É o tempo passou muito depressa e meus cabelos ficaram com a cor da neve.
E o que aconteceu ? Não aconteceu nada apenas sonhos....sonhei
Sonhei uma vida ....sonhei amigos..sonhei um amor...
Foi sonho ...um sonho apenas que sonhei.
Os caminhos timbrados por mim foi um carnaval de sonhos que o meu coração criou.
Vida ?
Amigos ?
Amor ?
Na real meus passos encurtaram para chegar ao ocaso de mim.
O meu ocaso que vislumbro sem luz..sem alegria.
Atrás de mim fica o tempo que deixei de viver.
Vou embora de mim..
Fugir de sombras que me abraçam..me amordaçam..de tempos que não vi o sol..a lua..
Mas sei que não posso esquecer de sorrisos que encontrei nessa estrada
Abraços que me abraçaram..
Corpos que cavalgaram nas asas de um amor que não se viveu.
Olho para rua e me vejo um farrapo humano
Alguém sem rumo ,,,sem brilho ..cansado ...cansado de mim.
Há o tempo ! Não vivi.deixei passar...perdi pra mim..pra minha inconstância .
O vento balança meus grisalhos cabelos que a vida branqueou.
O espelho me descobre hoje..
Com o meu real
Com a minha cara
Que as rugas que a vida me presenteou .
Eu cansei..acredito que desisti
Desisti do caminho porque eu perdi..perdi pra mim mesmo.
Me sinto nesse prestar de contas débito-crédito de tudo que fiz.
Sou um perdedor que somou nesse tempo apenas débitos.
Que pena ! Não deixei créditos nem para mim.
Carrego hoje o estandarte do fracasso
Fazendo parte do bloco dos fracassados
O que eu fiz por mim ?
Nada! Pois o meu retrato é um nada que um dia talvez seja pregado numa parede
Com dizeres... " aqui ..esse aqui é um exemplo de um nada fracassado"
15-02-2018 - 17:47 h - JC
Pensem nisso enquanto eu vos digo até amanhã.
terça-feira, 20 de fevereiro de 2018
sábado, 17 de fevereiro de 2018
O QUE É INTERPRETAÇÃO, REALMENTE ?
Limites da interpretação
"Eu fui às aulas de Jacques Derrida durante dois anos e meio na Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais, em Paris. Eu fiz o curso completo de Umberto no Colégio da França. Eu tenho convivido e aprendido com Edgar Morin desde 1992. Jacques Derrida e Umberto Eco foram dois dos maiores especialistas em interpretação de textos de que se tem notícia. Cada com um o seu estilo e o seu foco, foram craques da desconstrução, da hermenêutica e da semiologia. Edgar Morin, pensador da complexidade, ensina como desmontar racionalizações. Derrida era capaz de passar três horas mostrando como fazer a interpretação de um parágrafo. Eco escreveu um livro devastador: “Os limites da interpretação”. Muitas interpretações podem ser possíveis. Mas nem todas.
Chega uma hora em que a interpretação se esgota.
Um texto pode dizer muito, ainda mais se for torturado, mas não necessariamente tudo o que se quer ler ou ouvir. Há textos que não suportam divergência. É célebre a anedota sobre um suposto diálogo entre Derrida e o alemão Karl-Otto Apel. O francês ficou famoso por defender a polissemia interpretativa. Haveria sempre um desvio entre o emissor e o receptor. Aquilo que eu digo é lido de maneira diferente pelos diferentes leitores. Cada um usa a sua lente para interpretar.
Essa lógica levada ao extremo resultaria na impossibilidade do consenso, ou seja, de uma comunhão interpretativa, uma justaposição.
– A comunicação é impossível – teria dito Derrida.
– Concordo – teria respondido Apel.
Bela “boutade”. Baixando o nível, certos textos exibem-se, como diria o ministro Gilmar Mendes, com “clareza aritmética”. Como doutor em sociologia pela Sorbonne tenho compartilhado alguns pontos de vista com um grande jurista, que já deveria estar no STF, Lenio Streck, sobre legalidade e direito. Lenio resumiu: “Se o Direito é apenas uma teoria política de poder e é o que o Judiciário diz que é, sugiro pararmos e entregarmos as fichas, porque, neste caso, cada um tem a sua teoria. No fundo, estamos pagando caro pelo fato de termos dado pouca importância ao Direito, paradoxalmente sob o pálio de uma Constituição normativa como a nossa”. Direito é o que a lei diz que é.
Quando foi que tudo começou a mudar? Ao STF cabe aplicar a lei e a interpretá-la quando há dúvida. Ele é o guardião da Constituição, não o seu autor. Que espaço pode haver para a interpretação neste texto constitucional? “Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”. O que é trânsito em julgado? Segundo, por exemplo, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal, é a “expressão utilizada para indicar que não cabe mais recurso contra decisão judicial”. O ministro do STF Luís Roberto Barroso apresentou dados estatísticos para demonstrar que raramente decisões de segunda instância são alteradas. Disse também que a maioria do mundo “civilizado” institui o começo do cumprimento da pena depois da sentença de um colegiado. Eu sou a favor. Desde que isso não contrarie a “clareza aritmética” da Carta Magna de um país. Elementar.
A Constituição Federal Brasileira está errada quanto a isso? Provavelmente. Ela favorece a impunidade aos poderosos que se alimentam de recursos? Certamente. Só há duas coisas a fazer: 1) Mudar a Constituição, 2) tornar o judiciário mais ágil. Por que o STF deixou prescrever, depois de 14 anos, uma ação contra Romero Jucá? Resposta acachapante: porque quis. A questão maior não é mais exclusivamente jurídica, mas sociológica, hermenêutica e filosófica. Para que serve uma Constituição se ela pode ser descumprida por quem tem a função de aplicá-la? O STF está autorizado pela mesma Constituição a interpretá-la? Sim. Mas não a seu bel-prazer. A interpretação tem um limite.
Qual? A “clareza aritmética” do texto. O ministro Alexandre Moraes bolou uma interpretação ainda mais livre: o trânsito em julgado se daria depois de dois julgamentos. Lenio Streck tem mostrado o paradoxo pós-moderno da “juricidade” brasileira: legal ou jurídico é aquilo que o judiciário diz que é. Por quê? Porque sim. Porque ele se atribui o direito de fazê-lo ou, como diz a citação, de “errar por último”. O problema é que ele não pode “errar” contra a previsão constitucional explícita. Nenhuma teoria contemporânea sobre a independência dos poderes pode convincentemente fazer o judiciário legislar. Algumas pretendem isso. É abuso de interpretação.
O judiciário, por não ser eleito, tem um limite de representação.
Edgar Morin chama de racionalização o salto lógico que leva da racionalidade ao seu excesso doentio, vulgo sofisma ou trapaça argumentativa. A lei não prevê com “clareza aritmética” auxílio-moradia para todos os juízes. Estes, por considerarem seus proventos defasados, desviam a finalidade de uma rubrica para atualizar seus ganhos e justificam-se alegando que não é admissível tratar iguais como diferentes, ou seja, sem isonomia. Pura malandragem retórica. Ainda ouço Derrida sussurrando: “Façamos o texto falar”. E Umberto Eco gritando: “Se o texto diz não, pode ser não mesmo. Imaginar que por trás de um não sempre pode haver um sim pode ser perigoso e abusivo”. A isso se chama “juízo de conveniência”. Hoje, me serve. Amanhã, não."
Pensem nisso enquanto eu vos digo até amanhã.
quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018
AS PROVAS FRALDADAS DA ODEBRECT CONTRA LULA
PERÍCIA MOSTRA QUE ODEBRECHT FRAUDOU PROVAS CONTRA LULA
Uma perícia feita nos documentos apresentados pela Odebrecht como provas no acordo de delação premiada mostra que a empreiteira fraudou documentos para incriminar o ex-presidente Lula; análise, anexada pela defesa do petista, identificou que papéis usados pelo MPF em acusação contra Lula têm marcas de montagem ou enxerto; perito também aponta inconsistências em datas de transações e em assinaturas; documentos fazem parte de ação da Lava Jato que investiga o uso de um apartamento vizinho ao do ex-presidente em São Bernardo do Campo; para a acusação, a Odebrecht custeou a aquisição do imóvel; adulteração de documentos e fraude no material apresentado nas delações já havia sido denunciada pelo ex-advogado da empreiteira Rodrigo Tacla Durán
15 DE FEVEREIRO DE 2018 ÀS 04:49 // INSCREVA-SE NA TV 247
247 - 'A tentativa de incriminar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, líder absoluto em todos os cenários de intenção de votos para a Presidência em 2018, é cada vez mais evidente.
Uma análise pericial feita a pedido da defesa de Lula afirma que a Odebrecht apresentou documentos fraudados à Justiça como se fossem provas de repasses de propinas a políticos registrados no Drousys, o sistema de contabilidade paralela da empreiteira.
O especialista que analisou papéis anexados pelo Ministério Público Federal em acusação contra o petista diz que alguns extratos têm marcas de montagem ou enxerto. Ele também aponta inconsistências em datas de transações e em assinaturas.
Os documentos fazem parte de ação da Lava Jato que investiga o uso de um apartamento vizinho ao do ex-presidente em São Bernardo do Campo. Para a acusação, a Odebrecht custeou a aquisição do imóvel.
O perito que analisou a papelada da empreiteira é o mesmo que atestou a validade formal dos recibos apresentados por Lula como prova de que ele pagou o aluguel do local.
Entre os registros analisados pelo especialista estão extratos apresentados pela Odebrecht de movimentações na filial de um banco que a empreiteira comprou no Caribe, o Meinl Bank.
Rodrigo Tacla Durán, advogado que prestou serviço para a empreiteira e está foragido na Espanha, já havia dito que a empresa manipulou dados desta instituição financeira.
As informações são da coluna Painel da Folha de S.Paulo."
Pensem nisso enquanto eu vos digo até amanhã.
quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018
O NOSSO TEMPO : JUVENTUDE E VELHICE
Quatro quartos da vida
JUREMIR MACHADO - - CORREIO DO POVO - PORTO ALEGRE ´RS
"Adoto a tese de que a vida de uma pessoa nos tempos que correm pode ser dividida em quatro quartos de 20 anos. Um modelo simples: até os 20 anos, nascimento, crescimento e entrada na vida adulta. De 21 a 40 anos, vida adulta. De 41 a 60, começo do processo de envelhecimento. De 61 a 80 anos, velhice e morte. Alguns furam a fila e ficam pelo caminho. Outros, agarram-se à vida e superam as metas.
Na média, fica por aí. A expectativa de vida chegando aos cem anos, como parece se encaminhar, aparecem mais 20 anos para cada um administrar.
Pela tabela vigente quem chegou aos 60 entrou no último quarto. Uma luz acende. Não se trata de pânico nem de obsessão, mas de uma nova realidade. Aos 20, a pessoa pensa em como será a sua profissão, ou qual, quantos amores terá, quantos filhos, que grandes acontecimentos viverá e que bifurcações encontrará pela estrada. Aos 40, se nada de extraordinariamente ruim ou bom tiver ocorrido, o sujeito anda envolvido com sua consolidação. Há quem chegue à presidência do seu país com essa idade e há quem se sinta desorientado. Em geral, os trilhos enquadram os vagões por essa etapa do percurso. Aos 60, aposentado ou contando dias e anos para escapar das reformas que sempre despontam, é hora de ajustar o foco e saltar.
Encontrei Josué. Ele fez 60 em 29 de janeiro de 2018. É do mesmo dia que eu, com meus 56. Josué descansava à sombra de uma mangueira. Conversamos. Ele sonha com um grande amor, quer abraçar uma nova profissão, pretende viver mais 40 anos, sonha em viajar muito e especula sobre as curvas que a sua vida poderá encontrar. Tudo para ele está em aberto. Questiono que caminhos pretende trilhar. Ele pensa, sorri, coça a cabeça, ri alto, diz “rapaz” e então responde:
– Penso até em ser presidente da República.
– Mesmo?
– A política é bom jogo para quem já se aposentou – diz.
– Por quê?
– Rapaz, vou te dizer com sinceridade: dá sensação de importância, alguma coisa para fazer, certa utilidade social e mata o tempo.
– Ah, é isso?
– Como sou honesto, tenho algo para dar.
– Não corre perigo de também cair na vala comum?
– Não caí até agora.
– E se não der a presidência?
– Posso ser síndico do meu prédio ou porteiro de boate.
– Futuro garantido então?
– Tudo em aberto. Uma nova vida está começando.
Sorrio. Josué percebe o meu ceticismo.
Espero que ele reflita. Sei que vai me dizer alguma coisa. Ele não tem pressa. Espera que eu compreenda por conta própria. Não me adianto. Ele ainda matuta o que vai afirmar. Há uma aura de generosidade no seu rosto luminoso e franco. Finalmente, com um sorriso suave, ele está para pronto:
– Se pensar o amanhã com cabeça de ontem, rapaz, não passa de hoje.
Nada como estar vivo para ver uma escola de samba, a Paraíso do Tuiuti, escrever a história na avenida e botar chope na água das críticas políticas genéricas como as feitas pela Beija-Flor do sistema.
Viver é um grande desafio. Sempre tem surpresa."
Pensem nisso enquanto eu vos digo até amanhã,
TUIUTI HUMILHA GLOBO E BOMBA NO MUNDO
CAMPEÃ DO POVO, TUIUTI HUMILHA A GLOBO E BOMBA NO MUNDO INTEIRO
Vice-campeã do Carnaval de 2018, atrás da Beija-Flor por apenas um décimo, a Paraíso do Tuiuti é a verdadeira campeã dos brasileiros por denunciar, na Sapucaí, e em plena Globo, o golpe que derrubou Dilma Rousseff, o governo Michel Temer, representado como um vampiro, a perda de direitos promovida por suas "reformas", os manifestoches que foram às ruas pelo impeachment e a escravidão, que perdura até hoje com o racismo e a desigualdade, apesar da abolição
14 DE FEVEREIRO DE 2018 ÀS 18:29 // INSCREVA-SE NA TV 247
247 - Vice-campeã do Carnaval de 2018, atrás da Beija-Flor por apenas um décimo, a Paraíso do Tuiuti é a verdadeira campeã dos brasileiros.
A escola de São Cristóvão denunciou, na Sapucaí, e em plena Globo, o golpe que derrubou Dilma Rousseff com a ajuda dos 'manifestoches', o governo Michel Temer, representado como um vampiro, a perda de direitos promovida por suas "reformas", e a escravidão, que perdura até hoje com o racismo e a desigualdade, apesar da abolição.
O enredo é o assunto principal do Carnaval desde a madrugada de segunda-feira, quando aconteceu o desfile, que deixaram constrangidos os narradores da Globo. Os jornalistas Fátima Bernardes e Alex Escobar não sabiam omitiram a sátira a Temer e o grande protesto que passava na avenida.
O resultado do Carnaval já virou tema mais comentado no Twitter mundial nesta quarta-feira de cinzas, depois de o desfile de protesto ter ganhado também a mídia estrangeira. Temer Vampirão virou pauta também do New York Times.
Inscreva-se na TV 247 e confira o vídeo que explica o golpe pelo desfile da Tuiuti, caso você ainda não tenha entendido:
Pensem nisso enquanto eu vos digo até amanhã.
terça-feira, 13 de fevereiro de 2018
QUEM É O CACHORRO ?
Um cão entra na sua casa e a sua vida vira de patas para o ar. A rotina se modifica pela obrigação de sair para as caminhadas diárias, para os encargos semanais com banho,ração, roupas, acessórios, veterinário,festinhas dos amigos da pracinha, dos pacientes da clínica, vem a caminha, os potes de ração e água, e tantas novidades que acompanham esta verdadeira Caixa de Pandora.
Nos últimos dias, andei por São Paulo e observei bem de perto o mundo pet por ter convivido com donos de cães. Uma coisa que me chamou a atenção foi a incidência de novos profissionais trabalhando na área, tais como: dentista, fisioterapeuta,treinador, que não é mais o adestrador, mas o preparador físico, nutricionista, ortopedista, embelezador, cuidador, passeador, segurança, motorista, entre outros.
Nesta minha andança, conheci dois farmacêuticos trabalhando exclusivamente para cães e gatos, sendo um deles especializado em homeopatia e medicina natural. No estabelecimento, funcionava uma academia de judô para cães, e uma butique repleta de acessórios que iam de boné, mochilinha com bolsos externos para carregar água, saquinhos plásticos, brinquedos e outras bugigangas. Ali também estavam expostos carrinhos semelhantes aos de bebê, de diversas cores, estampas e tamanhos, etiquetados "cão" ou "gato" seguido da expressão: enorme,grande, médio, pequeno e mini.
Como meus amigos perceberam , meu interesse , pelo que, para mim, era um novo mundo, passou a me mostrar muito do que é feito em São Paulo com ou para os pets.
Naqueles dias visitei hospitais que estão se abrindo para a visita dos cães( desde que tenham o cartão do banho, da vacina e a liberação do veterinário). Fui a escolas com atividades em salas de aula mediadas por cães. Conheci creche para cães de pequeno porte funcionando em turno integral , meio turno e duas horas. Andei por academias com esteiras e outros aparelhos adaptados para cachorro com o profissional para treiná-lo etc.
O que mais me chamou a atenção foi o asilo para cães. Sabia que há gente que descarta pessoas velhas. Agora constatei que também tem quem descarta os animais de estimação envelhecidos. Aliás, perguntei a muitos donos de animais o que eles fazem com o seu bichinho quando ele envelhece, e tive respostas bem surpreendentes , foram desde cuidar e assistir até a morte, a abandonar numa igreja, propor eutanásia, ou levar para o asilo.
Aí, constatei que um animalzinho desses que passa a vida sendo companheiro, parceiro silencioso,cúmplice, e em certos momentos a única presença viva na casa, no final de seus dias recebe o mesmo tratamento de muitos humanos que, ao envelhecerem são despojados de suas coisas, de sua casa, de sua gente e levados/abandonados numa instituição .
Cá pra nós, diante desta situação , quem é o cachorro ?
CARMEN MARIA ANDRADE -
professora universitária
DIÁRIO DE SANTA MARIA - 03 E 04 DE FEVEREIRO DE 2018
Pensem nisso enquanto eu vos digo até amanhã.
Nos últimos dias, andei por São Paulo e observei bem de perto o mundo pet por ter convivido com donos de cães. Uma coisa que me chamou a atenção foi a incidência de novos profissionais trabalhando na área, tais como: dentista, fisioterapeuta,treinador, que não é mais o adestrador, mas o preparador físico, nutricionista, ortopedista, embelezador, cuidador, passeador, segurança, motorista, entre outros.
Nesta minha andança, conheci dois farmacêuticos trabalhando exclusivamente para cães e gatos, sendo um deles especializado em homeopatia e medicina natural. No estabelecimento, funcionava uma academia de judô para cães, e uma butique repleta de acessórios que iam de boné, mochilinha com bolsos externos para carregar água, saquinhos plásticos, brinquedos e outras bugigangas. Ali também estavam expostos carrinhos semelhantes aos de bebê, de diversas cores, estampas e tamanhos, etiquetados "cão" ou "gato" seguido da expressão: enorme,grande, médio, pequeno e mini.
Como meus amigos perceberam , meu interesse , pelo que, para mim, era um novo mundo, passou a me mostrar muito do que é feito em São Paulo com ou para os pets.
Naqueles dias visitei hospitais que estão se abrindo para a visita dos cães( desde que tenham o cartão do banho, da vacina e a liberação do veterinário). Fui a escolas com atividades em salas de aula mediadas por cães. Conheci creche para cães de pequeno porte funcionando em turno integral , meio turno e duas horas. Andei por academias com esteiras e outros aparelhos adaptados para cachorro com o profissional para treiná-lo etc.
O que mais me chamou a atenção foi o asilo para cães. Sabia que há gente que descarta pessoas velhas. Agora constatei que também tem quem descarta os animais de estimação envelhecidos. Aliás, perguntei a muitos donos de animais o que eles fazem com o seu bichinho quando ele envelhece, e tive respostas bem surpreendentes , foram desde cuidar e assistir até a morte, a abandonar numa igreja, propor eutanásia, ou levar para o asilo.
Aí, constatei que um animalzinho desses que passa a vida sendo companheiro, parceiro silencioso,cúmplice, e em certos momentos a única presença viva na casa, no final de seus dias recebe o mesmo tratamento de muitos humanos que, ao envelhecerem são despojados de suas coisas, de sua casa, de sua gente e levados/abandonados numa instituição .
Cá pra nós, diante desta situação , quem é o cachorro ?
CARMEN MARIA ANDRADE -
professora universitária
DIÁRIO DE SANTA MARIA - 03 E 04 DE FEVEREIRO DE 2018
Pensem nisso enquanto eu vos digo até amanhã.
sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018
O THEATRO SÃO PEDRO, PERDE EVA SOPHER
Uma senhora com arte
Dona Eva Shoper
" Há pessoas que a gente vai admirando cada vez mais ao longo dos anos.
Dona Eva Sopher, que faleceu nesta quarta-feira, aos 94 anos de idade, é uma dessas figuras admiráveis que, aos poucos, transformou-se numa entidade, numa instituição, num monumento. Cada um guarda de alguém um tipo de imagem. Aqueles que conviveram com Dona Eva, guardiã do Theatro São Pedro por tantas décadas, certamente colecionam conversas, confidências, detalhes, comentários, afetos e suas paixões.
Eu guardo essa imagem compartilhada por todos da senhora cumprimentado os espectadores para mais um espetáculo como quem recebe convidados em casa. Havia uma deferência naquela maneira de acolher, algo formal para a maioria, como eu, na sua rigidez dita germânica, mas elegante, como que dando ao ato de ir ver uma peça uma dignidade maior, essa dignidade que o teatro tem e merece. Dona Eva viveu para a cultura e especialmente para o São Pedro. Atravessou governos e crises, mudanças de paradigmas e tempestades, falta de dinheiro para cultura e transformações tecnológicas, comportamentais e sociais.
Esteve sempre lá, altiva, ereta, firme, solene e forte na sua missão. Eu a via, às vezes, como uma personagem borgiana. Nunca falei com ela. No máximo, apertei a mão dela. No começo, jovem repórter, ela me assustava um pouco. Depois, mero espectador, desapareci feliz na multidão. Fui, no entanto, admirando sempre mais a sua postura, o seu amor pelo teatro, a sua abertura para tantas diferenças, a sua capacidade de dar espaço a muitos. Conversei com muitos artistas de todos os horizontes estéticos e encontrei neles, em geral, admiração e agradecimento pela acolhida que sempre receberam de Dona Eva Sopher.
Eva Sopher deixa um legado de amor à arte. Manteve o São Pedro como um brinco, uma pérola, o clichê que a gente quiser, pois será verdade. O nome dela passou a se confundir com o do teatro. Quanto governador ou secretário de cultura terá pensado nalgum momento insano em mudar tudo, em tirá-la, em rejuvenescer a gestão da casa!? Não sei. Imagino, conjecturo. Nenhum felizmente se atreveu a fazer. Teria enfrentado uma avalancha de críticas. Sofreria um impeachment. Dona Eva, uma senhora com arte, reinou soberana pela sua competência.
Quantas peças terá visto na sua longa existência? Com quantos grandes artistas terá convivido, conversado, compartilhado sua devoção ao teatro? Quantas vezes terá desanimado diante das dificuldades de manter o teatro vivo num tempo de tantas concorrências leais ou desleais? Terá ouvido com certeza reclamações, queixas, insatisfações. Quem nunca?
Certo é que contornou obstáculos, venceu barreiras, driblou dificuldades e envelheceu ao leme como um patrimônio gaúcho.
Ficará para sempre essa imagem quando formos ao São Pedro. Veremos a figura de Dona Eva logo depois dos que recebem os tíquetes de entrada. Ela ficava ali aparentemente distante com seus radares ligados. Eis uma pessoa que poderia realmente parafrasear Flaubert dizendo: “O Teatro São Pedro sou eu”. A plateia explode: bravo! Bravo!"
Pensem nisso enquanto eu vos digo até amanhã.
sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018
NEGÓCIO IMOBILIÁRIO DA CHINA !
publicado 02/02/2018
Murrow fez um grande negócio
imobiliário!
E não renunciou à maracutaia do auxílio-moradia...
Quer um apartamentaço equivalente ao do Murrow? (Reprodução: VivaReal.com.br)
"O Conversa Afiada publicou hoje (2/II) notícia sobre o auxílio-moradia que o Judge Murrowrecebe por morar em Curitiba, mesmo sendo proprietário de um imóvel na mesma Curitiba.
O Bacacheri, onde fica o tal apartamento, é um dos bairros de classe média alta da capital paranaense. O IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) da área é de 0,839 - o mesmo índice dos Emirados Árabes Unidos!
Que chique!
Visão geral do bairro do Bacacheri, em Curitiba (Reprodução)
A Fel-lha afirma que o Judge Murrow comprou o apartamento de 256m² do juiz Márcio Antonio Rocha, do TRF-4, em junho de 2002 por R$ 173.900 (ou R$ 460 mil em valores atualizados).
(Para efeito de comparação: o triplex do Guarujá tem 215m². O apartamento do Moro é maior que o triplex que não é do Lula!)
O Conversa Afiada recebeu valiosa informação de amigo navegante:
"Hoje, um apartamento de 71m² em Curitiba, no bairro Bacacheri, custa 460 mil. Um de 226m² custa 1.740.000. É só ir no Google!"
Uma pesquisa rápida em sites de vendas de imóveis revela que o preço de um apartamento de área semelhante ao do juiz Murrow no próprio Bacacheri está entre R$ 1.200.000 e R$1.950.000!
Será que o juiz imparcial tem um talento natural para negociar imóveis? Como será que ele conseguiu adquirir um apartamento em bairro nobre por um valor equivalente a menos de 1/4 do preço de mercado?
Talvez seja um método semelhante ao adotado pelo... Bolsonaro!
Jair Bolsonaro que ele, Moro, elegeu presidente, segundo o Datafalha.
Em tempo: do Twitter do deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP): "Moro comprou um apê de 256m² pelo preço de um Minha Casa Minha Vida faixa 2. Vamos investigar, Dallagnol?"
Em tempo2: talvez não seja do interesse do Deltan Dallagnol tal investigação, já que o próprio adquiriu imóveis do Minha Casa para especulação..."
Realmente, é um negócio da china, é uma boa maneira de aumentar negócios, patrimônios, imagino se o LULA tivesse feito isso, iam pra cima do LULA, enquanto isso os vivos e espertos, deitam e rolam, nessa ciranda brasileira mas entendo que faria muito bem, pela moralidade, o MPF dar uma olhadinha nesse negócio.
Pensem nisso enquanto eu vos digo até amanhã.
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