sábado, 31 de agosto de 2019

OS MEUS SIM..OS MEUS NÃOS


Você  que lê  esse  tema eu te faço uma pergunta : Você  deu  muitos "sim" ou deu muitos "nao" nesse caminho?
Não  sei tua resposta..mas seja qual for ela tem seus reflexos.
Penso nos meus sim..nos meus não que dei em muitos momentos até aqui percorridos.
Se fiz o certo ou o errado não  sei.
Digo apenas que os dei e não  me arrependi.
Nunca pensei em consequências positivas ou negativas daquilo que decidi.
Falo disso em todo e qualquer momento ou circunstância em que  saiu de minha boca  um sim ou não.
Porque hoje quando volto meu olhar para trás  digo que era o certo. .o correto a fazer.
Sempre decidi com aquilo que meu coração consentiu.
Lógico olhando hoje com um olhar crítico e racional podemos sim ter um outro olhar.
Mas o que vale é  o momento é  aquela posição que temos que tomar.
Na real foi "bem pensado " .
Muitos me dizem há controvérsias.
Esse mundo é  feito de decisões que temos que tomar no ato sempre.
Se erramos ou acertamos é  a consequência da vida.
Tem até  uma música antiga que uma cantora de nossa música brasileira  cantava, Cláudia Barroso , que dizia.." a vida é  mesmo assim..alguém tem que perder  pra gente entrar no jogo".
Os sim..os não. .os erros ou acertos estão para a gente  decidir para lá  ou para cá.
Num resumo dei muitos "sim" e pouquíssimos "não ".
Temos que ter ou levar em conta que nunca podemos nos omitir ou é  um sim ou é  um não.
Que poderá  ser um acerto ou um erro.

Não    vamos  afrouxar  o  garrão,  a luta continua.

quarta-feira, 28 de agosto de 2019

BOLSONARO CHAMA BRASIL DE LIXO

Em vídeo, Bolsonaro chama Brasil de “lixo”, diz que Amazônia “não é mais nossa” e agride negros

Em um vídeo sem data, gravado antes das eleições, que voltou a circular nas redes sociais diante da crise da Amazônia, Jair Bolsonaro chama o Brasil de “lixo” e afirma que “só uma pessoa que não tem qualquer cultura diz que a Amazônia é nossa. Não é mais nossa”. Na sequência, depois de uma menção negativa aos hatianos, completa: "eu nunca vi japonês pedindo esmola; é uma raça que tem vergonha na cara". Assista
(Foto: PR | Reuters)
247 -" Em um vídeo sem data, gravado antes das eleições, que voltou a circular nas redes sociais diante da crise da Amazônia, Jair Bolsonaro chama o Brasil de “lixo” e afirma que “só uma pessoa que não tem qualquer cultura diz que a Amazônia é nossa. Não é mais nossa”. Na sequência, depois de uma menção negativa aos hatianos, completa: "eu nunca vi japonês pedindo esmola; é uma raça que tem vergonha na cara".
“Eu vejo imbecis dizendo: ‘Olha a França, que coisa linda, uma seleção multirracial. Vamos colocar 10 milhões aqui de venezuelanos ou do pessoal do norte da África pra ser campeão quem sabe em 2022 ou 2026. Que legal. A gente bota mais 20 milhões aqui dentro, com uma política completamente diferente, como encheram de haitiano em São Paulo”, diz Bolsonaro. 
O presidente fazia alusão à seleção de futebol da França, que conta com vários jogadores imigrantes.
Na sequêcia, completa: E completa: "eu nunca vi japonês pedindo esmola; é uma raça que tem vergonha na cara". 
“No plenário, um petralha gritou: ‘Se fosse da Suécia, você não estava criticando’. Eu falei: Imbecil, tu acha que o da Suécia vai querer vir pra esse lixo aqui?”, declarou Bolsonaro, se referindo ao Brasil.
Os governo brasileiro e francês etão em crise diplomática por causa do desmatamento acelarado da Amazônia. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) havia alertado que a destruição em junho cresceu 88% e em julho 278% na comparação com iguais períodos de 2018.
O presidente da França chamou Bolsonaro de mentiroso em relação a compromissos ambientais. O ocupante do Planalto afirmou que só volta a falr com Macron depois que o europeu se retratar. 
O mandatário brasileiro classificou o francês como um político de "esquerda" - Macron é, na verdade, de centro-direita. "Essa inverdade do Macron ganhou força porque ele é de esquerda e eu sou de centro-direita", disse Bolsonaro. "

0 BRASIL ERA RESPEITADO COM LULA

Chomsky: com Lula, Brasil era respeitado e agora é motivo de chacota

O filósofo e linguista Noam Chomsky, professor emérito do Massachusetts Institute of Technology (MIT) e professor da Universidade do Arizona, diz em entrevista à Folha de S.Paulo que nos tempos em que o Brasil foi governado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva era um país respeitado no mundo. "Lula era um dos principais estadistas no palco global", diz o filófofo que lamenta o fato de o Brasil ter virado "motivo de chacota.
BRASIL 247



247 - "O filósofo e linguista Noam Chomsky, professor emérito do Massachusetts Institute of Technology (MIT) e professor da Universidade do Arizona, diz em entrevista à Folha de S.Paulo que nos tempos em que o Brasil foi governado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva era um país respeitado no mundo. 
"Dez anos atrás, o Brasil era um dos países mais respeitados do mundo, e Lula era um dos principais estadistas no palco global. Agora, o Brasil virou motivo de chacota. Está se transformando em pária internacional e pode até sofrer boicotes por causa da Amazônia" - disse o filósofo americano.   
Chomsky critica a retórica de Bolsonaro, comparando-a com a de Donald Trump: "Sua retórica é muito atraente para parte da população. Isso está ocorrendo no mundo todo. Nos EUA, [Donald] Trump é muito eficiente, sabe como deixar as multidões inflamadas e direcionar o ódio e o ressentimento das pessoas para bodes expiatórios".  "Bolsonaro faz o mesmo", afirma o filósofo.   
Chomsky viaja frequentemente ao Brasil. No ano passado, visitou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na prisão, em Curitiba, reuniu-se com os então candidatos Fernando Haddad (PT) e Ciro Gomes (PDT) e se encontrou com o amigo Celso Amorim, ex-ministro das Relações Exteriores."

Não  vamos  afrouxar  o  garrão, a vida continua.

sábado, 24 de agosto de 2019

BOLSONARO DESMORONA REPUTAÇÃO AMBIENTAL BRASILEIRA

New York Times diz que Bolsonaro fez desmoronar reputação ambiental do Brasil

O jornal estadunidense The New York Times publicou neste sábado (24), reportagem destacando que os incêndios que ocorrem este ano na Amazônia atingem uma escala não vista em quase uma década em igual intervalo, e que o descaso do governo Bolsonaro derruba a reputação ambiental que o Brasil tinha adquirido.
BRASIL  247
247 - 'O jornal estadunidense The New York Timespublicou neste sábado reportagem destacando que os incêndios que ocorrem este ano na Amazônia atingem uma escala não vista em quase uma década em igual intervalo.  
Citando especialistas e agências de dados por satélite, o jornal afirma que o número de incêndios no trecho brasileiro da floresta tropical é o maior desde 2010. “O número de incêndios na Amazônia até o momento neste ano, 40.341, é o maior desde 2010 e cerca de 35% maior que a média dos oito primeiros meses do ano”, informa The New York Times.  
No início dos anos 2000 o número de incêndios era superior ao registrado nos primeiros sete meses deste ano, mas a taxa de desmatamento levou o Brasil a adotar um “conjunto ambicioso de políticas para preservar a Amazônia e outras áreas ambientalmente sensíveis”.
“Muitas dessas medidas foram corroídas no relógio de Bolsonaro”, ressalta o artigo.  O jornal relata que a atenção internacional está voltada ao Brasil, também pelo fato de o país ser líder em aliar proteção ambiental às florestas tropicais e desenvolvimento econômico. “Essa reputação suada vem desmoronando na era de Bolsonaro”, pontua a reportagem.  
O jornal diz que o pronunciamento feito na sexta-feira  em rede nacional de televisão por Jair Bolsonaro foi um "acerto de contas” com a população, em meio a possíveis retaliações comerciais a uma economia que ainda se recupera de uma “brutal recessão”.   
A reportagem também cita as desavenças entre o presidente francês Emmanuel Mácron e o ocupante do Palácio do Planalto."

Não  vamos  afrouxar  o  garrão,  a vida continua.

LÍDERES DO MUNDO EM DEFESA DA AMAZÔNIA

Líderes progressistas do Brasil e do mundo lançam manifesto em defesa da Amazônia e rechaçam Bolsonaro

Manifesto que reúne líderes progressistas como Fernando Haddad, Celso Amorim, Rafael Correa, José Luis Zapatero, Ernesto Samper, Cuauhtémoc Cárdenas, Carol Proner, entre outros, denuncia o "brutal retrocesso ambiental" que se observa no Brasil com a chegada de Jair Bolsonaro ao poder; "Bolsonaro não está apenas colocando fogo na Amazônia, está queimando a soberania do Brasil, a soberania dos demais países da Bacia Amazônica e o futuro de toda a humanidade"
BRASIL 247
247 - Líderes progressistas como Fernando Haddad, Celso Amorim, Rafael Correa, José Luis Rodríguez Zapatero, Cuauhtémoc Cárdenas, Aloizio Mercadante Oliva, Carol Proner, enre outros, lançaram um manifesto em defesa da Amazônia, ameaçada de devastação com a conivência do governo de exrema direita de Jair Bolsonaro    
"O brutal retrocesso ambiental que se observa no Brasil com a chegada de Bolsonaro ao poder, cuja face dramática é a atual devastação da Amazônia por vastos e criminosos incêndios, constitui-se em agressão inominável a um patrimônio inestimável daquele país e à sua soberania nacional, bem como compromete o futuro das jovens gerações de brasileiros e não-brasileiros", diz o documento publicado pelo Movimento por um Novo Impulso Progressista.  
O manifesto denuncia que mesmo antes de chegar ao poder, Bolsonaro deu declarações demonstrando sua clara intenção de promover retrocessos substanciais na agenda ambiental do Brasil.   "Ademais, ele e seu chanceler pré-iluminista, emulando o governo Trump, colocaram seguidamente em dúvida o aquecimento global, apesar das sólidas evidências científicas disponíveis, e ameaçaram até retirar o Brasil do Acordo de Paris".  
Os líderes progressistas alertam que a agenda antiambiental do governo Bolsonaro é "manifestação clara de submissão geopolítica à agenda regressiva do governo Trump e embute o desejo evidente de entregar o imenso patrimônio fitogenético, zoogenético e mineral do Brasil à sanha predatória de empresas estrangeiras, em detrimento do uso soberano e sustentável de seus vastos recursos ambientais e dos direitos dos povos originários à preservação de suas culturas e da população em geral a um meio ambiente equilibrado".  
"Esse antiambientalismo pré-científico, irracional e entreguista do governo Bolsonaro contrapõe-se aos grandes avanços civilizatórios feitos nessa área em governos brasileiros anteriores, particularmente os de Lula e Dilma" - enfatiza o documento.   
O manifesto termina afirmando que "Bolsonaro não está apenas colocando fogo na Amazônia, está queimando a soberania do Brasil, a soberania dos demais países da Bacia Amazônica e o futuro de toda a humanidade".  
Assinam:   Fernando Haddad, ex-ministro da Educação e ex-candidato presidencial, Brasil.  José Luis Rodríguez Zapatero, ex-Presidente, Espanha  Rafael Correa, ex-Presidente, Equador  Cuauhtémoc Cárdenas, ex-candidato presidencial e fundador do PRD, México.  Karol Cariola, deputada, Chile.  Leonel Fernández, ex-Presidente, República Dominicana.  Julián Andrés Domínguez, ex-Deputado e ex-Ministro, Argentina.  Miguel Barbosa Huerta, Governador de Puebla, México.  José Miguel Insulza, ex-Secretario Geral OEA, atual senador, Chile.  Camilo Lagos, presidente Partido Progressista do Chile.  Guillaume Long, ex-Chanceler, Ecuador.  Clara López Obregón, ex-Ministra do Trabalh e ex- Candidata Presidencial, Colômbia  Esperanza Martinez, ex-Ministra da Saúde, atual senadora, Paraguai.  Daniel Martínez Villamil, ex-ministro e senador, atual candidato presidencial, Uruguai.  Aloizio Mercadante Oliva, ex-ministro da Educação e ex-chefe da Casa Civil, Brasil.  Alejandro Navarro, senador, Chile.  Carlos Ominami, ex-ministro da Economi e ex- Senador, Chile.  Yeidckol Polevnsky, Presidenta de Morena, México.  Gabriela Rivadeneira, Assembleia Nacional, Equador.  Ernesto Samper, ex-Presidente, Colômbia.  Felipe Carlos Solá, deputado nacional, Argentina.  Carlos Sotelo García, ex-Senador, México.  Jorge Enrique Taiana, ex-Chanceler, Argentina.  Carlos Alfonso Tomada, ex-Ministro do Trabalho, atual Legislador Federal, Argentina.  Beatriz Paredes, senadora, México.  Celso Amorim, ex-chanceler, Brasil.  Carol Proner, jurista, Brasil.  Marco Enríquez-Ominami, ex-Candidato Presidencial, Chile."

Não  vamos  afrouxar  o    garrão,  a vida continua.

A HORA DA RECOLHIDA


Todos os dias são importantes pra nós  viventes..quando colocamos a mão  no peito  e ouvimos o  bater do  coração  é  uma dádiva que devemos agradecer.
Mas também tem dias que são especialissimos em nossa trajetória....marcam cada minuto..cada hora..quando olhamos a nossa volta a gente observa que é  diferente.
Nos damos conta que depois não é  assim..é  diferente.
Nesses dias de inverno são  propícios para o aconchego..até  numa roda de mate.. é  um sabor diferente.
Quando o dia passa igual..como os outros...cai a mesmice. ..já  não olhamos o céu  com outros olhos..nem o sol.
Ficamos como que resmungando desejos. ..um dia que brilha..no olhar e dentro da gente.
Mas a carcaça  velha já  acostumou nesse corcovear dos dias que  se apresentam  a cada sol que desponta nas montanhas verdes de Santa Maria  da Boca do Monte.
As vezes pensamos que somos potros que cavalgam solto das patas pelas coxilhas verdes do Rio Grande do Sul.
Quando o vento minuano esparrama as melenas brancas batendo forte no meu peito  e dói. ..faz as vezes sangrar junto com um medo que vai e volta..e meu olhar vagueia pelo horizonte que a noite encobre .
Meus pensamentos de repente se  sobressaltam com um relincho de um cavalo caborteiro que minha distante lembrança busca..e é  sinal que tenho que me calar e ficar quieto.
Nesses momentos é  o melhor a fazer. ..e quem sabe num outro amanhecer encontre  matungos a correr solto das patas sem aramados nesses campos vazios de muitas léguas vividas.
Chega a hora da recolhida das encilhas...a noite chegou.
Pensem nisso enquanto eu vos digo até amanhã.

Não  vamos  afrouxar  o garrão, a  vida  continua

segunda-feira, 5 de agosto de 2019

BOLSONARO PERDE

Bolsonaro perde de 66 x 33

HAYLE GADELHA
"Nas pesquisas que o Datafolha realizou recentemente, fica comprovado que a grande maioria dos brasileiros tem pensamento exatamente oposto a tudo que Bolsonaro defende", escreve o colunista Hayle Gadelha. "Trata-se evidentemente de um presidente retrógrado, autoritário, que decidiu fazer tudo aquilo que a população não quer e o país não precisa. É majoritariamente uma vergonha nacional"
Jair Bolsonaro
Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Adriano Machado)
"Nas pesquisas que o Datafolha realizou recentemente, fica comprovado que a grande maioria dos brasileiros tem pensamento exatamente oposto a tudo que Bolsonaro defende. Trata-se evidentemente de um presidente retrógrado, autoritário, que decidiu fazer tudo aquilo que a população não quer e o país não precisa. É majoritariamente uma vergonha nacional.
Resumo das pesquisas
MEIO AMBIENTE
59% acham que política ambiental não atrapalha o desenvolvimento do Brasil.
35% acham que política ambiental atrapalha o desenvolvimento do Brasil.
TERRAS INDÍGENAS
37% dos brasileiros acham que o governo deve reduzir as áreas destinadas a reservas indígenas.
60% dos brasileiros discordam que o governo deve reduzir as áreas destinadas a reservas indígenas.
DITADURA MILITAR
36% ACHAM QUE A DATA 31 DE MARÇO DE 64 DEVE SERCOMEMORADA
57%  ACHAM QUE A DATA NÃO DEVE SER COMEMORADA
MASSACRE EM ALTAMIRA
No dia 30, Bolsonaro comentou sobre comentar o massacre de presos no presídio de Altamira, no Pará. Disse: “Pergunta para as vítimas dos que morreram lá o que eles acham”.
29% dos entrevistados afirmaram que a sociedade seria mais segura se a polícia matasse mais suspeitos 68% discordam dessa afirmação.
POSSE DE ARMAS
Sobre um morador de rua que esfaqueou duas pessoas no Rio de Janeiro, Bolsonaro perguntou:  “Não tinha ninguém armado para dar um tiro nele?”.
31% disseram que a posse de armas deveria ser um direito do cidadão para se defender 66% são contrários a essa ideia
ESTADOS UNIDOS
Bolsonaro disse: “Eu não quero atacar o Trump agora não, que é meu ídolo, por acaso. Estou cada vez mais apaixonado por ele”.
29% dos entrevistados afirmaram que o Brasil deveria dar preferência aos EUA em relação a outros países.
66% disseram que não.
29 / 66 / 1 / 4"

Não  vamos  afrouxar  o garrão, a luta .continua

A CORRUPÇÃO NA ITAIPU

É preciso investigar esquema de Bolsonaro e PSL em Itaipu

"Estamos diante de uma suspeita forte de corrupção que atinge diretamente o gabinete e o partido presidencial [PSL] e que, além disso, põe em risco uma área sensível e estratégica para o Brasil, que é o suprimento de energia elétrica pela Usina Binacional de Itaipu", afirma o colunista Jeferson Miola. Os termos do acordo com o Paraguai sobre Itaipu "são uma obra-prima de predatismo e rapinagem de bens públicos", acrescenta
(Foto: Reuters | Reprodução)
"A Ata Bilateral sobre Itaipu foi assinada secretamente em 24 de maio passado pelos representantes das chancelarias do Brasil e do Paraguai.
Referida Ata, que modifica a forma de contratação pela ANDE [Administración Nacional de Eletricidad] da energia de Itaipu para consumo do Paraguai, só foi conhecida devido ao escândalo que quase culminou na abertura de processo de impeachment do presidente paraguaio Mario Abdo Benitez e causou a demissão de autoridades do governo paraguaio, dentre elas o chanceler e o embaixador no Brasil.
Não fosse a denúncia de técnicos da estatal ANDE, um esquema corrupto de negócio já estaria em andamento.
Os termos do acordo, concebidos por agentes privados diretamente interessados no negócio, são uma obra-prima de predatismo e rapinagem de bens públicos: nefastos aos interesses dos 2 Estados nacionais, mas magnânimos com uma empresa vinculada a políticos do PSL.
Ante a crise instalada no país vizinho, Bolsonaro apressadamente concordou com a decisão unilateral do Paraguai de cancelar o acordo. Como justificativa para o rápido e inusitado recuo, ele pretextou preocupação com a estabilidade política do aliado, que poderia ser destituído em processo sumário de impeachment.
A realidade revelada por segmentos da imprensa paraguaia mostra, contudo, que o motivo da pressa do Bolsonaro pode não ter nada a ver com solidariedade política com o presidente paraguaio, mas sim com o objetivo de abafar o caso e evitar que venham a público detalhes de um escândalo de corrupção que envolve seu governo, seu partido e alguns aliados íntimos.
No centro da tramóia está Alexandre Giordano, suplente do senador Major Olímpio/PSL [líder do Bolsonaro no Senado e aliado fiel da família em SP], que figura nas negociações representando interesses da empresa LEROS.
A LEROS explora jazidas de diamante e nióbio no Brasil. Por coincidência, durante o encontro do G20 em Osaka/Japão, Bolsonaro surpreendeu o mundo numa live patética fazendo propaganda do potencial comercial de nióbio …
A TV Telefuturo do Paraguai apresenta um panorama completo do complicado processo. Na reportagem [aqui], a emissora mostra mensagens de WhatsApp enviadas por José Rodríguez, que se apresentava como assessor jurídico do vice-presidente paraguaio Hugo Velázquez, ao presidente da ANDE, Pedro Ferreira, com instruções sobre os termos da Ata que a estatal deveria incluir.
Nas mensagens prévias à assinatura da Ata, que ocorreu em 24 de maio, o assessor José Rodriguez fazia menção ao “modelo de contrato com uma empresa brasileira” sem, no entanto, nomear qual empresa se tratava.
Em 5 de junho, já com a Ata assinada, o nome da empresa beneficiada aparece em mensagem que José Rodriguez enviou ao presidente da ANDE para solicitar uma reunião, uma vez que “o representante comercial da empresa LEROS do Brasil se encontra no país a fim de dar seguimento ao acordo de compra e venda de excedente de energia ao mercado brasileiro”.
Na mensagem, o assessor do vice-presidente paraguaio sublinha que os representantes da LEROS “vêm em representação da família presidencial do país vizinho”.
Em 15 de julho, José Rodriguez informou o presidente da ANDE sobre o envio, para a LEROS, da carta de intenções para a empresa operar, com exclusividade, o mercado anual de mais de US$ 200 milhões de energia excedente do Paraguai.
Em resposta a Rodriguez, o presidente da ANDE esclareceu que não poderia haver exclusividade para a LEROS, pois a venda da energia excedente deveria se dar mediante procedimento licitatório em busca de melhor preço.
À continuação, Rodriguez enviou mensagem a outro diretor da ANDE recomendando confidencialidade sobre os termos da Ata “devido a que, em conversações com o mais alto posto de mando do Brasil se concluiu que não é o mais favorável, a fim de resguardar o manejo prudencial da informação para que a operação em marcha [o contrato exclusivo com a LEROS] se efetive com o maior êxito” [sic].
Rodriguez justifica a decisão de manter a clandestinidade do negócio uma vez que “a autorização de ambos mandatários [Abdo e Bolsonaro] já se encontra verbalmente acertada”.
Em 12 de julho, um intermediário da ANDE havia enviado por correio postal diretamente a Kleber Ferreira [um dos fundadores da LEROS] e a Alexandre Giordano, o político do PSL – e não ao governo brasileiro – a carta de intenção para a exploração deste negócio.
Em discurso após cancelar o acordo para sustar o processo do seu impeachment, o presidente paraguaio disse que “não vou tolerar a corrupção, que não importa o quanto doa, por causa da proximidade de meus colegas e amigos de luta, isso não nos dá o direito de ter má conduta na administração de coisas públicas. É por isso que ordenei que aqueles que participaram do processo, talvez sem má vontade, sejam removidos do cargo”.
Ou seja: para se salvar, o próprio presidente paraguaio – citado por um operador do seu governo como alguém que “acertou verbalmente” com Bolsonaro o esquema a favor da LEROS – admitiu o esquema de corrupção.
Estamos diante de uma suspeita forte de corrupção que atinge diretamente o gabinete e o partido presidencial [PSL] e que, além disso, põe em risco uma área sensível e estratégica para o Brasil, que é o suprimento de energia elétrica pela Usina Binacional de Itaipu.
É preciso, por isso, investigar a fundo a presença indevida de particulares do entorno do Bolsonaro em negociações que envolvem altos interesses do Estado brasileiro.
É preciso descobrir o que tem por trás da pressa do Bolsonaro em evitar o esclarecimento disso que pode ser um escândalo bilionário de corrupção que o envolve diretamente e a políticos do PSL.'"

Não   vamos  afrouxar o  garrão,  a luta continua.

ONTEM....

Ontem caminhando pelas ruas altas e baixas da cidade... Meus passos quando pisava o solo, parecia que em mim algo me levava para algum lugar...