos com o regulamento embaixo do braço. Cumpriu-se a regra do jogo. Por que não se faz plebiscito sobre a definição dessas regras? Perguntem ao eleitor o que ele acha de votar num e eleger outro? Perguntem o que ele acha de ver o menos votado ser eleito? A reforma veio e passou. Deixou um rastro de nada no seu caminho. O nada é interessante. Sempre penso com carinho no nada. Ele é como o silêncio. Jamais diz bobagem. O nada é uma instituição universal. No Brasil, teve a sua reforma política. Confirmou-se o clichê: política não dá tiro no pé. O seu trunfo é a falta de memória do eleitor.
Nada assustou mais os políticos ultimamente do que a possibilidade de o menos votado não poder, em hipótese alguma, eleger-se no lugar do mais votado. Esquerda e direita uniram-se para bombardear essa ideia considerada extremamente perigosa. Foi a única ideia razoável de parte do PMDB em muitos anos. Não passou. Era simples, clara e evidente demais. Segundo o discurso, prejudicava as minorias e o surgimento de novos representantes. O nada venceu. Mas foi o nada errado. O bom nada é aquele que não deixa nada no lugar. Ah, caiu a reeleição. Democracia consolidada tem. Por que não aqui? Porque a oposição teme que Lula volte por oito anos.
Diante  de tudo  isso  eu reafirmo  cada  vez mais  que  se  a sociedade brasileira ,   o  cidadão  no  seu
real  direito  de ser  protagonista  de sua  vida,  e  a política  faz sim  parte  de nossas vidas  porque ela  interfere   e como  em  nosso  cotidiano  não  participar  realmente  dos  destinos  seus  e  desse
País, aí   sim,  estaremos  entre  a uma casta de nossa  sociedade  que  só quer  se locupletar e  o
povão  que  vai lamber sabão.
Pensem  nisso  enquanto  eu  vos digo  até amanhã.

sexta-feira, 29 de maio de 2015

O ESPORTE MACULADO

Globo esconde que J. Hawilla é sócio de filho de João Roberto Marinho

Conseguirá a 'vênus platinada' convencer o público – e a Justiça – de que 'não sabia' que seus sócios pagavam propinas a cartolas pela transmissão de jogos de futebol?
por Helena Sthephanowitz, para a Rede Brasil Atual publicado 29/05/2015 11:46, última modificação 29/05/2015 14:04
CC / JOAO32CARV
bolamurcha.jpg
Acusações ainda não foram feitas, mas sobram suspeitas de irregularidades no futebol da Globo
Ao noticiar o escândalo de corrupção internacional de subornos no futebol que levou à prisão do ex-presidente da CBF, José Maria Marin, o Jornal Nacional da TV Globo omitiu informações relevantes ao telespectador.
A começar pelo fato de J. Hawilla ter sido diretor de esportes da própria Rede Globo em São Paulo – tendo sido antes repórter de campo – e já nessa época, começou paralelamente a comercializar placas de publicidade em estádios. Ali nascia o empresário com forte ligação com a emissora.
Em 2003 J. Hawilla fundou a TV TEM, sigla de Traffic Entertainment and Marketing, que forma uma cadeia de TVs afiliadas da Rede Globo no interior de São Paulo. As TVs de Hawilla cobrem quase metade do estado de São Paulo: 318 municípios e 7,8 milhões de habitantes, alcançando 49% do interior paulista. Entre as cidades cobertas estão, São José do Rio Preto, Bauru, Sorocaba e Jundiaí.
A dobradinha Hawilla-Globo não para por ai. Foi também do Grupo Globo que o empresário comprou, em 2009, o Diário de São Paulo. Ele já era dono da Rede Bom Dia, de jornais em cidades da área coberta pela TV TEM.
Faltou também o JN noticiar que os negócios da Globo com Hawilla que fazem parte da programação nacional da emissora. A produtora TV 7, que é da Traffic, faz os programasAuto Esporte e o Pequenas Empresas, Grandes Negócios, apresentados na Globo aos domingos, já há alguns anos.
Mas o que ninguém sabe e nem a Globo conta é que J. Hawilla é sócio de Paulo Daudt Marinho, filho e herdeiro de João Roberto Marinho, na TV TEM de São José do Rio Preto (SP).
João Roberto Marinho é um dos três filhos de Roberto Marinho que herdou o império da Rede Globo. O próprio João Roberto é sócio de dois filhos de J. Hawilla (Stefano e Renata) na TV TEM de Sorocaba (SP). Aliás a avenida em São José do Rio Preto onde fica a TV TEM ganhou o nome de Avenida Jornalista Roberto Marinho, em homenagem ao fundador da 'vênus platinada'.
No Jornal Nacional de quarta feira (27) , muito brevemente, William Bonner citou a Globo, como se quisesse dizer aos espectadores: "Não temos nada com isso". O jornalista leu: "A TV Globo, que compra os direitos de muitas dessas competições, só tem a desejar que as investigações cheguem a bom termo e que o ambiente de negócios do futebol seja honesto". Assim seco, sem entrar em detalhes.
reprodução
J. Hawilla foi condenado nos Estados Unidos por extorsão, conspiração por fraude eletrônica, lavagem de dinheiro e obstrução da Justiça. Os crimes foram cometidos na intermediação de subornos para cartolas da Fifa, da CBF e outras confederações de futebol por contratos de direitos televisivos e de marketing. Ele admitiu os crimes e, para não ir para a cadeia, delatou quem recebia propinas e negociou pagar multa de quase meio bilhão de reais.
Entre suas operações mais comuns estão propinas pagas à cartolagem dos clubes para intermediar a comercialização com emissoras de TV, como a TV Globo, dos direitos televisivos de transmissão dos jogos.
Segundo o departamento de Justiça dos Estados Unidos, as empresas de TV e de outras mídias pagavam à empresa de marketing de J. Hawilla, que conseguia os direitos de comercializar as transmissões, e depois repassava uma "comissão" aos cartolas.
As propinas acontecem há pelo menos 24 anos e envolveram jogos da Copa América, da Libertadores da América e do torneio Copa do Brasil, segundo os investigadores dos EUA.
Ao longo dos anos a maioria destes jogos no Brasil foram transmitidos com exclusividade pela TV Globo, que cedia alguns jogos para a TV Bandeirantes – mas sob limites rígidos – para livrar-se de acusações de concentração econômica e práticas anti-concorrenciais.
Se até o momento de fato não há acusações contra emissoras de TVs que tenham chegado ao conhecimento público, também é difícil afirmar que não pesam suspeitas. A Justiça dos Estados Unidos e o FBI disseram que as investigações estão apenas no começo.
Todo mundo tem direito à presunção de inocência e ao benefício da dúvida, mas depois de passar anos fazendo jornalismo na base da pré-condenação, testes de hipóteses, "domínio do fato" e do "ele não sabia?" para tentar fazer política demotucana, será difícil convencer o telespectador de que a Globo "não sabia" que seus sócios pagavam propinas a cartolas pela transmissão dos jogos que a emissora transmitiu.
Causa  estranheza  a  esse  blogueiro  que  só agora os  Estados Unidos
estão    correndo  atrás  desse  assunto  das  possíveis  falcatruas   nos
negócios   envolvendo  o  futebol
Pensem  nisso  enquanto  eu  vos  digo  até amanhã.

ONTEM....

Ontem caminhando pelas ruas altas e baixas da cidade... Meus passos quando pisava o solo, parecia que em mim algo me levava para algum lugar...