terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

SOMENTE SONHOS SONHEI...

É   o  tempo    passou   muito  depressa   e meus  cabelos  ficaram  com  a cor  da neve.
E  o  que aconteceu  ?  Não  aconteceu  nada   apenas  sonhos....sonhei
Sonhei  uma vida ....sonhei amigos..sonhei  um  amor...
Foi  sonho ...um  sonho  apenas    que  sonhei.
Os  caminhos  timbrados    por mim  foi  um  carnaval    de sonhos  que    o  meu  coração   criou.
Vida ?
Amigos  ?
Amor ?
Na real    meus passos   encurtaram   para  chegar  ao  ocaso   de  mim.
O meu  ocaso  que  vislumbro   sem luz..sem  alegria.
Atrás  de mim  fica o  tempo   que  deixei  de  viver.
Vou embora de  mim..
Fugir  de sombras que  me abraçam..me  amordaçam..de  tempos que não  vi  o  sol..a lua..
Mas   sei  que  não  posso   esquecer   de  sorrisos que   encontrei  nessa  estrada
Abraços  que me abraçaram..
Corpos    que cavalgaram nas  asas   de um  amor    que não  se viveu.
Olho  para  rua e me  vejo   um  farrapo  humano
Alguém  sem  rumo ,,,sem brilho ..cansado  ...cansado  de  mim.
Há o  tempo !  Não  vivi.deixei  passar...perdi  pra mim..pra  minha  inconstância .
O  vento    balança   meus  grisalhos  cabelos   que a vida branqueou.
O  espelho  me  descobre  hoje..
Com o meu  real
Com  a minha  cara
Que as rugas    que  a vida me presenteou .
Eu  cansei..acredito   que  desisti
Desisti   do  caminho   porque  eu  perdi..perdi  pra  mim  mesmo.
Me    sinto   nesse  prestar  de contas   débito-crédito  de tudo    que fiz.
Sou  um perdedor  que somou    nesse  tempo   apenas débitos.
Que pena !   Não  deixei  créditos  nem  para  mim.
Carrego  hoje  o  estandarte do  fracasso
Fazendo    parte do  bloco  dos  fracassados
O  que   eu  fiz   por mim ?
Nada!  Pois  o  meu  retrato   é um  nada   que um  dia   talvez  seja    pregado  numa parede
Com dizeres... " aqui ..esse  aqui    é um   exemplo    de  um nada  fracassado"

15-02-2018 - 17:47 h  -  JC


Pensem  nisso  enquanto  eu  vos digo  até  amanhã.

sábado, 17 de fevereiro de 2018

INTERVENÇÃO DOS DESESPERADOS




Pensem  nisso   enquanto  eu  vos  digo  até  amanhã.

O QUE É INTERPRETAÇÃO, REALMENTE ?

Limites da interpretação

"Eu fui às aulas de Jacques Derrida durante dois anos e meio na Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais, em Paris. Eu fiz o curso completo de Umberto no Colégio da França. Eu tenho convivido e aprendido com Edgar Morin desde 1992. Jacques Derrida e Umberto Eco foram dois dos maiores especialistas em interpretação de textos de que se tem notícia. Cada com um o seu estilo e o seu foco, foram craques da desconstrução, da hermenêutica e da semiologia. Edgar Morin, pensador da complexidade, ensina como desmontar racionalizações. Derrida era capaz de passar três horas mostrando como fazer a interpretação de um parágrafo. Eco escreveu um livro devastador: “Os limites da interpretação”. Muitas interpretações podem ser possíveis. Mas nem todas.
Chega uma hora em que a interpretação se esgota.
Um texto pode dizer muito, ainda mais se for torturado, mas não necessariamente tudo o que se quer ler ou ouvir. Há textos que não suportam divergência. É célebre a anedota sobre um suposto diálogo entre Derrida e o alemão Karl-Otto Apel. O francês ficou famoso por defender a polissemia interpretativa. Haveria sempre um desvio entre o emissor e o receptor. Aquilo que eu digo é lido de maneira diferente pelos diferentes leitores. Cada um usa a sua lente para interpretar.
Essa lógica levada ao extremo resultaria na impossibilidade do consenso, ou seja, de uma comunhão interpretativa, uma justaposição.
– A comunicação é impossível – teria dito Derrida.
– Concordo – teria respondido Apel.
Bela “boutade”. Baixando o nível, certos textos exibem-se, como diria o ministro Gilmar Mendes, com “clareza aritmética”. Como doutor em sociologia pela Sorbonne tenho compartilhado alguns pontos de vista com um grande jurista, que já deveria estar no STF, Lenio Streck, sobre legalidade e direito. Lenio resumiu: “Se o Direito é apenas uma teoria política de poder e é o que o Judiciário diz que é, sugiro pararmos e entregarmos as fichas, porque, neste caso, cada um tem a sua teoria. No fundo, estamos pagando caro pelo fato de termos dado pouca importância ao Direito, paradoxalmente sob o pálio de uma Constituição normativa como a nossa”. Direito é o que a lei diz que é.
Quando foi que tudo começou a mudar? Ao STF cabe aplicar a lei e a interpretá-la quando há dúvida. Ele é o guardião da Constituição, não o seu autor. Que espaço pode haver para a interpretação neste texto constitucional? “Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”. O que é trânsito em julgado? Segundo, por exemplo, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal, é a “expressão utilizada para indicar que não cabe mais recurso contra decisão judicial”. O ministro do STF Luís Roberto Barroso apresentou dados estatísticos para demonstrar que raramente decisões de segunda instância são alteradas. Disse também que a maioria do mundo “civilizado” institui o começo do cumprimento da pena depois da sentença de um colegiado. Eu sou a favor. Desde que isso não contrarie a “clareza aritmética” da Carta Magna de um país. Elementar.
A Constituição Federal Brasileira está errada quanto a isso? Provavelmente. Ela favorece a impunidade aos poderosos que se alimentam de recursos? Certamente. Só há duas coisas a fazer: 1) Mudar a Constituição, 2) tornar o judiciário mais ágil. Por que o STF deixou prescrever, depois de 14 anos, uma ação contra Romero Jucá? Resposta acachapante: porque quis. A questão maior não é mais exclusivamente jurídica, mas sociológica, hermenêutica e filosófica. Para que serve uma Constituição se ela pode ser descumprida por quem tem a função de aplicá-la? O STF está autorizado pela mesma Constituição a interpretá-la? Sim. Mas não a seu bel-prazer. A interpretação tem um limite.
Qual? A “clareza aritmética” do texto. O ministro Alexandre Moraes bolou uma interpretação ainda mais livre: o trânsito em julgado se daria depois de dois julgamentos. Lenio Streck tem mostrado o paradoxo pós-moderno da “juricidade” brasileira: legal ou jurídico é aquilo que o judiciário diz que é. Por quê? Porque sim. Porque ele se atribui o direito de fazê-lo ou, como diz a citação, de “errar por último”. O problema é que ele não pode “errar” contra a previsão constitucional explícita. Nenhuma teoria contemporânea sobre a independência dos poderes pode convincentemente fazer o judiciário legislar. Algumas pretendem isso. É abuso de interpretação.
O judiciário, por não ser eleito, tem um limite de representação.
Edgar Morin chama de racionalização o salto lógico que leva da racionalidade ao seu excesso doentio, vulgo sofisma ou trapaça argumentativa. A lei não prevê com “clareza aritmética” auxílio-moradia para todos os juízes. Estes, por considerarem seus proventos defasados, desviam a finalidade de uma rubrica para atualizar seus ganhos e justificam-se alegando que não é admissível tratar iguais como diferentes, ou seja, sem isonomia. Pura malandragem retórica. Ainda ouço Derrida sussurrando: “Façamos o texto falar”. E Umberto Eco gritando: “Se o texto diz não, pode ser não mesmo. Imaginar que por trás de um não sempre pode haver um sim pode ser perigoso e abusivo”. A isso se chama “juízo de conveniência”. Hoje, me serve. Amanhã, não."

Pensem   nisso enquanto  eu  vos  digo até  amanhã.

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

AS PROVAS FRALDADAS DA ODEBRECT CONTRA LULA

100%

247 - 'A tentativa de incriminar  o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, líder absoluto em todos os cenários de intenção de votos para  a Presidência em 2018, é cada vez mais evidente. 
Uma análise pericial feita a pedido da defesa de Lula afirma que a Odebrecht apresentou documentos fraudados à Justiça como se fossem provas de repasses de propinas a políticos registrados no Drousys, o sistema de contabilidade paralela da empreiteira.
O especialista que analisou papéis anexados pelo Ministério Público Federal em acusação contra o petista diz que alguns extratos têm marcas de montagem ou enxerto. Ele também aponta inconsistências em datas de transações e em assinaturas.
Os documentos fazem parte de ação da Lava Jato que investiga o uso de um apartamento vizinho ao do ex-presidente em São Bernardo do Campo. Para a acusação, a Odebrecht custeou a aquisição do imóvel.
O perito que analisou a papelada da empreiteira é o mesmo que atestou a validade formal dos recibos apresentados por Lula como prova de que ele pagou o aluguel do local.
Entre os registros analisados pelo especialista estão extratos apresentados pela Odebrecht de movimentações na filial de um banco que a empreiteira comprou no Caribe, o Meinl Bank.
Rodrigo Tacla Durán, advogado que prestou serviço para a empreiteira e está foragido na Espanha, já havia dito que a empresa manipulou dados desta instituição financeira.
As informações são da coluna Painel da Folha de S.Paulo."

Pensem   nisso  enquanto  eu  vos  digo  até  amanhã.

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

O NOSSO TEMPO : JUVENTUDE E VELHICE




Quatro quartos da vida

"Adoto a tese de que a vida de uma pessoa nos tempos que correm pode ser dividida em quatro quartos de 20 anos. Um modelo simples: até os 20 anos, nascimento, crescimento e entrada na vida adulta. De 21 a 40 anos, vida adulta. De 41 a 60, começo do processo de envelhecimento. De 61 a 80 anos, velhice e morte. Alguns furam a fila e ficam pelo caminho. Outros, agarram-se à vida e superam as metas.
Na média, fica por aí. A expectativa de vida chegando aos cem anos, como parece se encaminhar, aparecem mais 20 anos para cada um administrar.
Pela tabela vigente quem chegou aos 60 entrou no último quarto. Uma luz acende. Não se trata de pânico nem de obsessão, mas de uma nova realidade. Aos 20, a pessoa pensa em como será a sua profissão, ou qual, quantos amores terá, quantos filhos, que grandes acontecimentos viverá e que bifurcações encontrará pela estrada. Aos 40, se nada de extraordinariamente ruim ou bom tiver ocorrido, o sujeito anda envolvido com sua consolidação. Há quem chegue à presidência do seu país com essa idade e há quem se sinta desorientado. Em geral, os trilhos enquadram os vagões por essa etapa do percurso. Aos 60, aposentado ou contando dias e anos para escapar das reformas que sempre despontam, é hora de ajustar o foco e saltar.
Encontrei Josué. Ele fez 60 em 29 de janeiro de 2018. É do mesmo dia que eu, com meus 56. Josué descansava à sombra de uma mangueira. Conversamos. Ele sonha com um grande amor, quer abraçar uma nova profissão, pretende viver mais 40 anos, sonha em viajar muito e especula sobre as curvas que a sua vida poderá encontrar. Tudo para ele está em aberto. Questiono que caminhos pretende trilhar. Ele pensa, sorri, coça a cabeça, ri alto, diz “rapaz” e então responde:
– Penso até em ser presidente da República.
– Mesmo?
– A política é bom jogo para quem já se aposentou – diz.
– Por quê?
– Rapaz, vou te dizer com sinceridade: dá sensação de importância, alguma coisa para fazer, certa utilidade social e mata o tempo.
– Ah, é isso?
– Como sou honesto, tenho algo para dar.
– Não corre perigo de também cair na vala comum?
– Não caí até agora.
– E se não der a presidência?
– Posso ser síndico do meu prédio ou porteiro de boate.
– Futuro garantido então?
– Tudo em aberto. Uma nova vida está começando.
Sorrio. Josué percebe o meu ceticismo.
Espero que ele reflita. Sei que vai me dizer alguma coisa. Ele não tem pressa. Espera que eu compreenda por conta própria. Não me adianto. Ele ainda matuta o que vai afirmar. Há uma aura de generosidade no seu rosto luminoso e franco. Finalmente, com um sorriso suave, ele está para pronto:
– Se pensar o amanhã com cabeça de ontem, rapaz, não passa de hoje.
Nada como estar vivo para ver uma escola de samba, a Paraíso do Tuiuti, escrever a história na avenida e botar chope na água das críticas políticas genéricas como as feitas pela Beija-Flor do sistema.
Viver é um grande desafio. Sempre tem surpresa."

Pensem  nisso  enquanto  eu  vos  digo  até  amanhã,

TUIUTI HUMILHA GLOBO E BOMBA NO MUNDO

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

QUEM É O CACHORRO ?



 Um  cão  entra   na sua  casa   e a  sua vida  vira  de patas  para  o  ar. A  rotina   se modifica  pela  obrigação   de sair     para as  caminhadas  diárias, para os encargos   semanais  com  banho,ração, roupas, acessórios, veterinário,festinhas  dos amigos  da  pracinha,  dos pacientes  da  clínica,  vem  a caminha,  os  potes  de ração  e água,  e tantas   novidades  que acompanham   esta  verdadeira  Caixa  de  Pandora.
Nos últimos  dias,  andei    por  São  Paulo   e  observei  bem   de  perto   o  mundo  pet  por  ter   convivido  com   donos  de  cães. Uma  coisa   que me  chamou  a atenção   foi  a incidência   de novos profissionais trabalhando  na área, tais  como: dentista, fisioterapeuta,treinador,  que  não  é mais  o adestrador,  mas   o  preparador  físico,  nutricionista,  ortopedista,  embelezador, cuidador,  passeador,  segurança,  motorista,  entre  outros.
Nesta   minha    andança,  conheci  dois   farmacêuticos trabalhando exclusivamente   para  cães  e gatos,  sendo um  deles especializado   em   homeopatia  e medicina natural. No estabelecimento,  funcionava   uma academia  de judô  para  cães, e uma  butique  repleta  de  acessórios   que iam de    boné, mochilinha  com  bolsos  externos   para  carregar  água,  saquinhos plásticos, brinquedos e  outras   bugigangas.  Ali  também  estavam  expostos   carrinhos semelhantes  aos  de  bebê, de  diversas  cores,  estampas  e  tamanhos,  etiquetados "cão"  ou  "gato"  seguido  da expressão:  enorme,grande, médio, pequeno  e mini.
Como meus amigos  perceberam , meu   interesse ,  pelo que, para mim,  era  um  novo  mundo, passou  a me mostrar  muito  do que   é  feito  em  São  Paulo com ou  para os pets.
Naqueles dias   visitei   hospitais  que  estão   se  abrindo    para a  visita   dos  cães( desde  que tenham  o  cartão do  banho,  da vacina  e a liberação  do  veterinário). Fui   a  escolas   com  atividades   em  salas  de aula   mediadas  por  cães. Conheci creche  para  cães  de  pequeno   porte funcionando  em  turno  integral , meio  turno   e duas  horas. Andei  por  academias  com  esteiras    e outros   aparelhos  adaptados  para  cachorro com  o profissional para  treiná-lo  etc.
O  que mais me chamou  a atenção   foi o  asilo  para   cães. Sabia que   há  gente  que  descarta pessoas  velhas. Agora  constatei   que também   tem  quem descarta  os animais   de estimação envelhecidos. Aliás,  perguntei   a muitos donos    de  animais  o  que eles  fazem   com o  seu   bichinho  quando  ele envelhece, e tive  respostas   bem  surpreendentes , foram  desde  cuidar    e  assistir  até  a morte,  a abandonar  numa igreja, propor eutanásia,  ou  levar  para  o  asilo.
Aí,  constatei   que um  animalzinho   desses  que  passa  a vida  sendo  companheiro, parceiro silencioso,cúmplice,  e  em  certos   momentos a  única  presença  viva   na casa, no  final   de  seus  dias   recebe  o  mesmo  tratamento   de muitos  humanos  que,  ao envelhecerem  são  despojados de suas  coisas,  de sua  casa, de  sua  gente  e levados/abandonados  numa  instituição .
Cá  pra nós,  diante  desta   situação ,  quem  é  o  cachorro  ?

CARMEN MARIA ANDRADE -
professora universitária
DIÁRIO DE SANTA MARIA  - 03 E 04 DE  FEVEREIRO DE  2018

Pensem  nisso  enquanto  eu  vos  digo  até  amanhã.

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

O THEATRO SÃO PEDRO, PERDE EVA SOPHER

Uma senhora com arte

Dona Eva Shoper

    "  Há pessoas que a gente vai admirando cada vez mais ao longo dos anos.
Dona Eva Sopher, que faleceu nesta quarta-feira, aos 94 anos de idade, é uma dessas figuras admiráveis que, aos poucos, transformou-se numa entidade, numa instituição, num monumento. Cada um guarda de alguém um tipo de imagem. Aqueles que conviveram com Dona Eva, guardiã do Theatro São Pedro por tantas décadas, certamente colecionam conversas, confidências, detalhes, comentários, afetos e suas paixões.
Eu guardo essa imagem compartilhada por todos da senhora cumprimentado os espectadores para mais um espetáculo como quem recebe convidados em casa. Havia uma deferência naquela maneira de acolher, algo formal para a maioria, como eu, na sua rigidez dita germânica, mas elegante, como que dando ao ato de ir ver uma peça uma dignidade maior, essa dignidade que o teatro tem e merece. Dona Eva viveu para a cultura e especialmente para o São Pedro. Atravessou governos e crises, mudanças de paradigmas e tempestades, falta de dinheiro para cultura e transformações tecnológicas, comportamentais e sociais.
Esteve sempre lá, altiva, ereta, firme, solene e forte na sua missão. Eu a via, às vezes, como uma personagem borgiana. Nunca falei com ela. No máximo, apertei a mão dela. No começo, jovem repórter, ela me assustava um pouco. Depois, mero espectador, desapareci feliz na multidão. Fui, no entanto, admirando sempre mais a sua postura, o seu amor pelo teatro, a sua abertura para tantas diferenças, a sua capacidade de dar espaço a muitos. Conversei com muitos artistas de todos os horizontes estéticos e encontrei neles, em geral, admiração e agradecimento pela acolhida que sempre receberam de Dona Eva Sopher.
Eva Sopher deixa um legado de amor à arte. Manteve o São Pedro como um brinco, uma pérola, o clichê que a gente quiser, pois será verdade. O nome dela passou a se confundir com o do teatro. Quanto governador ou secretário de cultura terá pensado nalgum momento insano em mudar tudo, em tirá-la, em rejuvenescer a gestão da casa!? Não sei. Imagino, conjecturo. Nenhum felizmente se atreveu a fazer. Teria enfrentado uma avalancha de críticas. Sofreria um impeachment. Dona Eva, uma senhora com arte, reinou soberana pela sua competência.
Quantas peças terá visto na sua longa existência? Com quantos grandes artistas terá convivido, conversado, compartilhado sua devoção ao teatro? Quantas vezes terá desanimado diante das dificuldades de manter o teatro vivo num tempo de tantas concorrências leais ou desleais? Terá ouvido com certeza reclamações, queixas, insatisfações. Quem nunca?
Certo é que contornou obstáculos, venceu barreiras, driblou dificuldades e envelheceu ao leme como um patrimônio gaúcho.
Ficará para sempre essa imagem quando formos ao São Pedro. Veremos a figura de Dona Eva logo depois dos que recebem os tíquetes de entrada. Ela ficava ali aparentemente distante com seus radares ligados. Eis uma pessoa que poderia realmente parafrasear Flaubert dizendo: “O Teatro São Pedro sou eu”. A plateia explode: bravo! Bravo!"

Pensem   nisso   enquanto  eu  vos  digo  até  amanhã.

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

NEGÓCIO IMOBILIÁRIO DA CHINA !

publicado 02/02/2018

Murrow fez um grande negócio 

imobiliário!

E não renunciou à maracutaia do auxílio-moradia...

ApartamentoCuritiba.jpg
Quer um apartamentaço equivalente ao do Murrow? (Reprodução: VivaReal.com.br)
"O Conversa Afiada publicou hoje (2/II) notícia sobre o auxílio-moradia que o Judge Murrowrecebe por morar em Curitiba, mesmo sendo proprietário de um imóvel na mesma Curitiba.
O Bacacheri, onde fica o tal apartamento, é um dos bairros de classe média alta da capital paranaense. O IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) da área é de 0,839 - o mesmo índice dos Emirados Árabes Unidos!
Que chique!

Visão geral do bairro do Bacacheri, em Curitiba (Reprodução)
Fel-lha afirma que o Judge Murrow comprou o apartamento de 256m² do juiz Márcio Antonio Rocha, do TRF-4, em junho de 2002 por R$ 173.900 (ou R$ 460 mil em valores atualizados).
(Para efeito de comparação: o triplex do Guarujá tem 215m². O apartamento do Moro é maior que o triplex que não é do Lula!)
Conversa Afiada recebeu valiosa informação de amigo navegante:
"Hoje, um apartamento de 71m² em Curitiba, no bairro Bacacheri, custa 460 mil. Um de 226m² custa 1.740.000. É só ir no Google!"
Uma pesquisa rápida em sites de vendas de imóveis revela que o preço de um apartamento de área semelhante ao do juiz Murrow no próprio Bacacheri está entre R$ 1.200.000 e R$1.950.000!
Será que o juiz imparcial tem um talento natural para negociar imóveis? Como será que ele conseguiu adquirir um apartamento em bairro nobre por um valor equivalente a menos de 1/4 do preço de mercado?
Talvez seja um método semelhante ao adotado pelo... Bolsonaro!
Jair Bolsonaro que ele, Moro, elegeu presidente, segundo o Datafalha.
Em tempo: do Twitter do deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP): "Moro comprou um apê de 256m² pelo preço de um Minha Casa Minha Vida faixa 2. Vamos investigar, Dallagnol?"
Em tempo2: talvez não seja do interesse do Deltan Dallagnol tal investigação, já que o próprio adquiriu imóveis do Minha Casa para especulação..."

Realmente,  é um  negócio  da  china, é uma  boa maneira  de  aumentar  negócios, patrimônios, imagino  se  o  LULA    tivesse  feito  isso,  iam  pra cima  do  LULA, enquanto  isso  os  vivos  e espertos,  deitam  e  rolam,  nessa  ciranda  brasileira  mas  entendo   que  faria  muito  bem,  pela  moralidade, o  MPF   dar  uma olhadinha  nesse negócio.
Pensem  nisso  enquanto  eu  vos  digo  até  amanhã.

ONTEM....

Ontem caminhando pelas ruas altas e baixas da cidade... Meus passos quando pisava o solo, parecia que em mim algo me levava para algum lugar...