quarta-feira, 31 de julho de 2019

SOCIEDADE CIVIL EM DEFESA DA DEMOCRACIA

Guinada ditadorial de Bolsonaro move sociedade civil em defesa da democracia

"Só o povo mobilizado em suas entidades e de volta às ruas, como nas Diretas Já, poderá pressionar o Congresso e o STF a assumirem suas responsabilidades diante da barbárie em que o país se meteu", defende o jornalista Ricardo Kotscho
(Foto: Mídia NINJA | Reuters)
BRASIL 247
Por Ricardo Kotscho, para o Jornalistas Pela Democracia - "Esta data, no dia em que se completam 7 meses de desgoverno Bolsonaro, poderá ser lembrada pelos historiadores do futuro como o marco do movimento que começa a se organizar em defesa da democracia e das liberdades públicas, ameaçadas mais do que nunca pelo capitão, que planejava jogar bombas nos quartéis do Exército, foi preso, processado, e depois virou deputado.
Há quanto tempo não se ouvia mais falar em sociedade civil, o conjunto de entidades e instituições, que teve papel fundamental na redemocratização do país nos anos 80 do século passado?
Uma dessas entidades, a Associação Brasileira de Imprensa (ABI), deu a largada na noite de terça-feira, ao levar uma multidão à sua sede e ruas próximas, no Rio, para o ato público de defesa das liberdades democráticas e em solidariedade ao jornalista americano Glenn Greenwald, ameaçado de prisão e expulsão do país por revelar a grande farsa da Lava Jato que levou Bolsonaro ao poder.
“Ditadura nunca mais!”, ouviu-se novamente o coro de milhares de vozes indignadas, o mesmo que acompanhou a campanha das Diretas Já, em 1984, nas maiores manifestações cívicas já vistas no país.
Por um momento, parecia que Prudente de Moraes Neto e Barbosa Lima Sobrinho, os dois grandes brasileiros que já comandaram a ABI, estavam de volta ao velho auditório, comandando a eterna luta da centenária instituição em defesa da democracia.
Tive a honra de ser conselheiro da ABI quando eles presidiram a entidade, que volta agora a cumprir seu papel histórico.
Foi a resposta desta sociedade civil brasileira com vergonha na cara, que parecia anestesiada diante da guinada ditatorial de Bolsonaro, desde a sua posse, e que se tornou uma ameaça real nas últimas semanas, com seu permanente ataque ataque às instituições e ao Estado de Direito.
Como aconteceu 35 anos atrás, outra vez a Folha, que se tornou na época o porta-voz das Diretas, foi o único jornal a dar uma cobertura decente ao ato da ABI, dando-lhe a exata dimensão da sua importância histórica (ver matéria na página A10: “Não vou fugir do país”, diz Glenn em ato público em seu apoio).
Em editorial, sob o título “Espiral de infâmias”, a Folha mostrou a gravidade dos últimos acontecimentos:
“Numa escalada sem precedentes de insultos às normas de convívio democrático, aos fatos históricos, às evidências científicas e aos direitos humanos, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) aguçou nos últimos dias as tensões e incertezas em torno da sua administração”.
ABI, CNBB e OAB, as três entidades que lideraram a sociedade civil nos estertores da ditadura militar, voltam a se reunir hoje à noite para preparar o lançamento da Mesa Nacional Contra a Violência, no próximo dia 15, em Brasília.
Convocadas pela Comissão Arns, lançada em março, dezenas de entidades de defesa dos direitos humanos ligadas a igrejas, sindicatos e movimentos sociais já aderiram ao movimento que se espalha silenciosamente pelo país.
Em São Paulo, a reunião está marcada para as 19 horas, na sede da OAB, na praça da Sé, 385, 2º andar. A ABI será representada pelo conselheiro Juca Kfouri, colunista da Folha.
Com os generais à volta de Bolsonaro acuados diante da metralhadora verbal do capitão, um celerado aprendiz de ditador, que vai atropelando tudo que encontra pela frente, é mais uma vez na mobilização da sociedade civil que estão as esperanças dos brasileiros de não voltar aos tempos do regime militar.
Em tempos normais, caberia ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal enquadrar o presidente da República nos limites da Constituição, mas não é o que está acontecendo, com os demais poderes subjugados pelo Executivo.
Esta semana, os parlamentares e magistrados deveriam voltar das férias, mas até o momento não se ouviu uma única voz de repúdio à ofensiva ditatorial do capitão, em desabalada carreira rumo ao caos institucional.
Bolsonaro se agarra em Moro e Moro se agarra em Bolsonaro para manter fiéis seus fanáticos seguidores, enquanto o país se desmancha e a economia continua em ponto morto.
Mas tudo tem um limite, e esse limite acaba de ser ultrapassado por um presidente que não respeita nem os mortos da ditadura.
No final do seu editorial, a Folha observa que “os destemperos verbais já começam a fornecer munição para um eventual enquadramento em crime de responsabilidade, por procedimentos incompatíveis com a dignidade, a honra e o decoro do cargo”.
Mas quem vai enquadrar o capitão?
Só o povo mobilizado em suas entidades e de volta às ruas, como nas Diretas Já, poderá pressionar o Congresso e o STF a assumirem suas responsabilidades diante da barbárie em que o país se meteu.
E o povo já começou a se mover novamente.
Esta é a melhor notícia do ano.
Há esperanças, outra vez.
Vida que segue."

Não  vamos  afrouxar  o  garrão, a luta continua.

domingo, 28 de julho de 2019

O ADEUS DE RUTH DE SOUSA

Dona  RUTH  DE SOUSA,    nos  deixou, aos  98  anos ,   vamos  sim  sentir  saudade  dessa  grande  atriz  que  acostumamos  a  vê-la  na  televisão, no  cinema  e no  teatro.
A  primeira  atriz  negra  a  se apresentar no  Teatro   Municipal  do  Rio  de Janeiro  em  1945.
Ruth de Sousa foi um marco pra dramaturgia, pra comunidade negra, pros artistas desse país. Fará muita falta, mas jamais terá seu legado de talento e dignidade apagado.
A grande RUTH DE SOUSA , estava internada com pneumonia e faleceu hoje.
Muitas saudades sentiremos.



Não vamos afrouxar o garrão, a luta continua.





DILMA : PRESIDENTE BRASILEIRO AMEÇA A VIDA DA AMAZÔNIA

Dilma: Bolsonaro ameaça a vida na Amazônia

"A destruição dos instrumentos de política ambiental e indígena, o desmonte da fiscalização, o incitamento à violência caracterizam verdadeiros crimes contra os povos originários do Brasil, contra o meio ambiente, a preservação da Amazônia e contra a soberania nacional", diz a ex-presidente Dilma Rousseff sobre os ataques de Jair Bolsonaro ao Meio Ambiente
247 - "A ex-presidente Dilma Rousseff comentou neste domingo (28) a devastação que sendo feita na Amazônia com a complacência do governo de Jair Bolsonaro. 
"O que o governo Bolsonaro impõe ao país é a desregulamentação da proteção ao meio-ambiente, a destruição da política de reservas ambientais e indígenas, o descaso pelo Código Florestal  e pela lei de terras. O comportamento de Bolsonaro e suas manifestações públicas sustentam a agressão ambiental e a violência. Não estamos falando em tese. Em apenas seis meses, o  governo de extrema-direita já mostrou a que veio", disse Dilma em nota. 
A ex-presidente também comentou a reportagem de capa deste domingo do jornal The New York Times, que destacou o aumento desefreado do desmatamento na Amazônia. A matéria também registra os esforços do Brasil para a preservação da floresta (leia mais no Brasil 247). 
"Entre 2004 e 2012, o país criou novas áreas de conservação, aumentou o monitoramento e retirou créditos governamentais de produtores rurais que foram apanhados arrasando áreas protegidas. Isso trouxe o desmatamento ao nível mais baixo desde que a manutenção de registros começou, o que o New York Times reconhece em sua reportagem", diz Dilma. 
Leia, abaixo a nota de Dilma Rousseff na íntegra:
INSENSIBILIDADE DE BOLSONARO AMEAÇA A VIDA NA AMAZÔNIA
No seu estilo pessoal, com declarações grosseiras recheadas de frases toscas, o presidente Jair Bolsonaro tem justificado enfaticamente, nos últimos dias, o processo de desmatamento e redução da fiscalização por meio do qual seu governo colocou a floresta Amazônica no rumo da devastação, com explícito desprezo pela integridade das etnias indígenas e das reservas ambientais existentes da região.
O que o governo Bolsonaro impõe ao país é a desregulamentação da proteção ao meio-ambiente, a destruição da política de reservas ambientais e indígenas, o descaso pelo Código Florestal  e pela lei de terras. O comportamento de Bolsonaro e suas manifestações públicas sustentam a agressão ambiental e a violência. Não estamos falando em tese. Em apenas seis meses, o  governo de extrema-direita já mostrou a que veio.
Em tão curto espaço de tempo, os resultados são assustadores, causam espanto mundial e devem preocupar todos os brasileiros. O desmatamento na Amazônia aumentou 88% em junho, comparado com o ano passado, quando os índices já eram ruins, pois o governo Temer tinha iniciado a paralisia e o desmonte da fiscalização do meio-ambiente e proteção à população indígena. E, em julho também manteve-se a tendência, com um aumento de 68% face ao mês anterior. Quando divulgado o desastre do desmatamento crescente, a reação do presidente, como sempre, foi ignorar a notícia e atacar o mensageiro, tentando desqualificar os dados do INPE, numa clássica reação autoritária.  
Deve ser destacada a gravidade da tendência à ampliação do  desmatamento diante do que já havia sido conquistado, pois o Brasil tinha uma sólida liderança na preservação do meio ambiente e na busca do desenvolvimento sustentável. Em reportagem de hoje o jornal New York Times informou: “A destruição da floresta amazônica no Brasil aumentou rapidamente desde que o novo presidente de extrema direita do país assumiu e seu governo reduziu esforços para combater a extração ilegal de madeira, pecuária e mineração.” O jornal americano acrescentou: “Proteger a Amazônia sempre esteve no centro da política ambiental do Brasil nas últimas duas décadas. Em um ponto, o sucesso do Brasil em desacelerar a taxa de desmatamento tornou-se um exemplo internacional de conservação e o esforço para combater a mudança climática. Mas com a eleição de Bolsonaro, um populista que foi multado pessoalmente por violar as regras ambientais, o Brasil mudou substancialmente de rota, recuando dos esforços que fez para desacelerar o aquecimento global ao preservar a maior floresta tropical do mundo.”  
É verdade, entre 2004 e 2009, por exemplo, o governo Lula já havia reduzido em 75% o desmatamento na Amazônia. Já havíamos sido, antes disso, o primeiro país a assinar a “Convenção Quadro da ONU sobre Mudanças Climáticas”. Durante 30 anos, construímos toda uma política de áreas protegidas. No meu governo, construímos e aprovamos o Código Florestal, definindo a necessidade de áreas de reserva legal rural de proteção ambiental, bem como áreas de proteção permanente. Agora, o governo Bolsonaro quer acabar com essa regulação, liberando a devastação ambiental.
Entre 2004 e 2012, o país criou novas áreas de conservação, aumentou o monitoramento e retirou créditos governamentais de produtores rurais que foram apanhados arrasando áreas protegidas. Isso trouxe o desmatamento ao nível mais baixo desde que a manutenção de registros começou, o que o New York Times reconhece em sua reportagem.
Desenhamos e realizamos também uma política de ampliação em nossa matriz energética das energias renováveis, por meio da introdução do biodiesel, da expansão das energias eólicas e da biomassa. Em 2009, no governo Lula, coordenei a delegação brasileira à COP 15. Em ato histórico, o Brasil se comprometeu voluntariamente a reduzir em mais 80% as emissões causadas por desmatamento, até 2020 e em 36% as emissões de gases de efeito estufa.  Realizamos, em 2012, a Rio+20, recebendo no Brasil a representação internacional da ONU e de muitos países do mundo e definindo proposta de desenvolvimento sustentável baseado em quatro eixos: “crescer, incluir, preservar e proteger”.  
Na formulação e aprovação do acordo internacional sobre o meio ambiente e o clima, o Acordo de Paris, tivemos participação decisiva e liderança reconhecida. Toda esta construção está vindo abaixo, pela ação dos governos Temer e, agora, Bolsonaro. Fica evidente a voracidade do neoliberalismo, a irrelevância das questões do clima e do meio ambiente para a ultra direita, além da fragilidade a que foi conduzido o Estado Democrático de Direito frente às forças selvagens que defendem o desmonte da legislação ambiental, o fim do Conselho Nacional do Meio Ambiente, e a imobilidade da rede de fiscalização, numa autorização tácita para derrubar florestas, para cometer violências contra indígenas e ativistas no campo, para reduzir ou acabar as áreas de reserva legal e proteção permanente. 
No Brasil, as áreas protegidas – unidades de conservação, florestas e parques nacionais, corredores ecológicos, reservas de biodiversidade, unidades de proteção da Amazônia, terras indígenas, reservas legais rurais etc - somam  3,7 milhões de Km2 (11 vezes a área do Reino Unido). E estão sobre gravíssima ameaça.  
Esta semana, no Amapá, um líder indígena da etnia Wajãpi, o cacique Emyra Wajãpi, foi morto a facadas. Lideranças da aldeia e funcionários da Secretaria Estadual dos Povos Indígenas afirmam que o ataque é resultado da invasão de um grupo de cerca de 50 garimpeiros na aldeia.  
Imagens de satélite analisadas revelam uma expansão recente nos focos de garimpo ilegal em terras indígenas da Amazônia ocorrida desde janeiro deste ano. As declarações de Bolsonaro acabam por sustentar o desmatamento, a agressão à Amazônia e a violência contra os indígenas.    
O desastre do governo Bolsonaro em relação ao meio ambiente não se refere unicamente à situação da Amazônia. Em seis meses de governo, 300 novos agrotóxicos tiveram seu uso liberado e muitos deles comprovadamente causam danos à saúde dos que os manipulam e dos consumidores dos produtos agrícolas.  
Oito ex-ministros do meio ambiente, recentemente, se reuniram e emitiram uma carta conjunta em que defendem que o Brasil precisa reforçar suas medidas de proteção ambiental, não enfraquecê-las, como tem feito. Aliás, o Brasil está na iminência de perder o acesso a um fundo de proteção da Amazônia, de R$ 3,4 bilhões, criado pelos governos da Alemanha e Noruega.
A destruição dos instrumentos de política ambiental e indígena, o desmonte da fiscalização, o incitamento à violência  caracterizam verdadeiros crimes contra os povos originários do Brasil, contra o meio ambiente, a preservação da Amazônia e contra a soberania nacional.'"

N]ao  vamos  afrouxar  o  garrão.  a luta continua.

THE INTERCEPT REBATE BOLSONARO

Editora Chefe do Intercept se diz assustada e rebate Bolsonaro

Editora chefe do Intercept, Betsy Reed repudiou a fala de Jair Bolsonaro, que em entrevista coletiva na manhã deste sábado (27) ameaçou o jornalista e editor cofundador do Intercept, Glenn Greenwald; "Eu, como todos aqueles que defendem a democracia, fiquei assustada", escreveu.
BRASIL  247
247 - "Editora chefe do Intercept, Betsy Reed repudiou a fala de Jair Bolsonaro, que em entrevista coletiva na manhã deste sábado (27) ameaçou o jornalista e editor cofundador do Intercept, Glenn Greenwald. "Eu, como todos aqueles que defendem a democracia, fiquei assustada", escreveu Reed.
Em nota, a editora chefe escreve:
O Intercept condena veementemente as declarações que o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, fez sobre o jornalista e editor cofundador do Intercept, Glenn Greenwald. Jair Bolsonaro chamou Glenn Greenwald de “malandro” por ter casado com um brasileiro e adotado crianças no Brasil, o que dificultaria a sua deportação do país. A acusação seria ridícula se não fosse perigosa: o casamento de Glenn Greenwald ocorreu há quatorze anos, antes dele e da equipe do Intercept Brasil terem começado a publicar uma série de reportagens baseadas em um arquivo de conversas secretas revelando a má conduta de certos membros da força-tarefa Lava Jato. 
Bolsonaro também disse que Greenwald “talvez pegue uma cana aqui no Brasil", uma expressão coloquial que soa como uma ameaça. Glenn Greenwald e os repórteres do Intercept Brasil conduziram seu jornalismo com a máxima integridade, sempre pensando no interesse público, e por isso, gozam de total proteção da Constituição brasileira. O Intercept apoia e reafirma o direito de Glenn Greenwald, e de todos os jornalistas do Intercept Brasil, de fazer jornalismo sem qualquer intimidação oficial, muito menos deportação ou prisão. 
Somos gratos pela solidariedade dos defensores da liberdade de imprensa em todo o mundo, já que as instituições democráticas brasileiras enfrentam esse profundo teste sob o atual  governo, comandado por um autoritário que não vê nada de errado em ameaçar um jornalista simplesmente por exercer a sua profissão."

Não  vamos  abaixar o garrão, a luta continua.

sábado, 27 de julho de 2019

O BRASIL ESTÁ ENTREGANDO A AMAZÔNIA BRASILEIRA

Bolsonaro anuncia entrega da Amazônia aos Estados Unidos

O presidente Jair Bolsonaro disse neste sábado (27), durante cerimônia de formatura de paraquedistas no Rio de Janeiro, que a exploração da Amazônia foi um dos motivos de sua relação com os Estados Unidos; "Estou procurando o primeiro mundo para explorar essas áreas em parceria e agregando valor. Por isso, a minha aproximação com os Estados Unidos”, disse Bolsonaro.
BRASIL 247
(Foto: Fernando Frazão/Ag. Brasil)
247 - O presidente Jair Bolsonaro disse neste sábado (27), durante cerimônia de formatura de paraquedistas no Rio de Janeiro, que busca parcerias “no primeiro mundo” e, em especial com os Estados Unidos, para a exploração do território amazônico brasileiro, respondendo a líderes europeus que criticaram suas políticas para a região amazônica. 
“O senhor presidente da França [Emmanuel Macron], a senhora Merkel [chanceler da Alemanha] queriam que eu voltasse para cá [depois da reunião do G20], demarcando mais 30 reservas indígenas, ampliando reservas ambientais. Isso é um crime. Só de reserva indígena já temos 14% tomados aqui no Brasil. Na Reserva Ianomâmi, são 9 mil índios e tem o dobro do estado do Rio de Janeiro. É justo isso? Terra riquíssima. Se junta com Raposa Serra do Sol é um absurdo o que temos de reservas minerais ali. Estou procurando o primeiro mundo para explorar essas áreas em parceria e agregando valor. Por isso, a minha aproximação com os Estados Unidos”, disse Bolsonaro.  
Antes de dar estas declarações, o presidente, que já não consegue disfarçar seu entreguismo e subserviência aos Estados Unidos, fez uma bravata:  “O Brasil é nosso. A Amazônia é nossa. A Presidência é do povo brasileiro. Povo esse ao qual devo lealdade absoluta”, disse."
Com informações da Agência Brasil 

Não  vamos  afrouxar  o  garrão,  a luta continua.

A PRISÃO DO SUPOSTO HACKER

Esses  últimos dias,  horas   após  a prisão  do  suposto "hacker" que invadiu  os  aparelhos  celulares de autoridades  Federais, aparece  uma narrativa um  tanto  surreal    com um  intuito de desabonar  e desacreditar   as divulgações  do  jornalista, GLENN  do THE  INTERCEPT  BRASIL .
O  que podemos dizer, é  uma  tentativa do  governo tentar  abafar as ilicitudes ocorridas na  Operação  Lava  Jato  pelo  então  juiz  todo  poderoso  Sérgio  Moro    e  seus  subordinados, e  nesse  sentido proteger os  mesmos.
Vamos  ver o  que  vai  dar, nessa  trama  que parece um  enredo  forjado sem  conteúdo e clarividade de  sustentação.
Nosso  PAÍS    precisa  de  verdades, de todo  o  tipo  nas  esferas de organização  funcional, que  tem  como  principio básico   governar  para o  seu  povo, dentro  das  leis  da  CONSTITUIÇÃO que  pasmem nesses  últimos  tempos  após o  golpe vive   cada vez mais dilacerada  e  desrespeitada.
Não  há  espaço  para  manobras diversionistas   para  salvar  pessoas, suas  peles   que  se  achavam  deuses   da verdade, justiça  e probos  pelo  contrário, ouso  a dizer  que  caiu  a máscara desses  maus  agentes  públicos   que  se achavam   acima do  bem e do mal.
Penso  que quem  cometeu  crime  deve  ser  sim  julgado  dentro  da lei, e se for  o  caso, uma  cadeia  será a melhor solução.

Não  vamos  afrouxar o  garrão,  a luta  continua.




PRESIDENTE DO BRASIL AMEAÇA O JORNALISTA GLENN

Bolsonaro ameaça prender Glenn e faz ataque homofóbico

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) ameaçou neste sábado (27) prender o jornalista Glenn Greenwald, que vem revelando as ilegalidades da Lava Jato; durante evento no Rio, Bolsonaro fez ataque homofóbico a Greenwald e ao deputado David Miranda; "Malandro, para evitar um problema desse, casa com outro malandro e adota criança no Brasil. Ele não vai embora, pode ficar tranquilo. Talvez pegue uma cana aqui no Brasil"
(Foto: Jair Bolsonaro)
247 -" O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou neste sábado (27), em evento no Rio, que o jornalista americano Glenn Greenwald "talvez pegue uma cana aqui no Brasil".  
Desde 9 de junho o site The Intercept Brasil, dirigido por Glenn Greenwald, que tem publicado reportagens que demonstram como o ex-juiz e atual ministro Sergio Moro e procuradores da força-tarefa da Lava Jato manipularam a operação.   
Bolsonaro usou expressões ofensivas e homofóbicas dirigidas a Greenwald e o deputado federal David Miranda (PSOL-RJ). 
Disse que são “malandros” por terem se casado e adotado dois filhos no país.   
Ao referir-se à portaria publicada por Moro, nesta sexta-feira (26), que estabelece um rito sumário de deportação de estrangeiros considerados "perigosos" ou que tenham praticado ato "contrário aos princípios e objetivos dispostos na Constituição Federal", Bolsonaro disse que Glenn Greenwald  não se encaixa na portaria. 
"Até porque - disse o presidente - ele é casado com outro homem e tem meninos adotados no Brasil. Malandro, malandro, para evitar um problema desse, casa com outro malandro e adota criança no Brasil. Esse é o problema que nós temos. Ele não vai embora, pode ficar tranquilo. Talvez pegue uma cana aqui no Brasil, não vai pegar lá fora não”, afirmou o presidente.  "
As informações são do UOL.

Não  vamos  afrouxar  o  garrão,  a luta  continua.

sexta-feira, 26 de julho de 2019

ABUSO DE PODER DE SÉRGIO MORO

ABI aponta ‘abuso de poder’ de Moro e diz que irá Justiça defender Greenwald

Associação Brasileira de Impresa (ABI) classificou como "inconstitucional" e "abuso de poder" a Portaria 666 de Sérgio Moro; em nota assinada pelo presidente, Paulo Jerônimo, ABI diz que tomará medidas no campo judicial, "caso a portaria seja usada para atingir Greenwald, em mais um caso de arbítrio e de atentado à liberdade de imprensa”
BRASIL 247
Glenn Greenwald e Sergio Moro
Glenn Greenwald e Sergio Moro
247 - "A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) divulgou nesta sexta-feira, 26, uma nota de repúdio à Portaria 666 do Ministério da Justiça que na prática pode deportar o jornalista Glenn Greenwald, que tem revelado as ilegalidades da operação Lava Jato. 
"A ABI considera inconstitucional e um abuso de poder a edição de medidas governamentais direcionadas a intimidarquem quer que seja, principalmente, na conjuntura atual, o jornalista norte-americano Glenn Greenwald, radicado no Brasil há 13 anos e diretor da publicação (Intercept)”, diz a ABI na nota assinada pelo presidente da entidade, Paulo Jerônimo. 
A associação cita trecho da portaria que menciona deportação sumária de “pessoa perigosa ou que tenha praticado ato contrário aos princípios e objetivos dispostos na Constituição Federal”.
Na nota, a ABI diz ainda que está acompanhando o caso “e tomará medidas, no campo judicial, caso a portaria seja usada para atingir Greenwald, em mais um caso de arbítrio e de atentado à liberdade de imprensa”.
Leia, abaixo, a nota da ABI na íntegra:

  Não  podemos afrouxar   o  garrão, a luta continua.

SÉRGIO MORO TERÁ QUE EXPLICAR

Moro volta a ter que se explicar

"Brasília não é para principiantes, por mais famosos e endeusados que sejam", diz a jornalista Helena Chagas sobre o ministro Sérgio Moro; "Neófito na política, Sérgio Moro está, na visão de interlocutores do Judiciário, a cada dia se desgastando mais, expondo-se ao assumir o papel de comandante da investigação na qual se coloca como vítima", avalia.
BRASIL  247

Brasília - O juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância da Justiça Federal do Paraná, defendeu hoje (4), na Câmara, a revisão das penas mínimas aplicadas em casos de corrupção (José Cruz/Agência Brasil)
Brasília - O juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância da Justiça Federal do Paraná, defendeu hoje (4), na Câmara, a revisão das penas mínimas aplicadas em casos de corrupção (José Cruz/Agência Brasil) (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

Por Helena Chagas, no Divergentes e para o Jornalistas pela Democracia
Brasília não é para principiantes, por mais famosos e endeusados que sejam. Em tese, a prisão dos hackers de Araraquara seria o momento de o ministro da Justiça, Sérgio Moro, assumir a ofensiva e tentar encurralar a Vaza Jato. Apenas em tese. Neófito na política, porém, Moro está, na visão de interlocutores do Judiciário, a cada dia se desgastando mais, expondo-se ao assumir o papel de comandante da investigação na qual se coloca como vítima. Além da história mal contada envolvendo um DJ, uma manicure e um motorista de Uber, nesta manhã surgiram dois fatos novos que deixam Moro em maus lençóis:
  1. A divulgação da portaria editada ontem pelo ministro da Justiça endurecendo regras e procedimentos para repatriação e deportação do país de “pessoa perigosa”. Impossível não relacionar a medida ao jornalista Glenn Greenwald, do The Intercept, responsável pela divulgação dos diálogos comprometedores envolvendo o e-juiz e os procuradores da Lava Jato.
  2. A publicação, na Veja On Line, de diálogos de Greenwald, de 5 de junho, em que sua fonte, que havia lhe passado eletronicamente o material, lhe assegura não ter sido o autor da invasão do celular de Moro noticiada pela imprensa naquele dia. Aliás, seguindo a lógica irrefutável de que o suposto hacker que obteve as conversas do Telegram, não iria se expor dias depois, dialogando com suas supostas vítimas. Ninguém assegura que isso é verdade, mas faz muito sentido.
(Conheça e apoie o projeto Jornalistas pela Democracia)
Com isso, a história vai ficando cada vez mais enrolada. Evidentemente, a suposta intenção de deportar Greenwald vai acirrar os ânimos e provocar reações. Chega a ser espantoso ver o ex-juiz e atual ministro, que se coloca entre as vítimas da invasão aos celulares da Lava Jato, operar com desenvoltura no caso, sem esconder seu interesse pessoal.
Essa impressão já havia se disseminado na véspera, quando o mesmo Moro comunicou a autoridades da República que elas tiveram seus celulares invadidos e que suas mensagens seriam destruídas – afirmação imediatamente rebatida por ministros do STF e do STJ e, por fim, pela própria Polícia Federal. Afinal, cabe ao juiz do processo, no caso Vallisney de Oliveira, decidir o que fazer com as mensagens.
Mas o que pode ser pior para Moro é o fracasso de sua estratégia de direcionar as atenções para o crime dos hackers – que tem mesmo que ser apurado e punido – na tentativa de desviar e tirar a credibilidade do fato principal: a investigação de atitudes impróprias e parciais da Justiça na Lava Jato a partir da divulgação das conversas do Intercept.
Tudo indica que Moro não conseguiu estancar essa sangria e nem assustar os jornalistas que vêm investigando o assunto, como mostra a manchete de hoje da Folha de S.Paulo, segundo a qual o procurador Deltan Dallagnol fez palestra paga para uma empresa mencionada na Lava Jato.
A ofensiva de Moro pode durar pouco, pois ele terá que voltar logo à defensiva para se  explicar."

Não  podemos  afrouxar  o  garrão, a  luta  continua.

ONTEM....

Ontem caminhando pelas ruas altas e baixas da cidade... Meus passos quando pisava o solo, parecia que em mim algo me levava para algum lugar...